sexta-feira, dezembro 16, 2005

Capítulo 14: Solteiras versus Casadas (1º round)

Eu não gosto de falar sobre minha vida pessoal para pessoas estranhas. Posso até falar no meu blog sobre isso, mas não cara a cara e descaradamente...

Trabalho com uma mulher que é uma mal amada literalmente: reclama do marido, fala que ele chega cansado em casa que faz tempo que ele não "comparece" e ela acha que ele tem outra... bem, se ele não trabalhasse numa ambulância de resgate e que ainda faz bicos para sustentá-la eu poderia desconfiar, mas uma pessoa que trabalha nesse ritmo e pelo que eu ouço de sua esposinha querida... não acho que a história seja assim...
Afinal, ela conta isso para TODO MUNDO! Todos que trabalham comigo sabem disso... ela não esconde de ninguém e ainda fala "eu não o trai, AINDA".
Isso, pra mim, quer dizer: "Tô facinho, quem se habilita?" (pra não dizer o português claro rsss)
Fora outras atitudes suspeitas... (ela dá em cima dos caras de lá...)

Parava a todos semana passada pra perguntar: "se sua mulher/seu marido chegasse em casa e dissesse que beijou outro/a e que foi bom o que você diria?"
Pergunta de quem está com a culpa no cartório ou prestes a ter culpa?

Bem, ela virou pra mim e fez a pergunta eu disse que comigo é tchau na hora...
E ela ainda me questionou:
"mas você acha certo uma pessoa beijar outra sem sentir nada, só pra ver no que dá??"
(um dos "entrevistados" respondeu assim)

E eu:

"Bem, eu sou solteira, sou livre, não devo satisfação a ninguém, não tenho compromisso com ninguém..."
Ela me olhou com cara de tristeza, ser solteira tem seus benefícios rsss

Fim do primeiro round! Carrie vence! U-hu!

terça-feira, novembro 29, 2005

Capítulo 13: Mr. Big

"Querido Diário, hoje aconteceu uma coisa incrível: uma coisa que queria muito que acontecesse há dois anos, aconteceu hoje!"

Nem tanto...

Desde o início: tenho alguns amigos que acabaram por se apaixonar via internet e me contaram, a única coisa que posso dizer (já que é coisa deles e não minha e não vou ficar aqui espalhando)é que eu sei como é! E finalmente outras pessoas sentem o que eu senti!É como se finalmente eu descobrisse que não tinha enlouquecido sozinha! rss
É uma coisa meio maluca isso. Admito!
Acredito que isso, pelo menos comigo, aconteceu por pura carência, carência brava e até um mal-estar que eu sentia comigo mesma, um pessimismo incrível. Eu acreditava que minha vida amorosa havia terminado: pronto! Nunca mais ninguém se interessaria por mim!
Até que por essas amizades pela net eu acabei entrando nessa, vamos dizer que foi um pouco recíproco, Mr. Big me paquerou talvez por pura brincadeira, por me achar interessante, mas sabia que a distância era absurda. Só que ele não puxou o freio de mão e eu bati feio na contramão...
Fiquei bem parecida com a minha xará de "Neviórque" (como diria a Hortência): insegura, chata, babona, pegajosa.
Eu queria muito ver mr.Big, estava numa outra fase, uma fase absurdamente desvairada, eu, vendo hoje, estava meio alucinada e desesperada rss talvez eu até esteja aqui falando besteira, mas, olhando pra trás, eu tenho vergonha do que falei, fiz e pensei até...
No final, pra encurtar, ele resolveu me acordar, eu não aceitei bem - nada bem, diga-se de passagem.
A verdade é que aquele papo abaixo de nutrição rolou com a gente: eu me nutria dessa fantasia e ele se nutria sabendo que eu estava na dele - não que isso fosse canalhice da parte dele, é uma coisa que a gente vai deixando rolar sem perceber que pode virar uma bola de neve (ele entraria no quesito "não saber dizer Não").
Até que ao me acordar eu fiquei meio sem saber o que fazer e ele também, aí eu abri o jogo total com ele e ele resolveu abriu total comigo. Foi a melhor coisa que fizemos, acabamos por ganhar uma confiança mútua um no outro pra, assim, continuarmos sendo amigos.
Claro que no começo isso não era nada simples pra mim, não, de jeito nenhum... mesmo sabendo que ele estava há quilômetros de distância.

A internet é mestre/a nisso, você se fecha para o mundo real ou não vê muita solução nele (como eu pensava sobre minha vida amorosa) e acaba brincando um jogo perigoso dentro dessa rede, com teias que te enlaçam bem.

Voltando ao hoje, depois de passados quase dois anos do tempo que eu fui acordada - eu não foi por um beijo - eu compreendi melhor as coisas, estou mais crítica, refleti muito sobre isso, sobre como tudo aconteceu e que nenhum dos dois teve culpa, só queríamos nos nutrir - mesmo que eu ache que eu passei dos limites da normalidade.

