domingo, outubro 29, 2023

Eu no Tinder entre outros

 Depois da ideia da outra postagem , decidi ir pro Tinder pra ver se me enturmava com alguém que tivesse o mesmo interesse que eu e desse match.

A primeira vez que entrei no Tinder aguentei menos de 24 horas, dei match com um cara que  dizia que adorava dar prazer às mulheres, mas era como qualquer outro: prazer só pra ele. Não queria se encontrar num local público, não mostrava o rosto, a foto era bem difícil de ter muita certeza quanto a como ele era, ainda assim disse que queria muito ficar comigo e não queria usar camisinha e já queria anal. Isso porque ele disse que o prazer dele era dar prazer...

Fiquei tão decepcionada com esse tipo de gente que preferi deletar logo, ainda, antes, fiz a burrice de dar meu whatsapp e aí ele me madou gif do que ele dizia ser o pênis dele: um pênis de uns 25cm ejaculando. Fiquei foi com nojo, porque, não era pra eu ter prazer? Alguma de vocês têm prazer em ver um negócio gigante colocando lava pra fora sem você ter pedido por isso?

Tentei o okcupid também e fiz amizade com uns caras, amizade, um polonês morando em Gales. Desisti também, no que daria ficar batendo papo sobre estética e cultura? Um monte de gringo de países que tratam mulher como lixo mandado mensagem pra vc. Ser sua 4a esposa e usar burca? Não, obrigada!

Eles dão match com você não te dão oi, não falam com você. Você pode até falar com eles, mandar um oi e... ficar no vácuo.

Teve um cara de um país europeu do leste que dizia que morava aqui em São Paulo e quando eu demorei para respondê-lo, ele ficou bravo: disse que eu não estava interessada nele. Ai, gente, estava mesmo precisando de homem cheio de mimimi. Ainda bem que ele me bloqueou antes, porque eu iria bloquear mesmo rs

Tentei uns outros aplicativos, mas é tudo a mesma porcaria: um monte de cara que não responde, quando se diz a fim de um date, some antes de confirmar o dia e local. A impressão que tive é que ninguém quer conhecer ninguém, só seguidores em seus instagrams porque o povo deixa o recadinho: não acesso muito aqui, então me siga no Instagram. Falou, tô lá pra ser mais uma das que entraram na fila...

Achei um aplicativo que você tira uma foto fazendo biquinho como se beijasse, então, você manda beija pra quem você se interessou. Acho que não fiquei 2 horas ali rs comecei a receber um monte de beijo de um tiozinho mais feio que o outro: eu não sei se são perfis falsos, mas sabe aqueles bem tiozinhos que ficam no boteco ali com um copinho de pinga Cavalinho o dia todo? Esses!

Entrei num só pra casual, já que ninguém quer nada com nada... me arrependi em alguns minutos: foi tanto homem casado querendo me conhecer, do Brasil todo que deletei também. Eu  queria algo casual? Queria! Mas não com gente que está fugindo do seu próprio relacionamento.

Depois de um tempo voltei a entrar no Tinder e no Okcupid e já estava calejada, sabia que teria que ficar um tempo maior, dar uma "garimpada" se encontrava alguém interessante. Também entrei num outro que vi a propaganda de uma humorista do Instagram, parecia ser bacana, mas um cara escreveu pra mim: "nem morto!". Claro que denunciei, sei lá se resolveu, depois dessa saí também.

Quando voltei no Tinder, um cara tentou me dar um golpe como massagista tântrico (olha só) ele morava em outra cidade e eu disse que não dava, ele queria porque queria me encontrar e me ligou (eu de novo na besteira de dar o whatsapp... dessa vez pus um outro chip rs) e me fez ligação por vídeo. O cara não era o mesmo da foto, era um tiozão totalmente diferente do cara da foto! E só ficava: quando a gente vai ser ver, hein? hein? hein? desliguei a ligação e bloqueei. Ele ainda perguntou no Tinder: por que você desligou? eu disse que era por ele não ser o mesmo da foto e ele ainda disse: claro que sou eu! Bloqueei e denunciei ao Tinder, assim como o cara que deu match comigo e disse: além de gorda, comunista é porca? Aí foi demais... aí desisti de vez do Tinder.

Continuei no Okcupid, mas sabe, a mesma coisa, dão match e não conversam, nada... Aí apareceu um professor de inglês que veio falar comigo e ficou num papo assim: ah, mas você não é gorda, é só chubby (fofinha). Bem, ele não queria aceitar sair com gorda, então, block nele e tchau okcupid.

Daí, meses depois, achei no Facebook o Facebook Namoro. Nunca tinha ouvido falar, estava procurando onde mexer no meu avatar e achei esse. Pensei, que mal tem?

Ele tem uma vantagem sobre os outros: você não precisa pagar pra ver quem te curtiu. Nessas, um dos que me curtiu veio deixar mensagem nas minhas fotos (o que você também não consegue ver sem pagar nos outros) e, vendo o perfil dele, pensei: por que não? Apesar de ele não ter faculdade e morar em outra cidade, não muito longe daqui - coisas que não queria -, mas de novo: que mal tem?

Todo o mal do mundo! O perfil dele se indignava pelas pessoas não conversarem, dar match e nada e falou que era um cara aberto a um relacionamento em que a conversa para se entender seria o principal. Tudo que você espera, né? Alguém que se possa conversar e se entender. Começamos a conversar, foi o dia todo conversando e passamos pro whatsapp. Conversas longas, eu contava da minha vida, ele da dele. Ele parecia me compreender e eu o compreendia. As conversas iam super bem, parecia que nos dávamos mesmo bem, só faltava nos encontrar. 

Passamos para as chamadas de vídeo, ele não era o cara mais gato do mundo, a foto dele de perfil era bem mais interessante e eu até superei que ele não sabia diferenciar o "mas" do "mais", as concessões que fazemos para tentarmos dar certo realmente com alguém...

E assim foi até conseguirmos nos encontrar, vídeos chamadas todos os dias, ele sempre me dando bom dia porque acordava bem antes de mim, sempre querendo saber do meu dia, falávamos por mais de 2 horas, sempre. 

Só um pouco antes disso que ele sumiu um dia e depois me disse que estava ajudando a família da falecida esposa dele (sim, viúvo) e que no local não tinha sinal e nesse comércio nem as maquininhas funcionaram por falta de sinal, dia cheio no local e tal. Eu tinha ficado chateada, achando que era mais um pra me dar ghosting e fiquei bem ansiosa. No outro dia falei com ele, me segurei e ele explicou do jeitinho aí de cima, como ele conseguiu explicar tudo que eu poderia contestar, fiquei de boa. E vida que segue.

Só que eu não sabia da influência dessa família. Ele tinha um filho, mas a família era do filho, avó, primos, tios e tals. E se ele queria uma nova relação teria que cortar esse "cordão umbilical" e ele não quis. 

Nos encontramos num sábado, na sexta à noite ele foi a um restaurante com a tal família comemorar aniversário de um primo do filho. Ok. Depois reclamou quando nos encontramos que não deixaram ele sair mais cedo e ficou até as 11 da noite lá. Ele poderia ter falado que não poderia ficar, poderia ter levado o filho e alguém levaria o menino pra casa ou ele poderia dormir na casa da avó, não é? Já que ele se encontraria comigo no outro dia, mas não, ficou. A família rica pagou tudo, ele só comeu - difícil perder uma boiada dessas, né?

Pois é, nos encontramos e dei um beijo no rosto dele, mas não satisfeita dei um selinho. E ele: vai ficar a marca de batom. Oi???? Você veio a um encontro ou a um convento?

Levei presente pra ele e pro filho, já me achava íntima do garoto que me deu um dia antes oi pela chamada de vídeo. Ele ficou reclamando que não era preciso que ele não tinha comprado nada pra mim e não deixava eu me explicar que eu sou assim: eu gosto de dar presentes e não espero nada além da alegria de quem recebe. Eram presentes que trouxe de um local que fui passear, uma camiseta do local pro filho e um chaveiro pra ele que disse: legal. E deixou de lado. Decepcionante.

Estávamos numa boa, pelo menos eu achava, e o telefone dele toca insistentemente. Ele se desespera, para tudo e vai atender o telefone achando que poderia ser o filho - de 11 anos que engoliu uma bolinha de gude ou botou fogo na casa -, mas era uma EX cunhada que ligava, não satisfeito mandou mensagem de voz pra ela, dizendo que não estava na cidade deles e que foi fazer um serviço fora (eu era o serviço) e não dava pra conversar naquele momento. Ele ficou esperando uma resposta. E eu ali olhando incrédula no que estava acontecendo para ouvir a resposta da mulher: para ele levar o sobrinho pra almoçar no domingo com ela e a mãe e não sei quem mais, porque sabia que o garoto gostava de estrogonofe e ele ia querer ir. Essa era a emergência.

Ele não me abraçou, não conversava olhando pra mim. Isso foi me chateando, se a pessoa é tão a fim de você por que ela não olha e nem abraça, não mostra um gesto de carinho depois de me imaginar morando com ele, na cidade dele, trabalhando lá (até link de concurso nessa cidade ele me mandou e tinha cargo pra mim, pagava pouco, mas se ele queria ter uma vida em comum comigo...)? Por que fazer tantos planos comigo? Era timidez? Perguntei para ele se estava tímido e ele só respondeu que fazia tempo que não se encontrava com ninguém (mentira, fazia 6 anos que ele tinha perdido a esposa e já tinha uns anos nos apps) e nem a receber elogios, que desacostumou.

