segunda-feira, dezembro 28, 2015

Aquele momento que você diz: sou feliz por ser solteira!

Quando você vê outros casais e ao invés de achar que sobrou você pensa: "que bom que sou solteira, isso eu não aguentaria!".

Não tenho sentido esse sentimento de sobrou, mas quando você vê um casal super fofo, você não queria o mesmo? Pois é, mas muitas vezes você vê o contrário e além de pensar que bom que estou solteira você fica com dó ou de um ou do outro, ou do casal mesmo.

Já peguei conhecidas me dizendo que leram tal livro porque o namorado falou pra ler. Parece besteira, né? Mas tudo depende da entonação que a pessoa dá a isso, algo como "eu não curto, mas ele falou pra eu ler", ele mandou nas estrelinhas e ela leu para não contrariá-lo. Já ouvi isso e ainda a moça contar como foi chato ler o tal livro porque não tinha nada a ver com ela... e acabou casando com o cara que impôs muitas coisas que ela nem percebeu que impôs, ou percebeu, mas prefere não dizer isso: modo de agir e pensar, o que assistir... o que ler e assim vai...

Casar com um cara que impõe os gostos dele pra mim seria uma prisão, sim, estar presa e sufocada por coisas que não têm a ver comigo ou pouco tem a ver ou, pior: "o gosto dele é superior ao meu então é bom eu gostar disso, ele tem razão". Triste. 

Você deixa de existir, o seu eu não é seu eu, é o outro e isso também é uma forma de machismo mascarada, um machismo moderno que eu não gostaria de saber que ele ainda é muito presente, muito arraigado, mesmo que seja de outra forma, mas é um machismo.

Ou como uma Charlotte que conheço, anos de namoro, anos lendo o que ele dizia, e ainda o acha inteligente e tudo mais, a velha história do superior.
No namoro aquela alegria de festas e viagens até que casam e Charlotte engravida, tem filho e cuida como mãe zelosa e para proteger o filho do cansaço de uma festa do dia todo (e ela mais uma vez grávida e cansada) pede ao marido para ir embora por conta do bebê e recebe como resposta um "a gente não pode viver em função dele! vamos ficar!" e ao ouvir isso e ver Charlotte chorar escondido com o bebê no colo, dormindo, e o outro na barriga e pensa: que dó! ah, se fosse eu esse cara ia ver!
Mas não ia ver, acho que o namoro com um cara assim não duraria 2 dias rs

Depois, conversa com outros caras com o bebê: "não é o papai que cuida de tudo? que põe dinheiro em casa e trabalha pra trazer tutu?"
Como se Charlotte não trabalhasse, não fizesse nada da vida e tive 20 babás para um filho. Não, Charlotte também trabalha, também sai de casa pra garantir o tutu do final do mês, mas parece que é como se ela não trabalhasse e cuidasse do filho... que tudo está nas costas dele...
Ou outra frase simpática do marido ogro quando perguntam onde está ela e o bebê:
"Foi tirar bosta, quer ir lá também?" 

E pior!! Ainda tem pior, quando souberam que o próximo bebê será uma menina ele disse: "preciso arrumar um revólver". Porque não vai querer homens atrás da filha! Porque todo o amigo dele que tem uma filha ele dizia: "meu filho vai comer sua filha!" (sério!!) e agora o feitiço virou contra o feiticeiro... se você não achar isso machismo, não sei o que mais pode achar...

Quando seu marido faz coisas desse tipo não é hora de se separar é hora de pensar que se ele era mandão no namoro agora é bem pior e foi sua escolha. Escolheu alguém extremamente machista e que criará seus filhos com esse mesmo pensamento. Agora é com você tentar mudar as coisas antes que seja pior e criar um menino metido a comedor e uma menina traumatizada porque os homens fazem mal a ela e que todo homem não presta. 
Não é todo homem que não presta é todo machista que não presta.

domingo, dezembro 13, 2015

Do sexo sem culpa

Estava numa conversa com amigos e falamos sobre relacionamentos, como é difícil as pessoas quererem se relacionar "pra valer" com alguém, quer dizer, como é difícil as pessoas entenderem que passamos da idade do "ela é pra casar não vou magoá-la" porque, realmente, já nos magoamos e aprendemos a lição (espero ter aprendido).