Ao encontrá-lo, percebi que as coisas poderiam ser diferentes (mas não foram), minha admiração por ele não diminuiu, mas sei que as coisas só aconteceriam se tudo fosse mais fácil,além de que se houvesse uma empatia mútua. Se a distância não estivesse no caminho não sei como seria, admito que eu tentaria, é claro, como disse, o admiro muito, tenho um carinho por ele. Só não sei se daria certo.
Como ele me disse há quase dois anos que "era preciso que ele me olhasse nos olhos" foi o que fizemos, mas o tempo passou, e nem por isso nos "abalamos". A vida não é a mesma para nenhum dos dois, não foi como fantasei tempos atrás, mas foi muito melhor: ganhamos os dois sendo maduros o suficiente para nos encontrarmos, tempos depois, e conseguirmos nos olhar nos olhos, conversar e rir juntos sem pensar e se envergonhar (pelo menos eu) das bobeiras adolescentes-temporãs (rss) - que ele sabe bem quais foram - que fiz, falei, escrevi (principalmente).

Agora bateu uma tristeza... sei lá porquê... acho que fui sincera demais...

A Carrie original, no final, ficou com o Mr.Big, mas ela era só uma persongem que no final "vive feliz para sempre", a vida da personagem terminou ali, mas eu, a Carrie Pobre, não sou personagem e mesmo sem Mr.Big, a vida continuou...

(tá na hora do Aidan passar por aqui... eu nem fumo mesmo, vai ficar mais fácil para ele rsss)

terça-feira, novembro 22, 2005

Futilidades de Carrie e a pergunta que não quer calar...

Como a minha xará eu também sou fútil!
Cortei o cabelo! Não totalmente curto, ficou legal...
Decidi usar um daqueles cremes pra evitar rugas e marcas de expressão... a idade chega e você fica paranóica...


Depois de 4 meses que não via uma figura, ela chega pra mim e já perguta:
"E aí? Tá namorando? Ainda não??"
Por quê, meu Deus? Por que todo mundo quer saber disso????

quarta-feira, novembro 09, 2005

Capítulo 12: Falta de Fé

Há cerca de uns dois anos eu reclamava com uma moça sobre um fim de relacionamento e que tudo foi péssimo, fiquei péssima, me sentia horrível, fiquei mal pra caramba. Achava que minha vida acabava ali, porque eu não conseguia me imaginar longe da tal pessoa.
Não entrava na minha cabeça como poderia ser isso! Como ele não queria mais nada?? E tudo que disse e tal??? Estava angustiada, ansiosa, chorosa, malzona...

E conversando com essa moça ela me consolou, me disse que não era assim, que tudo tem seu tempo, que se acabou é porque não era o certo a gente ficar junto. Algo bom, no final das contas iria acontecer comigo depois, que não era a pessoa certa pra mim, tudo tem um motivo.
E ela me disse "Veja eu, eu não desanimo, um dia, a pessoa certa aparece!". E disse-me que tinha quarenta anos - não parece de jeito nenhum!
E eu estava tão pessimista que fiquei pensando "será? para ela é muito mais difícil..."

Passado esse tempo, encontrei com ela faz coisa de alguns meses e uma outra senhora veio cumprimentá-la enquanto eu conversava com ela e a felicitou pelo namoro.

Aí caiu minha ficha!!!!!!!
Quem não se deixa abalar e segue confiante, sem pressa, sem cobranças, sem ligar pelo o que os outros pensam - ou mesmo que ligue um pouco, mas deixa pra lá - e segue na sua fé que tudo vai ser o que lhe cabe, não teme.
Sabe que tudo é uma questão de saber aprender com as quedas... mesmo que o tombo tenha sido dado por outros rsss

Não que eu já tenha chegado a esse estágio, mas que eu aprendi uma lição com ela, aprendi...

terça-feira, outubro 18, 2005

Frase para Reflexão

Frase de um e-mail que recebi há um tempo atrás:

"CUIDE DE SUA SAÚDE PORQUE DA SUA VIDA TODO CUIDA!"

Principalmente se você passou dos 25 e estiver solteira...

sábado, outubro 01, 2005

Capítulo 11: Nutrir ou ser Nutrido?

Uns amigos abriram uma comunidade sugestiva no Orkut: "Eu nutro uma esperança".

Aí tem a pergunta: "você nutre uma esperança por algo ou alguém" e outra: "você já deixou alguém nutrir uma esperança por você?"