E para fechar com chave de ouro, a mãe dele manda mensagem em que dizia se ele ia demorar!!!!!!!!!!!

CARA, VOCÊ NÃO TEM 5 ANOS! TEM 50!

E ele: Carrie, preciso ir, tá na hora...

Como você ficaria depois disso? Eu fiquei não só decepcionada como deprimida.

Me mandou mensagem que tinha chegado na cidade dele, eu fiquei no shopping tentando entender, não fui embora por um tempo, tentando me encontrar. Me sentia como uma amante, sempre ficaria de lado.

No domingo, sabia onde ele ia, mas não recebi bom-dia. Comecei a perceber que realmente a coisa tinha desandado. Ele me mandou uma mensagem de áudio às 12:20 (marque esse horário), dizendo que tinha acabado de acordar porque estava muito cansado, estava "destruído" desde sexta com o tal aniversário e agora não teria jeito: teria que ir no almoço com o filho e, mais tarde, quando voltasse, me chamaria. Respondi que ok e ia almoçar fora também (era verdade).

Ele não chamou. Ele não deu bom-dia na segunda. 

Por volta da hora do almoço eu já sabia que tinha recebido um ghosting, mas precisava desabafar, claro. Eu não desabafar não seria eu. Era também um horário que ele sempre me ligava, a hora que buscava o filho na escola.

Mandei um áudio (treinei para não chorar) em que disse que tudo bem, eu entendia, mas que por ele sempre ser a favor do diálogo, ele me diria se no nosso encontro ele não se interessou por mim ou se ele só quis manter na casualidade. E que muita coisa do sábado tinha acabado de ficar muito clara pra mim: eu estava em segundo plano e que ele ficou bravo com os presentes porque não queria se apegar e que ele deveria ter dado a mesma desculpa que deu a EX cunhada para o filho e a mãe: estava trabalhando fora da cidade dele. Por isso não poderia chegar com presente, por isso fugiu quando a mãe perguntou se ele ia demorar. Falei que ele dizia que tudo poderia ser conversado, inclusive isso, não precisaria me deixar chateada e expliquei a questão de dar presentes e que me senti em segundo plano. Disse pra ele não se preocupar que eu não iria atrás dele, que não teria problema e que cada um sabe o que é melhor pra si, se essa era a escolha dele, que ele fosse feliz com essa escolha. 

Ele me mandou logo em seguida um áudio em que dizia que eu entendi tudo errado, que não era assim, que era pra eu me acalmar (juro que fiz um áudio sem tom de nervosíssimo, só com muita tristeza). Que eu sabia que a vida dele era corrida e que ele estava muito cansado do final de semana. Que de jeito nenhum ia parar de falar comigo, que se foi casual a gente ia resolver (ãhan), que queria continuar falando comigo e que não queria me deixar chateada, mas que no domingo, no almoço, na casa da avó não tinha sinal e não conseguia mandar mensagem pra mim, não tem wi-fi lá e foi ficando tarde, ele querendo ir embora, mas eles falando pra ele ficar mais e depois falaram de ir à missa e ele foi. Que chegou mais de 9 da noite em casa cansadíssimo e dormiu. Já tinha acordado no domingo 5 horas (lembram da hora lá em cima?) porque esqueceu de desligar o despertador e que por isso não falou comigo no domingo e na segunda acordou atrasado, às 6, e saiu correndo pra levar o filho pra escola e que naquele momento ele estava procurando um lugar com sinal (a cidade sem sinal) perto da escola do filho pra me mandar um oi. Que eu era injusta e que sim, ele queria me ver de novo.

Fiquei extremamente confusa. Mandei mensagem quase chorando porque já não sabia mais o que era certo e à noite ele me ligou (não fez chamada de vídeo) para dizer que eu precisava me acalmar, que as coisas não eram assim e que tudo ia ficar bem, pra eu rezar (?) porque tem muita gente em situações piores que a minha (oi? talvez ele quisesse dizer ele, que perdeu a esposa... então por que procura mulher pra "compromisso sério"?). Eu estava confusa e nem prestava atenção nessa churumela toda, só chorava porque... poxa vida! nunca nada vai dar certo na minha vida? Ele me fez achar que nossa história era pra valer, que ia dar certo... 98% de certeza e foram os 2%... eu já não pensava em nada, só chorava.

No outro dia de manhã, terça, ele me deu bom-dia e perguntou como eu estava, eu disse que bem e perguntei como ele estava. Não me respondeu até hoje. Era ghosting mesmo, ele só não quis admitir. 

Na terça eu estava pensando e sabia que eu não fiz nada de errado e sim ele. Que além de me trocar pela família da falecida, me deixar esperando uma resposta e me responder tentando virar o jogo, ele não ia mais falar mesmo comigo. O que não é ruim, no final das contas, é uma libertação de mais um fraco, submisso à família da falecida (a falecida passa na frente), ele não tinha nada resolvido sobre isso, ele nunca poderia me assumir, como dizia que queria. Ele continuará dizendo sim pra uma família que não é parte da família dele e nem poderá, assim, conseguir construir outra família (como dizia querer), porque há um choque de interesses aí. Só ele não vê ou não quer ver. É sempre cômodo e os homens sempre escolhem a comodidade.

Eu em aplicativos de namoro de novo? 

Não posso dizer que nunca mais, mas vai demorar pra eu tentar qualquer coisa de novo, os meios de te dar um "golpe" estão muito sofisticados. Quase te pedem em casamento. Ele queria que no ano que vem eu fosse morar com ele, pensaaaaa!!!!

quinta-feira, janeiro 26, 2023

Perdi a esperança

 Depois de tanto tempo escrevendo sobre relacionamentos, idas e vindas, amor e desamor, infelicidade no amor. Tenho que admitir que eu sobrei.

Sim, eu sobrei.

Não encontrei ninguém nesses anos todos que esteja na mesma vibração que eu. Que queira realmente ter um relacionamento comigo, que queira compartilhar gostos, sentimentos, alegrias, tristezas e seguir em frente.

Não consegui até hoje ser feliz no amor e os anos passaram sem misericórdia.

Amei demais alguns e o que recebi de volta foi: você merece coisa melhor.

E... onde está esse coisa melhor que eu nunca achei? 

Ele morreu já?

Pulou essa encarnação - porque é uma coisa melhor - e só o encontrarei na próxima?

Qual o meu problema? Por que eu não posso viver um amor? Por que ninguém quer viver um amor comigo? Por que eu vou ter que continuar sempre sozinha? Sempre só?

Lembrei de uma vez, na festa de uma amiga em que ela e as outras amigas estavam todas acompanhadas. Claro que percebi, sempre percebo muito bem essas coisas. E aí uma dessas meninas vira pra mim e diz: todo mundo acompanhado e você sempre sozinha...

Sabe como isso me doeu?

Doeu porque parece que eu sou um ET, uma pessoa que não conhece que se relacionar, alguém que todo mundo quer distância, que parece ter uma doença contagiosa. 

Sabe aqueles filmes antigos da Bíblia que todo mundo foge dos leprosos? Pois é, eu sou a leprosa, mas nem os outros leprosos ficam do meu lado.

Então, cansei. Cheguei no meu limite.

Estou muito triste com isso, mas eu não sei o que errei, o que fiz de mal, o que fiz pra merecer sempre vista como "coitada, tá sozinha". E o pior é que SEMPRE estou sozinha.

Não é só o que os outros dizem, é o que eu sinto também. Por que eu não sou capaz de ter alguém ao meu lado para curtir a vida a dois? É proibido?

Eu já não sinto mais nada quando vou sozinha ao cinema, me acostumei, mas às vezes me sinto chateada de ver os casais vendo o filme e se divertindo com a companhia um do outro. 

Fico chateada de ver os casais andando de mãos dadas por aí.

Eu invejo todo mundo, mesmo que o relacionamento não seja as mil maravilhas pra eles. Porque pelo menos eles têm um relacionamento e eu NUNCA tenho nada, ou quase nada, umas migalhas de algo que não chega a ser namoro.

E depois de tudo isso, o que me resta? 

Não tenho satisfação em nenhuma parte da minha vida, não me restou nada. Só a tristeza, a solidão, e a completa falta de esperança.

Me entreguei à comida e engordei horrores, não tenho vontade de fazer nada pra mudar isso. Pra quê?

Pra ter boa saúde, alguém diria. E ter boa saúde pra quê se nada nessa vida vale a pena?

Desânimo, depressão, desilusão.

Cansei dos devaneios de algum dia vai dar certo, mesmo que seja por algum tempo (não precisa ser eterno), perdi as esperanças. Agora é só viver, sentar "num apartamento com a boca escancarada esperando a morte chegar...". E fim.

segunda-feira, setembro 12, 2022

O dia que pesquisei sites de GP

 Tenho falado muito aqui sobre solidão e da dificuldade de me relacionar. Como vejo que o amor não vinga, pensei em pelo menos matar meus desejos mundanos e encontrar alguém só pra isso.

Muitos me disseram que os apps de relacionamentos estão cheios de caras assim, mas achei que meu caso só poderia ser resolvido através de um profissional da causa: garoto de programa, ou GP, como se intitulam nos sites.

Resolvi fazer uma busca e o preço é caro (você está vendendo seu corpo não seria caro mesmo?), mas as figuras que me deparei me disseram que era melhor eu pensar nos app de "namoro" mesmo...