Quero dizer: podemos apenas ficar com alguém sem pensar em relacionamento a partir daí.
Mas parece que os homens não parecem perceber que nós, mulheres, mudamos, ou tentamos mudar. Não vou dizer que não me apaixonaria por alguém, me apaixonaria, mas teria que enfrentar isso, ser forte o suficiente para entender que se não quer mais do que um ficar, ou one night stand, o jeito é se conformar... e assumir que vai quebrar a cara, e muitas mulheres hoje assumem e eu pretendo assumir.

Nossa conversa chegou ao ponto de minha amiga perguntar a meu amigo:
- o que você prefere: ficar imaginando como seria ou trepar?
Ele:
- trepar, lógico!

Quer dizer, por que vamos começar a colocar "o carro na frente dos bois" como fizemos tantas vezes e ficar sem alguns momentos saudáveis de sexo?
Alguém ainda vai dizer: porque quero me casar e ter um relacionamento estável.
Ok, você quer, o outro não e aí? Vai fazer como muitas que ainda acreditam que engravidar segura homem? Vai dar o golpe da barriga? Vai ameaçar se matar?

Não estou dizendo que vamos fazer os gostos dos homens, não, estou falando de fazer os nossos gostos!
Assumir nossos desejos, não dá pra ficar com T e matar a vontade trancada no quarto sozinha todo o tempo. É preciso o gosto e o cheiro do outro, a carícia, o sorriso de satisfação, o compartilhamento do prazer. E muitas vezes para isso acontecer só abrindo mão de ser conservadora.

Em 2015 a maioria das mulheres já entendeu (eu espero) que não vai se livrar de se machucar se quiser uns bons momentos de sexo. A nós mulheres é praticamente inerente fantasiar que aquele é nosso príncipe  (anos e anos de princesas Disney nos influenciando...), mas não pensar que todos são canalhas (eles existem, mas são por eles existirem que aprendemos a superar nossos medos, acho), o melhor é pensar que somos humanos e falhamos.
Seria mais interessante conseguirmos ter um papo aberto com o outro e dizer: só quero sexo, não espere mais nada, mas os homens parecem ter medo de dizer isso, como disse, têm medo que ainda somos as mesmas meninas fantasiosas.
A menina fantasiosa sempre existirá na gente, mas existe a mulher que quer sentir prazer.
Precisamos conseguir separar a fantasiosa princesa da mulher independente, precisamos conseguir sorrir quando dermos tchau para aquele cara gostoso no final da transa e pensar que as coisas só passarão disso se os dois quiserem, sem pressões e sem choros, mimimis.

Sei que isso assusta também os homens, por eles terem medo de que nos apaixonemos por eles mesmo dizendo que vamos superar. Mas eu pretendo dizer que não me apaixonei a prender alguém que não quer ficar ao meu lado.
Como eu disse, temos que aprender a quebrar a cara e recolher os cacos sem culpar o outro e deixar claro para o outro que "se você só sente T, é sexo que teremos e não venha me cobrar depois onde e com quem sai na semana que vem". Porque os homens dizem uma coisa, querem essa coisa, mas sempre procuram também a mesma que a gente: segurança.

quinta-feira, maio 21, 2015

Do confiar


Ontem, no Facebook, vi e compartilhei a imagem abaixo, tinha conversado no mesmo dia, só que antes, com minha terapeuta sobre como pra mim é difícil me envolver com alguém por medo de ficar sozinha depois. É uma grande ironia, eu sei, mas é como me sinto: estou sozinha e estou triste, mas tenho medo de estar com alguém e esse alguém me deixar, não durar e ficar sozinha de novo... MAS EU ESTOU SOZINHA! 
Eu sei, é confuso, eu sou confusa, medrosa e por isso tenho blogs!

Então a terapeuta me disse: mas você tem que deixar fluir, não esperar que dure pra sempre, viva o quanto dure, ame enquanto dure "que seja eterno enquanto dure"!