Não tem como não se passar por essa situação, se você nunca nutriu uma esperança, você é uma pessoa feliz e não sabe!
Eu, e meu jeito meigo, nunca deixei que nutrissem por mim, quando percebo que a pessoa está interessada, e eu não, eu trato de deixar as coisas beeeem claras... corto logo, não gosto que nutram uma esperança por mim, prefiro que não tenham nenhuma rsss
O pior dessa "nutrição" toda é quando a pessoa te nutre, te dá esperança, por isso não dou esperança a ninguém.
E os homens são mestres em dar esperança, são fracos, não sabem dizer não ou quando o tipo é mau caráter, ele gosta de ver todas o bajulando - falta de auto-confiança também - adoram ser paparicados e preferem enganar várias ao mesmo tempo pra ter todas ali, babando por ele e escolher, quem sabe, uma que tirará o bilhete premiado -se é que pode ser prêmio ficar com um traste desses rss - ou mesmo só pra te deixar ali, na reserva, sabe?
O cara não tá interessado em você, mas ele sabe que você tá afim, então, ele não te descarta, deixa ali, fica de graça com você e vai ficando com outras, ele te guarda pra quando não tiver ninguém, porque ele poderá mostrar pros outros que ele não está sozinho, imagina! Tem você, ali, a terceira goleira! Finalmente jogando!

Não acho legal nutrir a esperança de ninguém, mas pode ser que eu possa ter me precipitado, mesmo assim, antes desse jeito.
Acho que nem sempre nutrimos porque queremos, falta confiança em si (como nos casos acima rsss). Às vezes, a pessoa nutre porque quer, mesmo sabendo que não dá, nutre porque tem vontade de nutrir, vontade de ter uma esperança no coração - carência ou vontade de viver algo platônico e colocar outro no pedestal...
Nutrição é mais complicado do que se imaginava rss

domingo, setembro 11, 2005

Capítulo 10: Da Disputa Calada entre Mães

Engraçado isso...
É uma coisa igual sociedade secreta: existe, mas você não sabe, ou dá a mínima pra saber...

Sempre a mãe de uma menina que estudava comigo perguntava de mim pra minha mãe. Minha mãe até ficava de saco cheio, falava "é incrível! toda vez ela quer saber de você, nem pergunta mais nada!"
Até que ontem a tal senhora venceu a luta, perguntou de mim pra minha mãe e depois de ouvir um "está bem" sem mais nada disse que a filha dela está grávida e deve casar em dezembro.
A mulher emendou:
"Ah, ela tá com 30 e então decidiu que era hora de ter filho, estava passando da hora, mas eles devem casar em dezembro"
Traduzindo: "o cara estava enrolando e ela resolveu dar o golpe da barriga, sabe como é, 30 anos e nada de casar não dá! Tem mais que enbarrigar pra encurralar o cara"

Só falo isso porque conheço bem a menina: estudei 6 anos com ela: era o tipo q roubava o namorado das outras, fazia futrica pra namoros terminarem e ela entrar em cena, sempre queria o namorado de alguém ou queria tirar a menina do páreo só por prazer.

Agora, pra casar teve que ir pro golpe da barriga e mãe falar de boca cheia pra minha que a filha "passou na frente" - pra ela é isso, mas eu não estou nessa onda.
Não acho que prender alguém com filho seja a coisa certa, nem prender de qualquer forma a pessoa tem que querer estar com você por vontade própria.

E depois, casar pra "tapar a boca das vizinhas" antes da barriga aparecer, nem sempre é sinal que o casamento vai até o final. Acho que casar, sem pressão é o melhor, porque você tem que conviver bem com essa pessoa para saber como é, antes de colocar filho no meio, é como queimar etapa - pra mim.

Virei pra minha mãe e disse: agora, ela não pergunta mais de mim pra vc, a filha dela ganhou a disputa, ganhou um filho nos braços.
Minha mãe ria porque não concorda com essa exibição por uma barriga como prêmio.

quinta-feira, agosto 25, 2005

Capítulo 9: Da Escrotice Masculina

Esse post tem um pouco a ver com o post abaixo, o capítulo 8.
Porque eu fiquei matutando sobre os caras que falei e me lembrei bem do que aconteceu:
- Um me deixou esperando duas horas para ir almoçar, quando chego no lugar combinado ele estava almoçando com seus amigos, fiquei revoltada com isso. Quando fui perguntar - num outro dia - porque não me esperou ele simplesmente me disse que eu deveria ter sentado com os amigos dele e que estava apressado pra uma aula e não poderia falar comigo. Ele me deu um senhor fora, assim, do nada, sem me explicar nada e sem se importar se eu havia ficado duas horas esperando ele - tínhamos combinado a hora e o lugar, não sou louca.
Tão escroto que nem fez o favor de me devolver um trabalho e uma apostila da facul que emprestei pra ele. Acho que só ficou me "cercando" por causa disso.