Não que só havia caras feios, mas o mau gosto é o que mais tem nos perfis: mais foto de pênis do que do resto do cara, mais descrição de tamanho e conteúdo de seus pênis (sim, o conteúdo deles rs se era bem cheio rs). Alguns nem foto de rosto têm, só o pênis mesmo. Acho que nunca vi tanto pênis na vida, pra todos os gostos, mas principalmente para chamar a atenção. Talvez porque muitos dos usuários deste tipo de servidores gostem dessa característica.

Não era o que procurava, procurava alguém para relaxar um pouco, mas que fosse mais sutil. 

Achei um cara sutil, sim, mas ele parecia ser a elite da GP: tinha blog, escrevia bem sobre dúvidas das "leitoras", sem foto do pênis, mas  também sem foto do rosto. Nesse caso, achei que pelo gosto musical postado no blog, o modo como ele escrevia bem e sem ser baixaria, só poderia ser alguém que tem outro trabalho e não quer ser reconhecido neste outro "emprego". Fiquei tentada por tudo isso, parecia o mais discreto e tranquilo entre todos, mas ele não tem um lugar para atender e isso eu não curti, apesar do preço ser alto (tem uns fuleiros que cobram bem mais).

A maioria é bem baixaria mesmo, a grande maioria, só de se ler os perfis você vê que é "é isso aqui, pega aí e pronto!". Vendem muito mal a mercadoria, pelo menos pra mim. Imagino que o público consumidor deles, na maioria, se satisfaça assim e manda ver.

Alguns se dizem massoterapeutas, muitos tântricos e acho que muitos nem sabem do que estão falando, mas devem perceber que isso chama atenção, talvez.

São vários os sites de você pesquisar, mas alguns caras se repetem. Parece que se inscreveram em todos os lugares. Bem, se é o ganha-pão deles, tem que fazer propaganda.

As poses muitas vezes são bem estranhas, principalmente os que tentam enquadrar pênis e rosto ou se mostrar elástico, atlético ou eróticos.

Vi muito "menino". Muitos no estilo funkeiro: aquele cabelo platinado e os óculos coloridos e todo aquele estilo ostentação. Deu a impressão que acham mais fácil viver fazendo programa já que são bem jovens e estão com os hormônios à flor da pele, sem muito estresse pra "agradar" do que trabalhar de outra forma, foi minha impressão porque a gente sabe que se um sabe que o outro ganhou dinheiro "fácil" o amigo também vai querer. Coisa de adolescente destes tempos...

Vi até com camiseta de time.

Vi tipos bem estranhos, mas devem ter seu público: raquíticos, feios e desarrumados. Achei estranho tentarem esse trabalho que é marcado por "beleza e malhação", mas como disse, devem ter o seu público. Tudo tem público.

Depois de muito pesquisar e não achar nada que pudesse matar minha vontade, resolvi baixar um app de relacionamento. E isso fica pra próxima.

Enquanto isso, tem filme em cartaz sobre o tema (balzaquiana querendo diversão com GP). E eu pensava que era coisa só minha...





segunda-feira, agosto 08, 2022

Da rejeição

Quando você se torna cada vez mais musa de balzac e menos de qualquer outro mortal, você pode entrar em pânico e isso ser transformado em sofrimento.

Meu sofrimento vem de todas as rejeições que sofri a vida toda.

De um pai que dizia que eu nunca serviria pra nada e meu irmão sim, seria engenheiro (e não foi porque não quis). 

A uma mãe que me interrompia porque queria ouvir e ver a novela.

As coisad não foram diferentes na minha vida tanto amorosa como profissional. 

Na profissional sempre tentando dar um jeito de mudar as coisas e tentar novos caminhos e sempre que não dava eu ia pro: você nunca vai servir pra nada.

E cada vez que a nova tentativa se mostrava frustrada, o sofrimento por não ser nada e nunca conseguir ser algo, algo que pelo menos me desse alegria.

A vida amorosa foi uma rejeição seguida da outra: o cara que tinha namorada e nunca a largaria por mim; o rei das mulheres que poderia escolher qualquer uma e se achou no direito de me humilhar na frente da vencedora; o que me enganou, pois já tinha uma noiva; o que sumiu por 20 dias porque não conseguia dizer que estava com outra; os que preferiam estar com os amigos do que estar comigo; o que parecia super interessado, mas depois ficou babando na minha cara pela nova a ser conquistada...

As histórias são muitas e sempre com o mesmo fim: eu sendo rejeitada,  nunca a escolhida.

No caso do cara que sumiu 20 dias e sabia de todas as histórias anteriores a ele foi pior: ele foi meu gatilho para a depressão.  Para emagrecer 6 quilos, não conseguir, só dormir e chorar.

Daí em diante ainda tentei ser feliz no amor, mas de novo a rejeição. Sempre ela.

E passou-se 12 anos sem absolutamente ninguém em quem confiar.

Tentei me recriar no amor?

Tentei, mas logo percebi que eram só caras mais carentes que eu e mais problemáticos.  Como vou cuidar de problemáticos se não aguento a mim mesma? Como vou dar conta de mim e do outro? Não vou, não aguento.

Um dos problemáticos era até enrustido: ou seja, se enganava pra si e não ia me rejeitar de alguma forma? Cai fora rápido. Não sofri por ele, sofri pela lembrança que ele me trouxe dos outros sofrimentos, porque percebi que logo de cara ele ia me fazer sofrer por ser egoísta. 

Algo eu aprendi com a rejeição: a exergar rápido quem só quer alguém que o ame, que venere que cuide... dele! Nunca do outro! Nunca uma mão de via dupla.

E, infelizmente, essa é a grande maioria das pessoas: só querem pra si e esquecem que o outro também tem sua carências e quer ser amado também,  quer ser feliz também,  quer estar por um minuto se sentindo bem nesse mundo horrível e ter algo que seja sru apoio e que um possa se apoiar no outro para seguirem essa vida dura.

Estou sem apoio desde sempre. Só tenho um apoio: os antidepressivos e ansiolíticos e não está dando certo.




sexta-feira, julho 15, 2022

A senhora Robinson e o não graduado

Sabe quando você começa a pensar em coisas que aconteceram há muito tempo e se pega a detalhes que não faziam nenhuma diferença para você?

Pois é!

Comecei com uma teoria de que "participei" da 'primeira noite de um homem' sem saber.

Nos conhecíamos há algum tempo, tentamos namorar, mas não deu certo. Eu andava bem afim dele e eu achava que ele queria esperar um pouco para as coisas rolarem entre nós nessa tentativa de namoro, mas eu não me importava muito com isso.

Brigamos, ficamos separados. Até que um dia ele veio atrás de mim. Depois de desencontros, finalmente rolou.

Estava loucamente apaixonada e ele também. Só que nessa paixão toda eu nem me tocava de que havia um certo descompasso. Eu achava que estava muito nervosa porque o amava demais e não ia ficar com ele, como eu tanto sonhava (por outras questões da minha vida). Talvez ele tenha pensado o mesmo: não vamos ficar juntos, mas tem que ser ela (quem sabe?).

Ele deveria também estar nervoso, mas não queria mostrar isso. Queria se manter firme e até se fazer de entendedor de tudo. Só que hoje, relembrando, o entendimento dele era teórico porque ele falava sobre porcentagens e estatísticas (sim!) e quem é que vai falar se algo vai dar certo através de números? Acho que nem um matemático (não era o caso dele). 

Percebi uma certa falta de entrosamento dele, mas achava que era comigo dada a situação de não ficar com ele além daquele Carnaval. Só que algumas coisas não se encaixavam, algumas coisas não batiam. 

(não serei explícita, desculpem, se quiserem isso procurem outro blog)

Em certo momento ele ficou nervoso e eu tentava quebrar o gelo brincando e ele não gostou. Como se eu tivesse estragado tudo. 

Pode ser que eu tenha mesmo estragado porque eu não sabia da situação dele (se era esse mesmo o caso). Se soubesse, teria sido diferente. Claro que no começo ficaria meio assustada, mas depois ia dar o melhor de mim para fazê-lo bem feliz.

Se é que pensando ser nossa primeira e última vez eu conseguiria fazê-lo feliz, já que eu estava triste por dentro, sofrendo já por antecipação pela despedida.

Tudo que eu queria era ficar com ele e ele comigo, mas ele cedeu. Se ele não cedesse, eu teria cedido. 

Se estaríamos juntos até hoje? 

Não sei. 

Nunca se sabe, mas o medo dele é que ele estragasse meus sonhos e um dia eu o culpasse, quando meu sonho mesmo era ele e a decisão de desistir de um sonho "menor" seria única e exclusivamente minha.

Porque o amor é o maior dos sonhos de se realizar.

Outra teoria minha é de que ele queria me engravidar pra que eu ficasse, não que talvez fosse uma coisa consciente dele, mas pensei nisso também por algumas coisas que rolaram depois: numa conversa boba ele chegou a pensar que eu estava grávida. Como eu falei antes, também não me apeguei a esse detalhe, mas depois fiquei pensando se ele não queria muito isso para mudar as coisas. Se ele até torcesse por algo assim.

Não fui uma Mrs. Robinson: a mulher fatal, dissimulada para conseguir o que quer e ele não foi um Benjamin: displicente e bobo que não sabia o que era amor.

Éramos o contrário.


terça-feira, junho 07, 2022

Solidão, stalker e depressão

Ando bem deprimida e eu sei qual foi o "gatilho" da vez...
A solidão te faz pensar em como teria sido SE... e daí eu fui ali nas redes sociais xeretar a vida dos outros. Mais precisamente de caras por quem me interessei.