E aparece a frase aí do lado... pareceu perfeito falar sobre porque, muitas vezes, pode durar e não ser recíproco, né? Quantos relacionamentos eu vejo dos outros e digo que não queria pra mim? E o que percebo é exatamente isso, a reciprocidade é uma coisa difícil de ver porque falta confiar, faltar se abrir plenamente com o outro, ou quase plenamente...

O que eu quero dizer é que reciprocidade é uma coisa complexa, já vivi relacionamentos em que eu não tinha ideia do que pensavam, queriam, sentiam... e isso é horrível! É horrível você se entregar a alguém, contar seus medos, confiar no outro e o outro nunca se abrir com você! Não que seja só uma questão de confiança, sei que às vezes o outro não consegue pôr pra fora o que gostaria... precisaria de terapia. Sim, precisaria! Porque é difícil lidar com alguém que parece de mal de você e você não sabe o porquê, você pergunta e (já recebi essa resposta) o cara diz: "coisa de homem..."!! Coisa de homem?? Vá para a pqp!
Você fica ali, esperando que falem com você, te diga: Carrie, não gostei quando você fez tal coisa ou Carrie, estou mal por problemas no trabalho/ família/ etc. E não que digam "é coisa de homem"!
Coisa de homem é o cara*** que ele tem no meio das pernas e não serve pra nada... (momento Carrie verde Hulk)

É revoltante você se entregar de corpo e alma e a outra pessoa não faz nenhum esforço pra estar ali ao seu lado, isso pra mim é recíproco: é você estar com o outro da mesma forma, compartilhar coisas, histórias e poder ter o amparo do outro, o ombro amigo do outro, ter confiança e segurança com quem está.

Quero algo recíproco, quero saber o que o outro sente e que diga na minha cara o que não gosta em mim, o que faço de errado, quando o magoou e quero ter a liberdade de dizer o mesmo.
Sei que não é tão simples, mas eu gostaria de encontrar alguém que tivesse confiança em mim também... cansei de gente que esconde coisas, sentimentos, medos, traumas etc.
Quero que mesmo que a pessoa não consiga dizer por ser difícil pra ela, ela me explique exatamente isso: Carrie, não vou conseguir te explicar isso, é difícil pra mim, mas um dia eu conseguirei...
Só não me deixe no vácuo, no limbo sem fim perdida em perguntas e respostas que só minha cabeça vai me dar e não é a verdade, porque eu poderei imaginar milhões de coisas, mas nunca terei a certeza do que aquilo que penso é verdade. Cansa ficar se enganando com respostas simples da minha cabeça.

Não quero impôr nada a ninguém, só quero sinceridade, confiança e afeto.
Porque quando sou sincera, confio no outro e dou meu afeto é de verdade, não é mentira, não é joguinho... Se tem uma coisa que nunca fiz e não sei fazer e nem quero fazer é jogo.
O amor pode ser um jogo pra muitos, mas não pra mim.

"Amor é ferida que dói e não se sente, é contentamento descontente"?

Não precisa ser tão dramático, pode ser mais simples e mais leve - eu acredito nisso, mas para que isso realmente aconteça e não seja soneto Camões o outro não precisa fingir para que eu confie nele, é só a sinceridade, mesmo que isso tenha a ver com traumas de infância, bullying de escola, ser mais complexado que George Costanza... até ser broxa! (podemos resolver isso juntos, eu acredito!) se eu gostar do cara pra valer, nada disso vai me importar. Porque quando eu amo, eu amo. Eu aceito, eu compreendo, eu apoio, eu compartilho, eu respeito, eu encorajo.

Se isso for demais, se for coisa de gente pegajosa, me desculpe, mas preciso de alguém que consiga ser assim para que seja eterno até o momento que não dê mais para a reciprocidade, que não dê mais para dar e receber amor e que finalmente deixe de ser recíproco e acabe, acabe de verdade e não que se mantenha por pena, dó ou por status ou qualquer outra coisa que mantém pessoas juntas sem o mínimo de respeito ou valor pelo outro.

Só quero confiança, que segure minha mão e saiba que tem alguém para contar sempre!

sábado, abril 25, 2015

Constelação Familiar, terapia

Participei de um tipo de terapia em grupo muito interessante. Chama-se Constelação Familiar.

Não parece ter nada a ver com o tema deste blog, não é?