- Outro se fez de coitado, ficou comigo, chorando porque tinha terminado o namoro de 7 anos e estava deprimido. Dois meses levaram para ele me falar: "acabei meu namoro e não estou afim de me prender a nada agora" - vejam bem, terminou o namoro quando estava ficando comigo e não antes, como havia pregado... eu era a outra e não sabia.
Desse eu não deixei barato, virei pra ele e disse: "eu também não, ganhei uma bolsa pra Inglaterra e não quero prender ninguém por minha causa aqui" (uauahahahahahahhah grande mentira, mas o cara nem teve o que falar rss)

- Um que vi uma foto no álbum de outra pessoa: me paquerava sempre, mas nunca chegava em mim, eu decidi ir atrás. Aí me tratou com frieza e quando me encontrou no ônibus indo pra facul ficou paquerando outra menina na minha frente - ele estava em pé do meu lado no ônibus e batia um papo bem "paquera" com uma menina que estava em pé também (eu sentada comecei a conversar com a menina do meu lado que também o conhecia - e me conhecia - e ela pareceu também muito admirada quando o viu jogando charme pra terceira, ela parecia ter caido no conto dele também). Foi uma das situações mais deprimentes pela qual passei: um cara que fazia de tudo pra chamar minha atenção, na hora do "vamos ver" mal fala comigo, pede pra uma amiga dele me dizer que ele tem namorada (mentira) e quando me vê no bus faz essa palhaçada só pra me dizer: a fila é grande, pega sua senha e fica lá trás.
O pior é ele paquerar todas, acho isso escroto demais: paquerar todas e depois tirar no "2 ou 1".

Aí eu fiquei pensando nas esposas dos dois primeiros e imaginando... será que elas sabem o quando eles foram escrotos com outras? Será que todo homem faz escrotice até encontrar uma que resolva ter algo mais sério?
É tão hipócrita ver aquelas fotos de "casal feliz"...
Acho que eu não conseguiria conviver com alguém sabendo que ele sacaneou outras.
Por isso vou morrer solteira rsss

Ah, o terceiro, até onde sei, não casou até hoje. Vai ver a máscara dele caiu, ou ainda engana muitas... infelizmente.

quinta-feira, agosto 18, 2005

Capítulo 8: O Reencontro

Tem coisa mais chata, mais triste do que encontrar alguém de quem você gostou, a pessoa te deu um senhor fora e agora está na boa com outra?
Infelizmente isso aconteceu há um bom tempo, passei mal, fiquei mal e pensava: por que essa aí e não eu? Qual a diferença?
Mesmo porque tinha pouco tempo.
Agora, xeretando no orkut encontrei o cara de novo e casado com uma terceira e me pergunto: por que não eu?

Primeiro: será que todo homem é machista e sempre quer uma mulher que "saiba" menos que ele? Porque fui trocada por fulanas que mal sabiam fazer o "ó" com o fundo da garrafa. Como disse para uma amiga esses dias: esse é o machismo moderno que os moderninhos figem não serem particantes...
Igual ao personagem do Jude Law em "Closer" - que eu já analisei aqui.
Preferem alguém que não possa falar no mesmo nível, sempre quem está por baixo, não gostam de mulher inteligente, ou por que será que todas as mulheres inteligentes que conheço estão sozinhas?

Segundo: nem sei mais o que eu ia dizer... fiquei triste...

quinta-feira, agosto 04, 2005

Capítulo 7: A Mídia Contra-Ataca

Há um tempo, fiquei mal com uma reportagem da Folha, da Revista da Folha, mais precisamente.
Estava eu, numa ma-ra-vi-lho-sa reunião de família, ouvindo as baboseiras aí debaixo e me deparo com essa revistinha nojenta...
A matéria era sobre qual o número ideal de homens para uma mulher.
Claro, entrevistaram lá umas metidas a intelectuais, classe média, fazendo o estilo despojada, desenibidas, cabeças feita, desencanadas, de bem com a vida e pegando muito...
Aí, eu, muito idiota, fiquei lendo aquilo e me sentindo a última das mulheres, eu era a própria versão de saia de "John, o Selvagem" do livro "Admirável Mundo Novo"...
Comecei a pensar que por ser "certinha" tudo dava errado comigo, só as que pensam como homem, são "Samanthas", se dão bem.
Fiquei acho que a semana todo com isso na cabeça... pensando que eu estava perdendo meu tempo... que eu estou fora de moda, que amor ninguém quer mesmo... que todo mundo só quer usar e ser usado e que eu tô sozinha por isso mesmo, porque fico aí de doce...

Tive que esperar passar bastante tempo pra melhorar (família e revista contra mim era demais pra minha cabeça).´
Quando pus a cabeça no lugar, percebi que eu não estou errada e que o pessoa que dá entrevista quer se exibir, quer fazer tipo, que se sentir a última bolacha do pacote.
E que ninguém pode ser feliz sendo só usado e usando os outros, isso é vazio, isso só resolve no momento, depois, é muito pior do que ter convicções na vida - como eu tenho as minhas e vou continuar insistindo nelas, de cabeça erguida, sem querer fazer tipo pra uma revista de um jornal que se tem certeza.