Conselho: NUNCA façam isso. 

Fui lá e vi a vida deles com esposa e filhos e isso me deixou muito mal, porque passamos a vida toda sendo "programadas" para exatamente isso: ser esposa e ter filhos e quando vi aquelas fotos felizes (ou não, só na rede social) me deprimi de vez.
Aquela cara de mãe provedora, de uma das esposas, com os filhos e o marido em primeiro plano e ela, em segundo plano, mas de rosto altivo, como se dissesse: "é tudo meu" me matou por dentro e eu fui me diminuindo...

Por mais que pensasse: não ia dar certo com eles, porque: 

O 1o.: você era apaixonada e ele só se fazia de amiguinho porque era conveniente e sabia que você estava interessada nele, senão nunca teria feito ciúmes para você, mas não largaria a namorada;

O 2o.: teve duas filhas pra aprender a não tratar mal as mulheres como fez com você e com as outras que ele magoou enquanto se achava o rei das mulheres;

O 3o.: parecia afim de você, mas só tinha um interesse: sexo, mas você se lembra bem de como ele babava pela outra menina com quem ele teve 2 filhos e depois a largou pra continuar numa vida de solteiro livre e desimpedido;

O 4o.: ficou com você sem que você soubesse que ele namorava uma menina há uns 6 anos, pelo menos, ele disse que tinha terminado para você ficar com ele...

Nenhum deles valia a pena, nenhum deles deu valor a você, então, se as esposas se sentem tão poderosas, é porque algo elas aceitaram, algo elas tiveram que engolir. 
O orgulho delas pode não ser real, pode ter sido construído aceitando traições e mentiras, pode ser que não, pode ser que nada disso tenha acontecido, que com elas, eles as trataram como deveriam, mas será que elas sabem de tudo isso sobre eles? As filhas deles vão saber?

As redes sociais fazem esse péssimo papel de todos terem famílias felizes e você que não tem e não terá se sentir mal. 
Como se  sentir bem? Não sei.

sexta-feira, abril 02, 2021

Amizade unilateral

 Você já passou por isso: a amizade não é pra você! É pra pessoa, somente!

Quando ela precisa de você, ela aparece e toma seu tempo e suas energias.

Já tive várias "amigas" assim e demorei a cortar estas amizades.

Uma era assim, ela falava dela por horas e eu ouvia. Daí, quando eu ia dar um exemplo do tipo "no meu caso acontece assim", ela deixava eu falar, mas quando eu terminava ela simplesmente dizia: "então, como ia dizendo...". 

Era como se eu fosse invisível! E era! Porque eu não me valorizava, eu queria muito aquela amizade porque só tinha aquela e como a pessoa confiava em mim, eu esperava que ela pudesse me ajudar com minhas confidências, principalmente amorosas.

Até que essa amizade chegou ao fundo do poço e eu tive que dar um basta: a pessoa foi fazer intercâmbio e mandou e-mail para todos os amigos dizendo "estou em intercâmbio por tais meses, por favor, não me mandem nada porque não vou abrir e-mails e estou ocupada com os estudos". 

Quando ela voltou, mandou um e-mail marcando uma festa na casa dela, pra comemorar a volta e mostrar as fotos que tirou lá. Mesmo ela sabendo que eu morava do outro lado da cidade tentou me segurar na casa dela até quase 11 da noite, sem ainda ter partido o bolo de comemoração: eu não poderia ficar mais! Como eu iria pegar o trem que parava meia-noite? Não dava! Da casa dela, era preciso pegar um ônibus que ia levar meia hora até a estação de metrô e do metrô, mais meia hora para eu pegar o trem, mas ela ficou emburrada quando fui embora.

Ela estava fazendo mestrado e quando estava escrevendo a dissertação mandou o mesmo tipo de e-mail, falando a todos que não poderia encontrar ninguém que ela contataria todo mundo de novo. Aí ela chegou a me dizer que muitas pessoas não responderam ao e-mail, nem a encontraram mais, que ela não entendia o porquê.

Chegou a vez de eu fazer uma pós, eu enlouquecida revisão meu TCC e ela querendo que eu conversasse com ela sobre um cara que ela gostava de outra cidade e que as amigas falaram que ele tinha voltado pra cidade delas e estava desesperada para ver e falar com o cara. 

Eu fiquei tão cansada, que acabei brigando, depois, com ela. Não dava mais, ela me sugava as forças!

Uma amiga em comum também acabou fazendo o mesmo comigo: nós íamos quase todo domingo no cinema, falávamos por horas no telefone (coisa que não sou de fazer, na verdade, odeio), mas a gente tinha papo por muitas horas, mas ela também não estava muito interessada em saber sobre mim. Sempre falava dos caras interessados nela e tal e eu ficava de boa ouvindo porque eu sempre me achava a looser. 

Continuei de looser, ela nunca me convidou pra ir na defesa de mestrado dela, muito menos me avisou que já tinha terminado o doutorado. Até eu ligar várias vezes pra casa dela e não encontrar ninguém e aí resolvi deixar um recado na secretária da casa dela. 

Um tempo depois, ela me mandou e-mail dizendo que tinha terminado o doutorado e passado num concurso em outro estado e que o pai dela tinha ouvido a mensagem e pedido pra ela entrar em contato comigo (sim! o pai dela falou pra ela me ligar). 

Fiquei sem ação: como assim você está há quilômetros de distância e não me avisa disso? 

"ah, foi tudo de última hora!" 

Sim, um doutorado, um concurso pra professor numa universidade federal, foram todos  às pressas...

Fiquei chateada, ainda mais quando ela veio pra São Paulo e me disse que poderíamos sair pra conversar e tal. Claro que aceitei, mas aí ela me ligou de volta dizendo que não podia mais porque estava cuidando do avô. (CUIDANDO DO AVÔ que ela não via há meses como se ela fosse a única pessoa que poderia cuidar dele, como se ele não tivesse esposa, o irmão dela, o pai dela, tios e primos que moravam juntos...).

Então achei melhor não ter mais contato mesmo, mas sem brigar. E ela continua de amiga nas redes sociais. E um dia, quando eu estava num sábado de tarde deprê, ela me chama no antigo messenger e começa a ladainha: que o namorado dela estava no Rio de Janeiro a trabalho e ia encontrar amigos lá. Ela estava louca de ciúmes dizendo que os amigos o levariam pra conhecer outras mulheres que estava com muito ódio e que se ele pensava que ia ficar por isso ele ia ver... e coisas do tipo. Eu tentando falar pra ela: mas há quanto  tempo você o conhece? Você acha que ele não gosta de você? Não dá pra confiar? Eu NUNCA tinha ouvido falar no cara e ela pintava o diabo e ela a coitada.

Minha sorte é que neste dia eu ia sair com uma outra amiga e pude me desvencilhar desta outra. Estava ainda deprê por ter terminado um namoro, já fazia tempo, mas eu ainda estava interessada no cara e ele, pelo tempo passado, já estava com outra, o que me deixou mais deprê. Quem ia ouvir minhas lamentações? Ela que não. E sai aliviada.

Há coisa de 2 semanas foi meu aniversário e ela me mandou parabéns e quando, por educação, perguntei se estava tudo bem... adivinha... pois é! Começou a desfiar o rosário das lamentações!

O filho estava bem, mas ela estava se separando do marido (o namorado que foi pro Rio, eles se casaram meses depois, só soube porque ela postou uma "linda" foto dela vestida de noiva, escorada no balcão do cartório, no Facebook, depois ela apagou, eu não a culpo rs era ridícula: uma noiva com os ombros e os dois braços escorados no balcão do cartório e, numa mão o buquê...) e que ele ia voltar pro país dele (um dos "chiques" da Europa) e que isso era difícil.

Cortei o papo e disse um tchau. Deixei no vácuo, acho que depois de muitos anos aprendi a cortar quem não faz bem pra mim, quem realmente não quer uma amizade pra se compartilhar as experiências, mas quer amigos só pra ter com quem contar suas desgraças, as alegrias, nunca.

Talvez eu só tenha aprendido essa lição porque era dia do MEU aniversário e eu não queria MESMO ouvir nada de ruim da vida dos outros, era MEU dia e se ela não conseguia perceber isso, foda-se!

Dois aniversário em meio à pandemia, como muitas pessoas, sem estar perto dos que realmente importam e poder comemorar devidamente e eu ia ter que ouvir falar de separação de marido que vai voltar pra civilização???

Ah, não, gente! Chega né?