Pois é, mas minha terapeuta pediu que eu fizesse porque seria bom para analisarmos mais coisas "incrustadas" em mim e poderia ajudar em nossas sessões.

Fui, mas primeiro precisava de um tema para ser exposto.

O tema foi o que anda recorrente aqui: não sair do lugar.

Fui à Constelação com esse tema, o terapeuta que o dirigia era um alemão super conceituado como Psiquiatra e Psicólogo e um dos nomes mais bem falados na área de constelação.

O trabalho consiste em juntar várias pessoas, cada um com seu tema. Alguns sendo consteladas como eu, outras só para assistirem as constelações e tomar coragem de fazer na próxima ou descobrir com elas algo sobre si próprio.
Eu constelei e participei das constelações de outras pessoas.

Voltando, reúnem-se pessoas num lugar próprio, antes de começarem as sessões, o terapeuta principal explica um pouco da teoria das constelações, como funciona, fazemos exercícios de relaxamento e de descobrimento sobre nós.

Depois cada um faz sua constelação: senta-se à frente com o terapeuta e ele perguntará o nosso tema. Como eu fiz, depois ele vai querer saber sobre a vida familiar, outras pessoas que podem estar envolvidas na minha vida do nascimento até ali. Questões anteriores ao meu nascimento, sobre meus pais e família e outras coisas que podem se relacionar.

Depois de contar tudo, praticamente sem chorar, um milagre, fez-se a minha constelação: as outras pessoas participam da seguinte forma: fazem os "papéis" das pessoas que entrarão na história para melhor ser entendida, ou seja, eu escolho alguém pra fazer o papel do meu, minha mãe, irmão, do meu medo, SIM, meu medo é figura central para eu não sair do lugar, eu onde eu pretenda chegar. E eu não sabia onde eu pretendo chegar, o que quero para o futuro. Afinal, estou aqui presa, né?

Você vê como as coisas funcionam ao seu redor vendo os outros fazendo os papéis das pessoas e das coisas que sente ou te prejudicam. Como participei também em outra, como mãe de uma mulher, a energia é muito forte (é, eles trabalham com bioenergética) e eu sentia o que a mãe daquela moça sentia e sentia raiva do homem que fazia o papel do meu marido... as coisas vão se encaixando de um jeito incrível...

Eu fiquei extremamente impressionada quando a moça que escolhi para ser eu sentia um calor louco, eu tenho sentido esse calor, ando suando mais do que é o meu normal, não tenho frio nenhum e parece ser a minha energia parada... me impressionou também a mulher que escolhi para minha mãe que sentia ânsia de vômito, como minha mãe quando teve infarto... a energia capta é extremamente forte e ficamos enlaçados com as histórias um dos outros...

Foi muito emocionante, chorei, revi coisas que não queria me lembrar, mas estavam guardadas comigo,,, o Frank, o terapeuta, sabe conduzir muito bem cada peça desse xadrez que temos na cabeça, guardado e sufocado...
O meu final foi diferente dos demais: todas as mulheres me abraçaram, pedido do Frank, pois o feminino foi muito afetado na minha vida, quase não tive um reflexo dele na vida para ser uma mulher por inteiro e o medo me corrói até hoje.
Foi de uma emoção incrível tantas mulheres abraçadas a mim, e me acalentando num balança, juntas, como uma mãe ninando seu bebê... um bebê que se sente abandonado e sem colo, começaram a cantar e me ninaram mesmo...
Agradeci a todos e fiquei imensamente grata pela carinho, um carinho que eu nunca imaginei que pudesse sentir ou me dar... engraçado pensar nisso: sempre quis dar mais carinho do que recebi e percebo assim o quanto realmente sou tão carente de um carinho.
Tanto que nem imaginava merecer.
Meu medo sempre me deixou à margem, à margem de receber carinho, de retribuir e assim, me retraí a vida inteira.

Saí de lá achando que nada se modificou, mas como disse minha terapeuta, eu não sentiria isso de cara, as coisas acontecem no nosso íntimo dependendo de cada pessoa e como eu sou bem fechada, não é tão simples.
Às vezes sinto que algo se modificou, como no momento que escrevo isso já percebo alguns insights... como eu ser um bebê abandonado, por exemplo.