A única coisa que me vem na cabeça é essa música:

Sweet Dreams
by Eurythmics


Sweet dreams are made of this
Who am I to disagree?
Travel the world and the seven seas
Everybody's looking for something
Some of them want to use you
Some of them want to get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused

Sweet dreams are made of this
Who am I to disagree?
Travel the world and the seven seas
Everybody's looking for something
Some of them want to use you
Some of them want to get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused

I wanna use you and abuse you
I wanna know what's inside you
(Whispering) Hold your head up, movin' on
Keep your head up, movin' on
Hold your head up, movin' on
Keep your head up, movin' on
Hold your head up, movin' on
Keep your head up, movin' on
Movin' on!

Sweet dreams are made of this
Who am I to disagree?
Travel the world and the seven seas
Everybody's looking for something
Some of them want to use you
Some of them want to get used by you
Some of them want to abuse you
Some of them want to be abused

I'm gonna use you and abuse you
I'm gonna know what's inside
Gonna use you and abuse you
I'm gonna know what's inside you

sexta-feira, julho 29, 2005

Capítulo 6: Reunião de Família

Tem coisa mais odiável e que você já se prepara pro pior do que festa em família?
Eu sempre fico me preparando psicologicamente pra o que vem... é sempre a velha história:
- cadê o namorado?
- ai, quando você vai me dar um sobrinho-neto?
- menina, você não vai arrumar namorado, não? não é possível! cadê!
- você escolhe demais, fica aí pensando, por isso tá sozinha...
- é, mas essa daí não desencalha mesmo...
- o que você tá esperando pra casar?
- você não namora não?
- não arrumou um namoradinho não?
- pô, minhas sobrinhas não desencalham nunca...

E assim vai...
Toda vez que é reunião de família eu tenho que ouvir algo desse tipo...
Por que as pessoas acham que se você está sozinha não está bem, ou não pode ficar assim? Por que toda a mulher tem que ter um homem do lado pra se estar realizada - pelo menos é o que acham...
Por que as pessoas não cuidam das próprias vidas?
Por que as pessoas acham que namorado tem na esquina, ali na barraquinha de cds piratas? Se você quer traste, a todo momento você esbarra num...
Só que família sempre acha que o que você chama de traste é melhor que nada, só pra depois te cobrar: "quando vocês vão casar?" ou o que é pior: "olha o traste que ela arrumou, tá louco!"

Outra coisa em reunião de família que irrita: ter alguém que está com namorado,aí fica assim:
- aí, ele é um moço tão bom!
- não é um casal lindo?
- você também tem que arrumar um namorado!

São coisas que você tem que se preparar antes de sair de casa, mas isso não quer dizer que estará pronta, só não tem como fugir se não quer parecer anti social.
E aí, eles vão falar assim:
- que metida! não vem ver os parentes, quando era criança a gente tratava bem e quando cresce não quer nos ver!
- é, não se mistura mais com os pobres...

Difícil de agradar, não?

quinta-feira, julho 21, 2005

Capítulo 5: de Iludir ou de Ajudar?

Uma coisa que a gente nunca sabe o que fazer é isso... se está ajudando uma pessoa pra valer ou se a está ajudando a se iludir...
Nas amizades é muito comum - entre as mulheres - uma ficar dando força pra outra por causa de um cara que uma tá afim, mas até que ponto isso é bom?
Eu realmente fico chateada pra caramba depois que nada dá certo e fico "por que eu fui ouvir o que a fulana disse? fiquei me iludindo a toa!".
Porque, ás vezes, as pessoas, para te deixarem pra cima, ficam: "vai em frente! ele tá afim sim! faz isso, faz aquilo" e você só se afunda mais...
Sabe, tem horas que não tem jeito: você tem que iludir a outra pessoa, porque você percebe que ela não quer ouvir a verdade, eu odeio fazer isso, mas tem horas que você tem que deixar que a pessoa descubra por si.
Eu não gosto que me iludam e não gosto de iludir os outros, só que tem vezes que é inevitável - quando iludo os outros, me iludir, não! rsss (sou uma ditadora rss mas prefiriria que me dissesse: "desencana, Carrie, não é pro seu bico".