Tinha passado da hora.

sábado, junho 13, 2020

Sobre ontem, Dia dos Namorados

Se eu comemorasse o dia dos namorados seria o Valentine's Day, em 14 de fevereiro, porque era o dia de um santo que ajudou casais a ficarem juntos.
Hoje é um dia inventado pelo pai do Bolsodória... e o dia de amanhã seria muito mais propício por ser dia de Santo António, o casamenteiro.
Outra coisa, se eu entrasse em um app de relacionamento minha descrição seria: não torço para a seleção masculina brasileira de futebol desde que me entendo por gente sensata (1990), favor não insistir! Só aceito quem torça contra comigo até que o Brasil vire a Suiça, ou seja, até o final dos nossos dias rsrs
Se for esquerdomacho pode cair fora, meu querido, não estou aqui este tempo todo para falar de luta de classes e você me tratar como sua serviçal. Faça sua comida, lave a louça, passe sua roupa e, o mais importante: LAVE A SUA CUECA!! eu nem vou chegar perto!
Mais: (tô inspirada rs) se você não gosta de rock inglês, não gosta de Seinfeld, acha que Friends é o melhor seriado do mundo, não sabe o que é pegar trem da CPTM às 7 da manhã e às 6 da tarde e desmerecer: The Killers, Interpol, Snow Patrol, Blur, Oasis, Keane ou qualquer uma das minhas bandas fofurinhas nem precisa se dignar (isso tá certo? rs) a terminar de ler isso aqui!
E vai ter que ler muito pra poder conseguir ter uma conversa de gente comigo, viu?
Vai com Deus!
isso que é declaração de amor! (a mim!)

terça-feira, agosto 13, 2019

Amor - 2008 - "... in the end the love you take is equal to the love you make"

Achei esse texto num DVD que gravei várias coisas, não lembrava que tinha guardado este texto.
Encontrei agora e fiquei comovida, não me lembrava de toda essa intensidade do amor, faz tanto tempo que não sinto isso e bate uma tristeza por não ter dado certo...
Eu estava beeeem inspirada!
Abaixo:

"... in the end the love you take is equal to the love you make"



Às vezes as coisas acontecem assim, de repente... como um susto que você leva, acontece (REALMENTE) quando você não espera.

Num dia de janeiro estava eu reencontrando um grande amigo, uma pessoa que admiro há muito tempo e da qual essa admiração passou a ser algo maior, há muito tempo. Algo maior e mútuo, mas nem eu nem ele estávamos preparados para isso na época. Daí a forte amizade continuou, talvez menos próxima depois desse incidente de alguns anos atrás, mas o que um sentia pelo outro ficou guardado.
Num sábado finalmente nos vimos, olhos nos olhos novamente e assim que o vi de longe, senti algo muito bom, já estava ansiosa para revê-lo depois de mais de dois anos depois da última vez que estivemos lado a lado, face a face, sorrindo e conversando - tentando não pensar no que sentíamos de mais forte um pelo outro - não era possível pra nós, ainda.
Quando o vi, uma alegria tomou conta de mim, parecia que todos os meses que havia passado tão triste, não existiam mais. E o mais engraçado é que eu nem esperava revê-lo, mas quando marcamos de nos encontrar, apenas pra bater papo com outro amigo em comum, a ansiedade (do bem rs) foi tomando conta de mim, era uma saudade, uma vontade de vê-lo, de estar perto, que me deixava feliz, calma, tranquila. Ele estava tão lindo como sempre, com uma camiseta verde combinando com seus olhos da mesma cor. Com certeza um sorriso apareceu no meu rosto, um sorriso que eu não tinha há muito tempo.
Bater papo ali com ele e outro amigo, não me importava - na verdade, mal lembro de tudo que se falava: política? música? - o importante era estar ali ao lado dele, sentí-lo ali do meu lado.
Seus torpedos me deixavam um pouco apreensiva, me chamava de "querida", não vou mentir, fiquei com medo... eu tinha sofrido muito fazia pouco mais de um ano que vivia "traumatizada".
"Querida" poderia ser só um jeito carinhoso, mas me dava um frio na barriga... uma mistura de sentir um carinho pelo jeito como ele escrevia e também medo, medo de que aquilo fosse apenas uma palavrinha no meio de outras... - mesmo sabendo que ele sempre me quis bem e claro que eu poderia ser "querida" de alguma forma por ele -, mas quando se está na "fase gata escaldada", tudo é temeroso...
Conversamos no dia seguinte, ele chegou todo afobado, talvez medo de se atrasar, não sei... o calor também era escaldante.
Dessa vez tivemos uma conversa sozinhos, acho que foi a primeira vez que falei muito mais da minha vida, da minha família do que tinha feito em todos esses anos que nós nos conhecíamos... talvez eu já estivesse preparada para falar das coisas que eram pra mim "infaláveis", inconfessáveis... Também ele me contou muitas coisas da sua vida que eu sabia pouco, parece que foi um dia de abrir o coração, de apenas conversar sobre várias coisas boas e ruins que aconteceram. Ter um ao outro pra se apoiar e eu ainda me assustar por ouvir coisas tão lindas, que me deram medo de ouvir, mas são as coisas que a gente sempre quer ouvir de alguém especial e não acredita quando acontece.
A verdade é que quando ele falou essas coisas tão lindas eu realmente me apavorei, acho que ainda estava muito machucada do que me aconteceu anteriormente e que, claro, não poderia ter sido com ele.
Falei algumas besteiras, admito, era o medo, o pavor de ser de novo apenas palavras e meu lema naquele momento era "trust no one".
E se palavras passam, atitudes ficam e é nisso que eu passei a acreditar. E quando há a combinação palavras e atitudes, nooooooooo é bão dimais, sô!
Esse segundo dia foi só de desabafo, como se fosse um momento de realmente nos conhecermos - apesar dos anos - "é você mesmo? era quem eu estava esperando?"
Num outro dia nos encontramos, ele foi meu guia, me apresentou muita coisa que eu não conhecia, percebi claramente que ele estava nervoso (e lógico que eu também). Cada minuto só pensava em beijá-lo. Até que num momento de descanso, de muito andar, muito ver, finalmente nos encontramos. Um momento inesquecível, um momento que nos "desarmamos" e deixamos que o que sentíamos falasse...
Ainda foi um dia que estávamos muito nervosos de estar um com outro, mesmo depois do beijo. Era uma sensação muito viva, alegre. Passamos mais dias juntos, todos os dias seguintes de férias juntos e conhecendo melhor o outro. Sempre uma alegria percorrendo nossos sorrisos, um brilho nos olhos.
Sentir sua mão dada à minha é como me sentir tão segura, tão confiante, como se ali fosse o melhor lugar para ela estar: no entrosamento dos nossos dedos, apertando bem forte a sua mão. Como se eu pudesse enfrentar milhões de coisas, chegar em qualquer lugar de peito aberto para tudo, só de estar apertando sua mão.
Seu abraço é como um aconchego, é como encontrar o abrigo perfeito. Sinto-me como que se tivesse encontrado o meu porto seguro e nunca quero deixar dali... porque é bom demais! É se sentir tão tranquila, tão bem...
Seu beijo é doce, carinhoso, e uma sensação indescritível de amor que acontece quando nos beijamos.

Sei que passei dias muito insegura, até deprimida, medo de perder tudo isso? Ou medo de que fosse sonho?
Aos poucos isso foi passando, conversar com outras pessoas, ouvir outras opiniões de quem passou por coisa parecida ou mesmo eu parar e refletir, fizeram com que eu percebesse que estava errada, que estava entrando numa paranóia, talvez pudesse chamar assim, e finalmente acordar, não de um sonho, mas pra realidade. A realidade é boa, não tem porque eu ter medo, não tem porque eu remoer coisas que não existem, tudo está muito claro e o melhor é aproveitar. Ouvir a voz dele no telefone me faz tão feliz, ele me contar as novidades do dia de trabalho ou de outras coisas da vida e perceber que sou tão importante quando ele diz "nossa, eu queria te contar isso!" Fizeram com que meus medos se dissipassem, até lembrei daquele poema do Neruda:

"Antes de amar-te, amor, nada era meu
Vacilei pelas ruas e as coisas:
Nada contava nem tinha nome:
O mundo era do ar que esperava.
E conheci salões cinzentos,
Túneis habitados pela lua,
Hangares cruéis que se despediam,
Perguntas que insistiam na areia.
Tudo estava vazio, morto e mudo,
Caído, abandonado e decaído,
Tudo era inalienavelmente alheio,
Tudo era dos outros e de ninguém,
Até que tua beleza e tua pobreza
De dádivas encheram o outono."

Sei hoje que sou muito feliz e tenho muita sorte, talvez ter levado sempre adiante como mantra a frase dos Beatles tenha me fortalecido: "... in the end the love you take is equal to the love you make"
Todo o carinho que ele me dá, todo o apoio que me empurra pra frente dizendo "isso! vai em frente! tenta mesmo! isso é ótimo!". E tudo mais que já disse e o que não disse aqui, vão ser sempre especiais, vão ser sempre momentos mágicos, profundos, queridos e bem guardados na minha memória.
Se compartilho hoje tudo isso aqui é porque eu já compartilhei tantas coisas tristes, tá na hora das coisas alegres também aparecerem aqui e dizer que as coisas boas acontecem. Só que não podemos ansiar por elas. Elas só acontecem quando têm que acontecer. Quando a gente menos espera...
Mas não é só por isso que escrevi tudo isso!!!
E sim porque esse homem tão especial faz aniversário hoje!! E acho que deu pra perceber que eu o amo muito, né? rss
Parabéns, !!!, meu amor! Seja sempre muito feliz!

E para fechar esse post, dedico esse poema do Vinicius, porque eu pensei muito na frase "que seja infinito enquanto dure". Porque todo amor deve ser visto assim: infinito e nunca esperar pelo eterno, o eterno a gente vai construindo e pode ser que ele chegue lá!

Soneto de Fidelidade
Vinicius de Moraes

De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.

Vinicius de Moraes, "Antologia Poética", Editora do Autor, Rio de Janeiro, 1960, pág. 96.




domingo, março 17, 2019

Da Vida sem emoção

Anos sozinha, anos com medo e tentando esquecer a vida romântica com outras questões, como a profissional (que está uma droga) ou qualquer outra coisa que me faça esquecer da vida real.

Ultimamente o que me alegra e faz esquecer a vida real são os ídolos, sim aqueles artistas que você ama, acha gato demais e nunca estarão na sua vida de verdade.