O medo ainda é parte de mim e é ele quem faz eu não conseguir sair do lugar, sei que preciso sair do lugar, parar e seguir em frente, mas cadê a coragem?

Espero que ela apareça ou me mostre que se é para pensar nas mesmas coisas, que seja para fazer tudo diferente da próxima vez e, espero, acertar.


quarta-feira, fevereiro 18, 2015

Um Carnaval e suas Cinzas

Houve um Carnaval com Mr. Big em que muitas coisas estavam em jogo.

Tínhamos terminado e quando decidi que ia embora para Londres, com tudo certo, Big queria voltar.
Ele disse coisas que me amoleceram, mas, ao mesmo tempo, tive que descarregar tudo que sufocava em meu peito. Fui dura, atirei para todos os lados: o culpei, culpei os amigos dele, menos a mim.

Ficamos nessa briga, mas tentamos nos entender, mas o que é se entender com alguém que você sabe que não estará mais com você porque sua vida está decidida em outro lugar, por um  tempo?

Tentamos viver um Carnaval feliz, mas eu estava travada. Tentei ficar bem a maior parte do tempo, mas eu sofria por antecipação.
Eu tinha medo do final daquele feriadão e o final chegou.
Chorei e ele me consolou, mas consolo não era o que eu queria. O que eu queria era que tudo pudesse ser diferente.

Não que o feriado inteiro tenha sido um mar de rosas, mas acho que o pileque dele e dos amigos me ajudaram a entender que aquele mundo não era mesmo o meu e que eu me enganava.

Acontece que por mais que eu saiba que eu me enganava, por mais que eu saiba que é pra seguir em frente, ainda penso em Big.
Isso me faz mal porque eu não sigo em frente e não posso ficar pensando num passado, eu tenho que viver o presente, como ele deve viver o dele...

Às vezes eu penso que ele aparecerá novamente na minha vida, como nas outras vezes e fico me segurando numa esperança vã. Uma esperança que não deveria mais estar aqui.

Quero que essas cinzas tragam a mudança em mim e que eu pare de querer reviver o que já foi. Quero seguir em frente, mas a razão e a emoção doentia (porque não deve ser normal) estão lutando muito.
Eu sei que não posso querer algo que não é pra mim, mas só penso nisso e isso me faz muito mal, eu sei, mas não entendo.

Não quero conselhos, eles não vão adiantar... eu não sei aceitá-los... mas quero que algo em mim se transforme como as cinzas em vida, novamente.

segunda-feira, janeiro 26, 2015

Aberta a temporada de pretendentes

Sabe aquela coisa de família ficar cobrando para que você case, tenha filhos e aquele velho blábláblá??
Não só família, mas um monte de vizinhos, gente que cresceu com vocês, e a pqp... todo mundo se acha no direito de dizer o que você tem que fazer da sua vida, qual é o "certo" ou "errado" e, claro, você não sabe o que está fazendo da sua vida, precisa que os outros digam...

Pois é... então, eu resolvi fazer uma lista para pretendentes, se alguém se encaixar em todos os requisitos (eu disse TO-DOS!) pode ter, TALVEZ, alguma chance...

1- Conhecer 95% das bandas que eu gosto e curtir também - não precisamos concordar em 100%, só 95...

2 - Saber se virar na cozinha, não espere que eu cozinho todo dia para você ou, então, aceite que a comida será congelada e requentada no jantar...

3 - Não beber socialmente - porque eu sei o que significa "beber socialmente": encher o c* de cerveja toda festa de amigos que tivermos que ir, ou você entra pro AA ou resolve mesmo se controlar e chegar em casa sem dirigir o carro (porque bêbado realmente se acha o piloto);

4 - Ter em mente não passar o resto de sua vida no Brasil e estar pensando seriamente em tentar outros voos por lugares novos e onde se vive (e não, como aqui, que se sobrevive), de preferência Inglaterra ou Escócia - aceito Canadá, mas prefiro Nova Zelândia...

5 - Dar mais atenção a mim do que aos amigos. Amigos são amigos para a pelada de domingo, não para se agradar 24 horas por dia, 365 dias do ano: eles sempre levam a vida deles numa boa e não retribuem de forma exagerada...