Sabem aquela coisa da amiga ficar horas e horas falando do cara e você tentando persuadí-la e nada? Pois é... aí é melhor deixar a pessoa ir quebrar a cara, já que seus conselhos não valem nem dez mil réis furados rsss
Só que me sinto mal de não poder dizer na cara: "pára com isso! se o cara não deu sinal de vida é porque ele nem lembra de você! esquece!".
Aì, a pessoa pode ficar com raiva de você, então, como diz o sábio: "cada um, cada um" (uauahaahhaaahahhahahahauauauauahahahha)
Eu preferiria que me dissessem assim do que ficarem no meu pé e dizendo "não desiste não, vai a luta, menina! ele tá afim, sim! (o que é sempre uma mentira... ou minhas amigas se iludem mais que eu rsss).

Só que me remói ter que ficar a favor quando sei que a causa é perdida, não quero ser chamada de pessimista, mas eu me tornei uma cética - mais que a Dana Scully... - seria o mesmo que acreditar em Papai Noel e Coelhinho da Páscoa, mas o que não fazemos pelas amigas para que elas se sintam bem? mesmo que seja criar na cabecinha delas um castelo de areia... se vai ser feliz assim, vou fazer o quê?

Mas que fique claro: não dou os conselhos acima (vai lá que ele tá afim) só digo: "bem, se você acha que é o melhor isso, tenta" faço o possível pra não dar ilusão nenhuma... a pessoa que se iluda por sua conta... se ela cria castelos de areia, isso não é um trabalho meu (além do mais, não sou aquele cara lá deputado que fez o palace II), a pessoa se ilude com o cara e se ilude achando que eu estou dando um senhor apoio, que eu não dei, só não fico contra - porque não vão me ouvir mesmo...

quarta-feira, julho 13, 2005

Sobre o Capítulo 4...

Pessoas, não pensem que estou deprimida, frustrada ou sei lá o quê...
Já estou totalmente anestesiada, só coloquei o que penso da vida e fui bem realista, é assim que vejo as coisas: sem ilusão e sem fantasias: realismo!
Não se preocupem pensando que estou mal, porque não estou.
Só estou constantando as coisas...
Estou fazendo uma análise fria e pessoal.

sexta-feira, julho 08, 2005

Só os Malvados Salvam!



Agora vocês conseguem ver? Tirei de link da página e coloquei o arquivo aqui...

quinta-feira, julho 07, 2005

Capítulo 4:Out of Tears

Chega um momento na sua vida que você desiste, cansa...
Pensa bem e começa a não se imaginar mais com ninguém, com uma vida totalmente diferente da sua hoje...
Começa a pensar que daqui uns 20 anos tudo vai ser igual, já não tem mais imaginação para "criar fantasias", não vê mais nada com empolgação, não se empolga mais...

Não sei se é se acostumar ou cansaço mesmo... cansaço de sempre as coisas sairem diferentes do que se espera/imagina/sonha/se empolga/se ilude...

Só sinto um vazio que não será preenchido, ou já está preenchido por ele mesmo... sei lá... sei que não me imagino com outra vida mais, não consigo pensar em novos relacionamentos amorosos, não me imagino, por exemplo, daqui uns 5 anos, mãe - já tenho 120 filhos também, né? rss
Não imagino nada diferente... só tudo igual...

Acho que minhas lágrimas já secaram - na verdade, secaram faz muito tempo - e não tenho mais pique, ânimo, vontade de conhecer alguém, eu já sei o que vai acontecer. Cansei de me decepcionar e o melhor é ficar assim mesmo...
Tô bem assim, não esquento a cabeça: não me empolgo, mas não sofro; não me alegro, mas não me frustro; não sonho, mas não me iludo.
No gain no pain... (só invertendo porque dá na mesma).

Acho que não nasci para o amor (mulher/homem), então, pra quê chorar?
Vai resolver? Vai mudar alguma coisa? A Terra vai párar de girar?
A vida segue...


P.S. Só espero conhecer a Inglaterra e minha vida tá ganha...

quinta-feira, junho 30, 2005

Momento Charlotte nº 1

Os homens preferem as loiras...
mas se casam com as morenas!


Aaah!! Agora entendi!
Vou lá na fármacia ou na perfumaria e já volto!

sexta-feira, junho 24, 2005

Capítulo 3: Closer, Perto Demais



Esse filme tem tudo a ver com os relacionamentos "amorosos" atuais, ou nem tão atuais, com os relacionamentos de sempre.
Assisti esse filme com uma amiga - ela não curtiu, mas eu gostei muito, porque é muito real, muito "palpável".
A história gira em torno de 4 pessoas, dois homens e duas mulheres, muito bem interpretados por Jude Law, Natalie Portman, Julia Roberts e Clive Owen.