Porque é muito mais fácil se imaginar em outro lugar, num daydream, do que na sua vida. 
Isso é coisa de adolescente, admito, mas parece que nunca saí dessa fase.

Queria não estar agora olhando fotos do Instagram de famoso, acompanhando seus passos como stalker quase. Fico lendo sobre a vida dele e pensando o quanto  temos em comum, mas isso não adianta de nada, ficar me achando a certa pra ele... isso é fantasia e eu não saio da fantasia.

Queria ter uma vida de verdade. Eu não consigo dar um passo à frente.

Mas o tempo passa, nada acontece e fico triste quando penso na realidade (estou chorando aqui). Nenhum famoso vai responder à minha mensagem, nem curtir o que escrevi na postagem dele. E nenhum cara normal aparece na minha vida como um "wonderwall" que vai me salvar... 

Porque, eu sei, na verdade, ninguém pode me salvar além de mim mesma, mas como fazer isso acontecer? Eu não sei, não sei sair dos meus 16 anos e ficar esperando o príncipe que vai me salvar da torre com o dragão.

Tudo é muito triste por isso prefiro continuar "esquecendo" a minha vida e viver sem emoção, sem alegria real. Porque quando penso nos meus amigos, todos estão felizes e com alguém e parece que isso nunca acontece comigo. Parece sempre que estou numa estrada andando a pé não sei pra onde e todos passam em alta velocidade de carro por mim e eu fico pra trás...
É assim que me sinto, pra trás, deixada pra trás.

Quando isso vai ter fim? Não sei, talvez nunca... talvez eu seja como uma amiga se autointitulou: forever alone, hopeless. 
Me sinto muito sem esperança nesse momento.
E nem o sapo aparece...





*Ouvindo um dos meus queridinhos... falando que príncipes são pessoas normais no final...


domingo, agosto 26, 2018

De ser stalker na vida parada

Quando você está sozinha há muito tempo, você começa a pensar nos exs. É uma coisa chata porque você vira até uma stalker: vai lá no Facebook do cara xeretar, no Instagram e  no Twitter. E isso não traz nenhum pouco de alegria. Você percebe que eles seguiram a vida e você está empacada.

Como sair dessa vida travada? Ainda não sei, mas o importante é que consegui deixá-los em paz, parei de ser stalker porque percebi que não adianta. Nada voltará a ser bom com eles. Afinal, se já terminou uma vez é porque se tem motivos pra isso. O jeito é seguir em frente, apesar que eu não estou conseguindo me interessar por ninguém (daí a vida stalker).

Não quero ser stalker de ninguém, é muito deprimente, mas espero que agora eu tome um rumo novo na minha vida. Não estou muito aberta a relacionamentos porque sempre pus outras coisas na frente, principalmente estudo. E continuo pensando assim, porque parece minha válvula de escape é o estudo. Só que há um vazio enorme e esse vazio é que faz com que eu volte a pensar nos exs. É um círculo fechado e está sempre se repetindo.

Depois da experiência com o OKCupid, não sou capaz de voltar a alguma site de relacionamentos ou aplicativo. E assim segue a vida com medo do novo.


quarta-feira, dezembro 20, 2017

Mr. Big - Uma nova recaída

E eis que eu não falo dele há anos por aqui, tinha ficado feliz de ter até esquecido o dia do aniversário dele, só lembrei meses depois e isso foi ótimo! Porque, afinal das contas, eu tinha esquecido que ele existia! Mas então ele ressurge...

Totalmente sem querer, diga-se de passagem, não esperava "revê-lo", entre aspas porque não o revi pra valer, só virtualmente.
Fui avisada por um amigo de uma situação chata que aconteceu a Big e não tive jeito de não falar com ele, mesmo que pela internet. A conversa não foi prolongada, não trocamos grandes palavras, mas minha carência (deve ser culpa dela) falou mais alto e eu fiquei com pensamentos românticos por Big. Não houve nenhuma demonstração da parte dele de que poderíamos reatar a amizade e isso virar algo mais, isso foi só na minha cabeça. 

Cabecinha sonhadora, que não sabe o que fazer a não ser sonhar, sonhar, sonhar... 
Cada sonho tão bonito, tão perfeito!
Uma tristeza porque, afinal de contas, ele tem a vida dele assim como eu tenho a minha, só que a dele deve ser muito mais resolvida do que a minha e talvez mais animada também.

Enquanto eu fico aqui com medo dos homens e não sigo em frente, prefiro recaídas com quem já conheço pois é muito mais confortável, talvez essa seja a questão.

Infelizmente não sei o que fazer além de sonhar e saber que não serei correspondida porque se fosse pra ser correspondida já teria sido ou pelo menos a conversa não teria um ponto final e sim, uma vírgula. 

Ou seja, não seria curta e grossa da parte dele, ele esticaria a conversa, daria uma nova chance a nós.

Daí resolvi escrever tudo isso aqui, acho que desabafar faz bem, espero, pelo menos desabafando eu fique melhor e saia deste estado de romântica sonhadora... que não ganha nada com isso, só acaba sofrendo vendo que os sonhos não se tornam realidade...

sexta-feira, setembro 22, 2017

Da diferença de idade

Você fica mais madura e às vezes não percebe que a passagem do tempo pode ser cruel na sociedade na qual vivemos.

Uma mulher madura não é tão bem vista como era por Balzac, muito se tenta colocá-la para baixo, mesmo que alguns  produtos de beleza façam comerciais de TV dizendo o contrário. 

Sempre dizem que você não tem mais chance para ser feliz, que seu tempo passou. Quando isso não é verdade: enquanto se está viva, há um raio de esperança, o brilho do sol todo dia dizendo que não, que não é isso que devemos aceitar como regra.

Uma mulher madura deve se apaixonar por caras da sua idade, só que na maioria das vezes ou estão casados ou preferem ser o adolescentão pra sempre. É isso o que a mulher enfrenta hoje e se ela se apaixona por um cara bem mais novo? A sociedade não aceita, às vezes o próprio "novinho" não aceita a ideia ou só consegue lhe enxergar com a amiga querida.

A amiga querida para todas as horas, principalmente as mais complicadas, aquela que resguarda seu amor e engole a conversação sobre a namorada perfeita, ou quase perfeita. E você fica pensando "ela não é boa o suficiente pra você! Olha eu aqui!"

A verdade é aceitar que ele não está interessado e lhe enxerga de outra forma e assim seguir sem dor; mesmo que doa, não sofra. Pense que só a amizade já é uma grande coisa, apesar de se lembrar de ter tido conversas olhos no olhos e ficar embebecida, ter se perdido nesse olhar.  Se perder nos olhos do outro é mágico, parece até hipnose e você torce para não acabar esse momento.

É hora de curtir uma tristeza, mas também seguir em frente... 
Se apaixonar por outro novinho? Não sei, quem sabe? A vida não pode ser regida pela ideia de que isso é proibido, mas sim que, no amor, vale tudo e a idade, a madureza, não nos impede de nada.




Ao som de Noel Gallagher's High Flying Birds

quarta-feira, março 15, 2017

à beira do precipício chamado 30 anos

Já vivia essa fase e sei perfeitamente como é estar à beira dos 30 anos.
Espero que nem todas as mulheres nessa beirada sintam a mesma coisa que eu e algumas mulheres que conheci sentiram: o medo de ficar sozinha porque se chegou ou se está chegando aos 30.

É uma fase dura para muitas mulheres, principalmente se está sozinha. Ao invés de refletirmos o que fizemos de legal até aí, pensamos o contrário, pensamos no que não fizemos: não casamos, não temos filhos. Parece se tornar necessário nessa idade pensar exatamente isso, pensar que se está perdendo tempo, quando na verdade não é perda de tempo se você aproveitou bem até aí e pretende aproveitar mais ainda! Mas vejo a maioria das mulheres se desesperarem, pensarem que não tem volta, que é agora ou nunca e acabam se interessando pelo primeiro cara que aparecer pensando ser o príncipe perfeito e fazer planos sozinha, ilusões que não vão se concretizar porque o cara, simplesmente, não tem problema se está com 30 ou 40, a vida pra ele sempre está a favor. 

Infelizmente, para os homens qualquer idade é idade, em nossa sociedade machista o homem sempre tem a vez pra tudo, sempre é a vez dele, nunca ele perde a vez e assim por diante. E até aquele cara que você vê que não serve pra nada tem vez, mas você, linda e maravilhosa está só... já senti isso, já pensei: até aquele cara está com alguém e eu não??!! 


Um exemplo que estou vendo acontecer ao meu lado. A garota está com 29, o namorado com mais de 35 não trabalha a mais de 2 anos. Vive às custas do pai que o trata como o bebezão querido. O cara só se mexe para ir aos jogos do time de futebol pelo qual ele é fanático. Ela trabalha, acorda cedo, pega metrô lotado pra ir e pra voltar, faz inglês à noite, já fez faculdade e espera incansavelmente pelo dia que o namorado vá se mexer, vá trabalhar. 
Ele fez um curso técnico, não deu certo na área e não quer saber de qualquer outra coisa, só queria naquela área e acabou. Vive de brisa, o pai aceita e ela, pela "idade chegando" também não faz nada. Melhor um traste na mão do que estar voando sozinha por aí. É a mentalidade de muitas garotas ainda, infelizmente, a de que sozinha não pode ficar. Imagina, dar o fora num preguiçoso doente por futebol! Imagina o que as amigas vão pensar! Imagina como não vão falar que ela não vai conseguir mais ninguém porque está chegando nos 30! Imagina!