6 - Ser um cara forte e capaz de olhar nos meus olhos e dizer: as coisas não estão certas, precisamos conversar! E falar o que é preciso falar, não sumir por um mês... e voltar com cara de c* ou resolver falar por algum aplicativo de celular ou bate-papo do Facebook;

7 - Se tiver algo a me dizer, diga na cara, não espere para jogar na minha cara quando brigarmos. Se algo não lhe agrada, seja sincero e diga. Tenha coragem!!!! mais uma vez;

8 - Olhar bundas alheias na minha frente ou fazer comentários ridículos com os amigos, do tipo que saíram hoje da quinta série faz de você uma carta fora do baralho, nem tente se arriscar...

9 - Pãodurismo tem limite e senso: não reclame do valor  pago a diarista, se comprou um IPhone novo, se você é desse tipo de pão duro só com coisas que realmente valem mais a pena que um celular ou qualquer tranqueira assim, me esqueça! Você é um babaca e se tentar algo, vai limpar a casa sozinho;

10 -  Gostar de Cunnilingus (eu sei que você vai no google...), mas gostar MESMO! E saber mesmo fazer dos bons, além de outras coisitas e conversar sobre o que agrada cada um;

11 - Diga que não está conseguindo dar a segunda, melhor do que mentir e dizer que "é assim mesmo", só no outro dia e com dificuldade. Ter conversas aberta sobre tudo servem pra isso, pra não causarem situações ridículas;

12 - Saber citar frases de Seinfeld dentro do contexto certo. Ter visto todos os episódios mais de 3 vezes; (isso vale também para Arquivo X entre outras séries)

13- Não passar o final de semana todo só vendo esportes na TV;

14 - Lavar e passar suas roupas é seu trabalho, não meu, principalmente camisas sociais: vão pra tinturaria;

15 - Se eu fizer algo que o deixou bravo, por favor, diga o que foi, não fique com cara de c* e sem falar o que está acontecendo e quando eu perguntar, não diga "é coisa de homem" porque isso não é coisa de homem e sim de moleque;

16 - Gostar de ir a shows das nossas bandas favoritas;

17 - Filhos: se tivermos (auauahah você passou por todas até agora? rs) não serão só minha responsabilidade, apesar de saber que sua cota para o nascimento deles foi bem menor que a minha, deverá haver uma divisão de tarefas onde meninos e meninas não terão distinção entre "isso é coisa de menino, isso é coisa de menina";

18 - Don't let me down! Ou seja, se você é do tipo pessimista, rabugento que tudo põe defeito - principalmente em mim, sai daqui, já!

19 -  Assistir UFC faz você também estar fora do páreo;

20 - Não reclamar do preço das coisas quando for pagar também é um sinal de delicadeza e não que está desperdiçando dinheiro conosco;

21 - Dizer "eu te amo" todo dia, até o final dos nossos dias juntos (se citar Beatles,  também vale).

22 - Final dos nossos dias juntos não quer dizer até que a morte nos separe, não se preocupe com isso: dure o que for pra ser verdadeiro (se você se encaixar em todos os outros passos);

23 - Lembre-se tudo isso aí em cima é fácil de cumprir, se você realmente estiver comprometido e tiver bom gosto;

24 - Ah! isso me fez lembrar: não ser leitor da Veja;

25 - Não ser evangélico ou de qualquer religião que seja mais conservadora;

26 - Não ser Tucano e adjacências;

27 - Sair com os amigos pode, desde que não com outras mulheres em jogo. Dia dos amigos é um jeito bem saudável de manter a amizade a relação ao mesmo tempo. Enquanto isso, estarei no dia das amigas e será também muito agradável (melhor do que eu no meio de seus amigos dando pitacos).

28 - gostar de animais e também querer participar de atividades - ou pelo menos doações - para salvá-los ganhará bônus!

29 - gostar de gatos e cachorros - em casa;

30 - Assine que será lavrado em cartório para conferência e penalidades caso faça algo contrário ao que foi exposto acima, sofrerá multa de 10.000 reais por item passado por cima.


Bem, acho que está de bom tamanho e bem claro, né?

É isso!
Alguém se habilita?

Quer dizer, há algum habilitado?