Se você não viu o filme, melhor não ler o que escrevi, estraga tudo!rss

Acho que o que as pessoas não percebem que os relacionamentos vazios deles são um reflexo dos relacionamentos da maior parte das pessoas: ninguém ama ninguém!
Vejamos:
Jude Law não ama Natalie Portman, se sente superior estando com ela, porque ele é uma espécie de "segurança" para ela. Ele se sente assim o que manda no relacionamento, ela depende dele.
Natalie Portman não ama Jude Law (que bom! ahahha) porque, senão, não o enganaria logo de cara, ela só passa uma fase que estava carente com ele! Quando se cura...
Julia Roberts não ama ninguém, vai com quem disser que tá mais afim, faz uma personagem apática, que não sabe a que veio ao mundo, como muitas pessoas por aí que a única coisa que não querem é ficar sozinhas!
Clive Owen não ama Julia Roberts, ele só é obcecado por ela! Não quer dar o braço a torcer, só quer "possuí-la" seja em qual sentido for...

Os relacionamentos que vejo por aí não se distanciam muito disso e em poucos eu vejo amor.
Estar com alguém porque é menos que ele, que não pode se "igualar" ou tornar-se "superior" ao outro - isso é mais comum entre os homens mais machistas com ares de moderninhos.
Pessoa carente que fica com a outra só pra ter alguém que o dê um norte... vixi! é o que mais tem!
Seres apáticos que estão num relacionamento por puro comodismo e sem saber o que é gostar de uma outra pessoa (e mal se gostam) é comuníssimo!
Ente que está ligado à outra por pura obsessão, por orgulho e por se sentir possuidor como se o outro fosse uma coisa, é normal...

Closer Só mostra o que a maioria não quer enxergar!

sábado, junho 18, 2005

Ainda sobre o Capítulo 2

Lembrei disso só depois: a garota que namorava o filho de um professor, quando veio para a faculdade de transferência - de uma outra famosa particular - fez matricula com os bixos, como eu, e havia aquela campanha para doar sangue, ela dôou e depois falou:
"É, sabe como é, preciso saber se está tudo certinho, eles fazem exame no sangue de HIV e no fim do ano, aquele oba-oba, na praia, carente, sem meu namorado, não me previni, coisa de momento... nem vi mais o cara e tal, então, mas preciso ver se ele estava ok... Ah, assim eles me mandam uma carteirinha dizendo se tenho alguma coisa, sai mais barato."

Pessoas do bem, não?

quinta-feira, junho 09, 2005

Capítulo 2: Dia dos Namorados ou Dia dos Losers

O dia dos namorados é um dia 8 ou 80: ou você é alguém com seu amorzinho do lado ou é um perdedor.
É assim que os comprometidos lhe vêem e dá-lhe propaganda enganosa pra cima de você, loser de plantão:
"meu namorado vai me levar pra jantar!" (ou ser jantada rsss)
"eu já sei o que eu vou ganhar de dia dos namorados"
"ai, eu já falei que não quero nada! mas ele insiste!"
"ai, a gente é tããããããããããããããããoooooo feliz! Eu amo tanto ele! Ai, ele é tão maravilhoso!"

Mas isso pode ser até verdade, mas muitas mulheres "aumentam" a história para que você, encalhada, se sinta a pior espécie da face da terra... ou elas vem com a outra gracinha famosa:
"ai, eu não sei o que eu dou de presente pro meu namorado! o que você acha?"
"ai, eu vou sair com ele com essa roupa aqui e vou usar isso, isso e isso, não vou ficar linda?"

Pior que isso é:
"e você? não vai sair com alguém hoje? procura um gatinho, boba! mesmo que seja só pra ganhar presente!"
"ai, menina! você não arrumou ninguém nem pra passar o dia dos namorados? poxa vida, como você é mole!"

E não é só isso!
Tem aquelas que precisam se firmar, conhecem? Já estudei e trabalhei com "tipas" que adoravam contar suas peripécias sexuais/amorosas só pra dizer eu estou com alguém: "eu sou feliz, eu sou, é? ah... eu sou sim!" nem elas mesmo acreditam nisso, mas querem que você fique por baixo:

História 1: de quando entrei na faculdade
Conheci duas meninas que logo se tornaram "as grandes amigas" (as duas, não eu com elas), não valiam nada e me ferraram no trabalho de Introdução aos Estudos Literários 2.
Parecia um duelo de quem era a mais espertalhona, uma que namorava o filho de um professora da Universidade e queria dar o golpe no baú, porque falava mal horrores do cara, mas queria dizer a mim que dormia sim com o cara e que eu era muito bocózinha. A outra adorava mostrar que tinha que tomar anti-concepcional e dizer que tomava escondido da mãe e que trocava a embalagem da caixa de remédio pra ela não saber. (isso era da minha conta?)
Elas sempre contavam suas historinhas... eu, como bixete ingênua e apaixonada pelo meu "platão" só ouvia com cara de boba, achava que elas passavam dos limites de contar aquelas coisas e não entendia porque contavam, não era assunto meu...
Até que percebi que elas queriam se achar, só que eu não achava coisa nenhuma... só que eram um bando de mal-amadas vagabundas...
Foi quando me afastei e me ferraram no seminário...