É melhor continuar assim e mostrar pra todo mundo que tenho um homem ao meu lado (mesmo que seja um preguiçoso) do que terminar e ir curtir minha vida.

Ela comprou um terreno com ele numa cidade ao redor de Sampa, dinheiro do pai dele e do suor dela. Fico só imaginando o casamento como será depois que o pai dele morrer: ela sustentando casa e filhos e ele vendo programa que fale de futebol na hora do almoço.

Passei por essa fase e sei que não vale à pena se agarrar a alguém que não está na mesma sintonia de vida que a sua, não adianta querer porque querer que dê certo e não fique sozinha, não adianta fingir que está tudo bem para os outros se até sua mãe fala que o cara não quer nada com nada.  Simplesmente não adianta forçar porque se chegou aos 30. 
Viva sua vida intensamente e esqueça a idade, se o cara certo aparecer e você tiver 50, lembre-se que viveu os 50 anos mais legais de sua vida! E não seja preconceituosa e pense: com 50 estou acaba, porque não estará, se quiser não estar acabada, senão, com 30 estará acabada e com 50 morta.

É fácil falar?
Super fácil! 
Mas estou solteira aos quase 42, sinto falta de ter alguém pra valer? Sinto, mas não vou mais fazer a mesma sandice de praticamente pedir para que o cara fique comigo porque estou com 33, foi um dos anos mais infelizes da minha vida, amorosamente falando.
Pense que é só um número e se você quer engravidar e pensa que depois não dá mais, se acalme, você só terá da vida o que for melhor pra você, desde que tenha calma e muita confiança e respeito em si mesma!

quinta-feira, janeiro 12, 2017

"Advice for the Young at Heart"

Duas adolescentes vieram me falar sobre os sentimentos que têm por dois garotos. Achei muito engraçado que tanto uma como a outra disse a mesma coisa para mim: sou muito nova para namorar, preciso estudar.

Já tive a idade delas e também já falei a mesma coisa e vendo pelo prisma de quem tem quase 30 anos a mais que elas, eu digo: estude, mas vá namorar! Se permita!

Eu falo por experiência, experiência de quem preferiu estudar e acabou estudando muito, sendo a melhor da sala, mas a que nunca tinha sido beijada. Não vale a pena perder a adolescência, uma fase que considero de se experimentar o mundo, só estudando. Sei que é importante estudar, mas tudo tem que ter equilíbrio. Eu não tive e isso hoje me faz falta.

Acredito que se tivesse me permitido mais na adolescência teria sofrido menos com os caras que conheci na fase adulta. Teria tirado eles de letra! Não tinha ficado traumatizada com uns e sonhando com outros. Teria dado um basta e seguido em frente!

Acho que a adolescência serve exatamente pra isso: pra começar a ficar esperta e não sofrer para sempre com o amor. Sei que é duro ficar apaixonada e ficamos cegas, mas isso não é só na adolescência, é em qualquer idade... 
Fortalecer-se na adolescência deve ser muito mais proveitoso do que chegar à fase adulta e estar totalmente sem experiência, sem manha, sem "descolamento".

Sofreremos por amor na fase adulta, sim, mas com o alicerce construído na fase adolescente, deve fazer um bem maior, o bem de ter experimentado sentimentos numa fase em que os hormônios é quem pensa e passar assim a desfrutar melhor da vida adulta. 
Pelo menos eu acho...

Falo como aquela que não experimentou o ficar adolescente (e foi na minha época que isso começou, o "ficar" ou pelo menos com esse nome, começou nos anos de 1990), mas só depois e ficava esperando uma ligação, não aprendi, por exemplo, que eu não deveria esperar com ansiedade, eu não vivi antes e não entendia por que não me retornavam... não entendia que era apenas ficar, que não era pra sempre e pra sempre, sempre acaba, não é mesmo?
E fico imaginando que se tivesse me jogado mais na vida adolescente, menos eu sofreria quando adulta...

A verdade é que fiquei quieta, não disse o que penso às duas meninas, porque sei que elas são de uma outra geração, muito mais desencanada que a minha e torço para que elas tenham uma vida em equilíbrio entre amor e estudo, amor e trabalho e assim por diante.

terça-feira, setembro 27, 2016

Como faz?

Foi há quase uma década, a maior decepção amorosa que tive e eu ainda não consegui me reerguer.
Sim, o tempo passou e eu não consegui confiar em mais ninguém.

Não, eu tentei, logo em seguida a grande decepção eu resolvi dar uma guinada na minha vida e até agradeço por essa decepção por ter me tirado do lugar comum. Se não fosse ela eu não teria viajado metade do Brasil e nem fora. Eu teria ficado na minha vidinha romântica e reclamona de sempre, mas quando se leva O grande chute, ou as coisas vão pra pior ou vão pra melhor. Ou é uma coisa ou é outra, não tem meio termo. 

Mas mesmo sabendo que eu desbravei a vida a partir desse chute eu não consegui mais confiar em nenhum homem.
Tive um  relacionamento depois disso, mas ele era fadado ao fim desde o começo: não se sustentava, era frágil, muito frágil. No fundo eu sabia que não ia dar certo, mas eu tinha uma loucura, um desespero para que desse certo, mas as variáveis mostravam que não era bem assim... Confiava nessa pessoa porque já a conhecia e até por conhecer sabia, no fundo, que não ia longe.

Ter sofrido por 20 dias sem notícia da pessoa foi um tortura sem igual. Acho que até hoje o que me dá mais medo é imaginar que outra pessoa possa fazer o mesmo: me deixar sem saber o que aconteceu, sumir do mapa e me deixar pensando milhares de coisas erradas e sofrer como uma desgraçada por isso.
Depois a pessoa aparece só para "legalizar" o término da relação porque outra pessoa o pressiona a isso e não porque sabe que deve uma explicação.

Imaginar que se passavam horas e horas, noites e madrugadas conversando, cantando, declamando poemas de amor e no final, tudo era só ficção.
Trocar mensagens apaixonantes por celular, sonhar junto.
Sentir um amor gigante dentro de você e poder vivê-lo.
Até o cheiro do outro fazia sentido, era um perfume inconfundível que me fazia ficar mais e mais excitada. 
Não ter a mínima vergonha desde o primeiro momento de ficar nua.
Quando o corpo do outro parece fazer parte do seu, ser apenas uma continuação natural e plena.
Quando tudo faz sentido na sua vida e não se tem volta, não tem escapatória é esse o amor finalmente!

Finalmente?

Não,  como diz a música do Legião "que tudo era pra sempre/ sem saber que o pra sempre, sempre acaba" e acabou. Não por minha vontade, mas acabou e vivi o período de maior tristeza e sofrimento da minha vida. Porque pra mim eram só certezas.

Hoje convivo todos os dias com a incerteza, de uma olhada pro cara do lado e pensar: "ele vai me achar gorda" a um "com certeza ele é mais novo e vai me trair", sendo que o cara que causou todo esse problema era nove anos mais velho...
Não olho homem nenhum sem a desconfiança embutida em todos. Sem a certeza de que vai me largar e vai me fazer sofrer.
Não assisto nem a filmes de romance e nem comédia romântica, choro porque a vida não é igual.
 
Não estou feliz do jeito que estou, mas o medo é muito maior.
Conseguir confiar é um objetivo que não consigo alcançar, nem com ajuda de terapia.
E não sei se desabafando aqui fará alguma diferença, a verdade é que não sei como confiar novamente em alguém e poder seguir em frente e se não der certo, seguir também em frente sem desmoronar. 

Não quero nunca mais voltar pro lugar onde estive há quase 10 anos, só não sei como faço.

sábado, julho 23, 2016

OkCupid, um teste

Todo mundo sempre diz que os aplicativos e sites de encontro são o melhor jeito de achar alguém legal, que valha a pena...

Conheço uma moça que tentou e encontrou o amor da vida dela num desses sites, mais especificamente no OkCupid. Uma amiga tinha indicado a ela e dito que era o jeito de se encontrar alguém no mundo atual. Quando essa moça encontrou sua cara metade, também me disse que a irmã de sua metade da laranja também tinha achado o amor por lá, ou seja, além dela, outra duas mulheres encontraram o amor verdadeiro através do site.

Nunca entrei no Tinder, sou avessa a esses programas, mas me senti deprê e resolvi experimentar o OkCupid. Saí em menos de 24 horas do site.

Talvez eu não tenha controle emocional para me manter nesse tipo de site ou tenho muito azar. Explico.
Resolvi colocar no meu perfil que poderia ser alguém de qualquer parte do mundo, se com os outros poderia dar certo, por que não comigo?

Entrei. Dali há segundos começaram a conversar comigo e dar "favoritadas" na minha foto. Eu não sei o que acontece comigo, mas me senti acuada... me senti muito exposta, não sei...

Sei que dois caras começaram a falar comigo, um canadense e um americano de Dallas. O canadense parecia achar tudo lindo, tudo lindo o que dizia sem que eu tivesse dito grande coisa e queria falar comigo por outro meio que não fosse o chat do portal. O americano também, quis meu email. Outros me mandaram mensagens dizendo o quanto eu era especial, linda e deixavam o número do celular para eu entrar em contato... tudo muito estranho pra mim que nunca vi tanto homem em atrás de mim e chamando de linda em menos de 3 horas...

Bem, me lembro de uma balada nos anos 1990 na Vila Madalena, véspera de dia dos namorados em que os caras pareciam no cio para ficar com alguém... sim, estavam no desespero para não passar a véspera e o começo do dia dos namorados sozinhos... pensei que era só mulher que entrava nessa choradeira...

voltando...