História 2: treinamento de emprego
Não cheguei a trabalhar no local, mas treinei por um mês, e lá havia uma menina que pegava ônibus depois comigo e que era cheia de falar, falava pra mim e outra garota que tinha namorado e ia na dela. Comecei a ir a pé até o metrô com uma outra turma, o que a menina que tinha namorado também fez.
Ela era extremamente vulgar, porque gostava de dizer que tinha transado com vários caras que era a experiência em pessoa, se sentia por isso e dizia pra outra menina que ela precisava experimentar mais que um só não é vida...
Uma infeliz que pulava de galho em galho...

História 3: no emprego com a meiguinha que precisava contar
Ela mal me conhecia - será isso um mal dessas garotas ou eu sou um imã pra essas tais? - sentou pra trabalhar perto de mim e começou a se gabar do super hiper namorado dela que havia conhecido no net, através daquele site do uol que não lembro o nome...
E aí era só o fulano pra cá o fulano pra lá que o fulano isso, que o fulano aqui... quando chegava o final do mês já estava ela falando "ai, ainda não veio, mas deve vir amanhã, eu tomo remédio, sabe? blábláblá".
Dia dos Namorados, a menina se arruma toda no banheiro da empresa, só fala no jantar e no ser jantada depois e que precisa de um desses prendedores de cabelo, afinal, ela vai pra hidro, precisa prender o cabelo, não pode chegar em casa com o cabelo molhado e vai pelo atendimento inteiro ver quem tem um prendedor de cabelo pra ela...
Se isso não é auto-afirmação eu não sei o que é...

Sei que por mais que digam que o dia dos namorados é um dia só pra vender presentes e yayaya, quem não tem finge que não quer mesmo ou fica triste.
Eu finjo que não quero mesmo e fico triste porque eu nunca estive nessa data com alguém, logo, nunca ganhei presente... isso é triste pacas rsss (lá vem ela e seu draminha básico!).
Não ter nem como dizer "ai, lembro daquele ano que ganhei aquela porcaria que eu odiei! daquele babaca!" nem isso eu posso dizer! rssss

Só que há coisa ainda pior!
É você dar uma de louca e ir na balada nesse dia, ou na véspera!
Uma vez, sai com uma amiga nessa data e me senti o frango no espeto na televisão de cachorro da padaria! rsss
Porque os caras se aproveitam pra esse ser o xaveco do dia!
Se fazem de cachorros sem dono e ficam no seu pé! Homem sozinho nesse dia é mais triste ainda... triste de como se rebaixam pra uma "pegada básica", se fingindo de românticos e solitários, oh! que dó!
Dó nada, chutei todos! rsss!
Não quero ficar só pra fazer graça pra eles, se quisessem mesmo, ficariam em casa com a namorada que está no telefone esperando ele ligar e jogando conversa com a amiga ou a menina que elas mal conhecem sobre o quanto o namorado dela é suuuuuuuuuuper romântico!

sexta-feira, junho 03, 2005

Capítulo 1: A Pressão

Começo aqui esse blog...

Como recém balzaquiana que sofre das pressões mais sujas da sociedade (oh, como ela é vítima! tadinha!) para ser uma mulher casada, com filhos e feliz ( será?).
Só que essa pressão que se sofre todos os dias com indiretas, olhares de lado, risadinhas, ironias são deprimentes.
É, me deprime... deprime pra caramba.... porque eu não sou a culpada por isso... todos ao meu redor me cobram, mas nunca percebem o quão duro é ser solteira, pior que isso: ser uma encalhada - como todos dizem mesmo...
"Não ter um gato pra puxar pro rabo", como diz minha mãe
Até ser chamada de "coroa" pelo meu pai eu já fui...
Isso não te deprimiria?
Isso não é injusto já que vivemos num mundo em que os homens são um bando de bananas e facinhos?
Bananas = tem medo de você, fogem como se você fosse o diabo! Nem pra dar uns beijos eles servem! Tem medo até de ficar... medo de a coisa "evoluir!"... coisa que muitas vezes eu nem estou pensando... eles se antecipam e se acham...
Facinhos = a que estiver com a saia mais curta, der primeiro pro cara leva! Acabou!
Talvez não seria facinho, eles não são facinhos... (rss) são elas que são e eles se acomodam... aceitam a primeira que se joga fácil pra eles...
Daí vem aquela história: "se essa tá fácil aqui, porque eu vou ficar esquentando minha cabeça com aquela ali que tá difícil? Não dá logo de cara? Não quero ter trabalho!"

Então: nós, garotas legais, inteligentes bom papo e que não são apenas um pedaço de carne, ficamos de lado pela existência afora... envelhecendo cuidando de nossos gatos de estimação...