O canadense começou a dizer que eu era perfeita para ele, que a filha dele precisava de uma mãe - ele disse ter tido uma filha sem ter casado e que a mãe da menina estava num rebah...
Eu dizia que não poderia ser assim, que precisávamos de mais tempo de convívio e tal, como assim eu era a nova mãe da filha dele?????
Que eu era perfeita, que eu tinha nascido pra ele ou qualquer coisa assim...
E eu só pensava... "Como assim eu sou perfeita, que nós fomos feitos um para o outro se eu acabei de falar com ele????"

Fiquei realmente sufocada e apavorada com esses caras... todos me achavam linda e a mulher perfeita. Só pensava se todos os caras ali falavam isso ou se eram todos tão carentes a ponto de achar que a primeira que os agradasse era a mulher certa...

Recebi depois um email do texano que falava que ele não procurava nem uma heartbreaker nem um passatempo, que era sério e eu respondi a ele que então eu não era a garota certa pra ele (como cansei de falar pro canadense que não largava do meu pé), que tinha acabado de entrar no site e não estava entendendo muito bem como funcionava porque eu precisava de um tempo pra conhecer direito a pessoa e não ser considerada o amor da vida dele em 5 minutos.
Ele me respondeu dizendo o quanto ele sentia falta de estar com alguém que não saía mais e via os casais juntos e achava tão legal se ele também tivesse alguém para ir ao cinema, como era quando ele foi casado, e que eu era a pessoa certa pra ele.

Não o respondi, assim como não respondi mais ao canadense, deletei meu perfil no portal como se estivesse fugindo por ter feito algo ruim... para mim foi uma coisa extremamente difícil, entrar no site, mais difícil ainda parecia se manter nele.
Talvez eu não esteja preparada para assumir nada com ninguém, talvez eu seja uma solteira invicta ou talvez eu só tenha percebido que existe gente mais carente que eu nesse mundo...
Os brasileiros foram mais discretos, só favoritavam, não entravam em conversa, não tenho como dizer se estão ali realmente para encontrar alguém pra compromisso longo ou por compromisso rápido.
Os gringos, pelo menos esses dois, me pareceram extremamente carentes, o texano chegou a dizer que era eu que faltava na vida dele para ser completa... como se alguém fizesse mudar tudo na vida do outro... eu aprendi que temos que ser felizes com nós mesmos, sozinhos, para depois ser felizes com os outros e não depender de ninguém e o que eu vi nessas pessoas foi exatamente o contrário, ou interpretei como o contrário...

O certo é que fiquei apavorada com tanta carência e eu que achava que era carente...

sábado, maio 14, 2016

Os meninos do ginásio

(Ginásio ou Ensino Fundamental II pra você, jovenzinho rs)


Ginásio, final dos anos de 1980, muitas calças jeans semi-bag (sim bag, não legging) dobradas no tornozelo, tênis AllStar (se você tivesse dinheiro) e camiseta da escola: o uniforme.

Calças lindas como as que a Kylie usava...  e eu, claro!










Bem, mas não é essa a questão...

Havia um garoto que eu achava bonito, nunca disse a ninguém que achava, não ia mesmo atrás dele, não ia falar nada pra ele. Ele não era da minha turma, ele era da turma um ano atrás da gente. Isso no ginásio, hoje chamamos de Ensino Fundamental II, fund 2.

Enquanto todas as meninas brigavam pelo "Ronnie" (imagine o nome em português no diminutivo, era esse mesmo!) que era da minha sala e tinha aquela franjinha do Ricky Martin:



                            (Ricky Martin, o segunda da esquerda - depois do Charlie, o de amarelo)


Eu o achava bonitinho, mas não ia correr atrás, tinha medo de correr atrás, na verdade e não pensava muito sobre o caso, eu só tinha 14 anos.

O caso é que eu também achava interessante outro menino que chegou a namorar com uma amiga minha da escola, eu morria de inveja porque ela não dava a mínima pra ele e ele me tratava como uma grande amiga. Lembro de uma vez que ele sentou na mesma cadeira que eu e ficamos fazendo a lição juntos... pra mim isso já era a glória! mas não passava disso, esse eu cheguei a encontrar quando fazia faculdade, encontrei no metrô e dei uma paquerada nele, mas não surtiu efeito. Afinal, eu dar uma paquerada em alguém é uma coisa tão sutil que duvido que ele tenha percebido e se percebeu, preferiu falar da namorada.

O outro garoto eu o ainda encontro pelo bairro às vezes e sempre acho muita coincidência tê-lo encontrado antes perto do meu cursinho, que era longe de onde moro; encontrei-o no metrô e até num shopping que não é nesta região, almoçando e com uma sacola da saraiva.

Fiquei imaginando o que teria sido se tivesse aberto o jogo com um deles, será que as coisas teriam sido diferentes? O primeiro eu acho que não se interessava mesmo por mim, o segundo eu acho que nem pensava ainda em meninas nessa época, era muito novinho e nem sei se quando eu passo por ele na rua, ele lembra dos tempos da escola e exatamente de mim no meio de tantas pessoas.
O engraçado é que parece que ele não se desenvolveu, talvez precisasse de uma academia e nem parece o tipo que está casado ou tem filhos - pode ser gay, quem sabe? Ou pode ser que até hoje não tenha encontrado a garota da vida dele, ou pior: não quer encontrar garota nenhuma.

O pior porque existe aquele cara que só quer passar o tempo com alguém, mas nunca "a vida toda", não sei se ele faz esse tipo, sei que o olho hoje e vejo uma pessoa triste até. Talvez alguém como eu. E o mais engraçado de tudo, até hoje não sei o seu nome. Nem dá pra olhar o Facebook rs


segunda-feira, dezembro 28, 2015

Aquele momento que você diz: sou feliz por ser solteira!

Quando você vê outros casais e ao invés de achar que sobrou você pensa: "que bom que sou solteira, isso eu não aguentaria!".

Não tenho sentido esse sentimento de sobrou, mas quando você vê um casal super fofo, você não queria o mesmo? Pois é, mas muitas vezes você vê o contrário e além de pensar que bom que estou solteira você fica com dó ou de um ou do outro, ou do casal mesmo.

Já peguei conhecidas me dizendo que leram tal livro porque o namorado falou pra ler. Parece besteira, né? Mas tudo depende da entonação que a pessoa dá a isso, algo como "eu não curto, mas ele falou pra eu ler", ele mandou nas estrelinhas e ela leu para não contrariá-lo. Já ouvi isso e ainda a moça contar como foi chato ler o tal livro porque não tinha nada a ver com ela... e acabou casando com o cara que impôs muitas coisas que ela nem percebeu que impôs, ou percebeu, mas prefere não dizer isso: modo de agir e pensar, o que assistir... o que ler e assim vai...

Casar com um cara que impõe os gostos dele pra mim seria uma prisão, sim, estar presa e sufocada por coisas que não têm a ver comigo ou pouco tem a ver ou, pior: "o gosto dele é superior ao meu então é bom eu gostar disso, ele tem razão". Triste. 

Você deixa de existir, o seu eu não é seu eu, é o outro e isso também é uma forma de machismo mascarada, um machismo moderno que eu não gostaria de saber que ele ainda é muito presente, muito arraigado, mesmo que seja de outra forma, mas é um machismo.

Ou como uma Charlotte que conheço, anos de namoro, anos lendo o que ele dizia, e ainda o acha inteligente e tudo mais, a velha história do superior.
No namoro aquela alegria de festas e viagens até que casam e Charlotte engravida, tem filho e cuida como mãe zelosa e para proteger o filho do cansaço de uma festa do dia todo (e ela mais uma vez grávida e cansada) pede ao marido para ir embora por conta do bebê e recebe como resposta um "a gente não pode viver em função dele! vamos ficar!" e ao ouvir isso e ver Charlotte chorar escondido com o bebê no colo, dormindo, e o outro na barriga e pensa: que dó! ah, se fosse eu esse cara ia ver!
Mas não ia ver, acho que o namoro com um cara assim não duraria 2 dias rs

Depois, conversa com outros caras com o bebê: "não é o papai que cuida de tudo? que põe dinheiro em casa e trabalha pra trazer tutu?"
Como se Charlotte não trabalhasse, não fizesse nada da vida e tive 20 babás para um filho. Não, Charlotte também trabalha, também sai de casa pra garantir o tutu do final do mês, mas parece que é como se ela não trabalhasse e cuidasse do filho... que tudo está nas costas dele...
Ou outra frase simpática do marido ogro quando perguntam onde está ela e o bebê:
"Foi tirar bosta, quer ir lá também?" 

E pior!! Ainda tem pior, quando souberam que o próximo bebê será uma menina ele disse: "preciso arrumar um revólver". Porque não vai querer homens atrás da filha! Porque todo o amigo dele que tem uma filha ele dizia: "meu filho vai comer sua filha!" (sério!!) e agora o feitiço virou contra o feiticeiro... se você não achar isso machismo, não sei o que mais pode achar...

Quando seu marido faz coisas desse tipo não é hora de se separar é hora de pensar que se ele era mandão no namoro agora é bem pior e foi sua escolha. Escolheu alguém extremamente machista e que criará seus filhos com esse mesmo pensamento. Agora é com você tentar mudar as coisas antes que seja pior e criar um menino metido a comedor e uma menina traumatizada porque os homens fazem mal a ela e que todo homem não presta. 
Não é todo homem que não presta é todo machista que não presta.