quarta-feira, outubro 19, 2011

... E a brava ficou só...

Tenho pensando nesses dias que está na hora de jogar a toalha. Parar de fazer o tipo "a brava e corajosa, confiante" etc etc etc...

 O título acima é uma paráfrase de um western com Charlton Heston, o nome em português é assim...

Bem, estou ficando mais velha, com menos chances de encontrar alguém que valha mesmo a pena, não acredito que irei encontrar. Sim, a brava e determinada Carrie ficou só.

Isso é um grande desabafo. Desabafo de quem não aguenta mais nadar contra a maré e que tem que admitir: chega, ninguém realmente se interessa por mim, ninguém quer realmente ter algo comigo, algo que seja realmente bom, que se importem comigo, que queiram compartilhar qualquer coisa verdadeira.

Há muito tenho percebido que eu não me encaixo na "mulher ideal", porque eu não faço nenhum dos dois tipos e por isso vou continuar sozinha.
Qual são os dois tipos?

A burra e a que põe cabresto.

Homem é assim, essa é a minha experiência de vida amorosa: ser trocada por um cabresto e/ ou pela burra.

Homem finge ser esperto, mas não é, prefere o cabresto, prefere ser feito de tonto e aceita o cabresto pra mostrar que não vai ficar sozinho, alguém o atura, desde que mande bastante e acabe com toda a personalidade dele.
E eu vejo várias mulheres fazendo isso...
Aqui então... o que eu vejo de brasileira pondo cabresto em estrangeiro e brasileiro... vixi! Ficam todos iguais uns imbecis, mas é melhor do que estar sozinho... ou já que aceitei esse relacionamento, ela faz o que quer comigo...
Já vi muher dizendo pro marido no meio de várias pessoas: com essa roupa você parece um mendigo.
Ou admitindo que não sabe porque está com aquele cara se o tipo que prefere é completamente outro, e fica flertando na maior cara de pau.
E eles gostam! Preferem isso!

Já no caso de preferir a burra também é fácil: ela é burra, mas é gostosa! E eu não ouço as imbecilidades que ela diz, melhor do que mulher que pensa, porque dá trabalho pra eu me livrar!!
E por que eu vou ficar com uma se posso ficar com todas? A catraca anda pra sempre! Viva o Viagra! Nunca a catraca vai parar!

Como todo mundo sabe, não sou a burra.
E também não coloco cabresto em ninguém.

Sempre achei que o melhor era ser compreensiva, amiga, companheira, respeitar o outro etc etc etc e o que eu sempre ganhei com isso foi desrespeito, canalhice, infatilidade e traição.

Se existem homens que dão valor para mulheres com personalidade (mas sem cabresto), que dão valor ao carinho que recebem, a compreensão, ao respeito e que querem compartilhar algo verdadeiro, são poucos e felizes das mulheres que os encontraram.

Pra mim não sobrou ninguém.

Isso é fato, eu devo ter errado em algum lugar, só ainda não sei onde... talvez na minha timidez, mas o que importa?
Ninguém teve a coragem de querer saber o que eu realmente sentia, ninguém teve coragem de conversar cara a cara de forma adulta (era mais fácil deixar uma mensagem no msn terminando), ninguém pensou no que eu ia sofrer quando soubesse que ele estava transando com a burra bixessual gostosa (e imaginando transar com ela e as amigas).


E aí, quando vejo tanta gente feliz eu penso: o que eu fiz de errado? Por que comigo também não pode ser assim? Por que ninguém me quer?
O que faz com que os homens fujam de mim como se eu tivesse uma doença contagiosa? O que me faz tão horripilante?
Não pôr o cabresto neles ou não ser burra?

Ter personalidade,ser tímida, amiga, companheira, divertida... faz sofrer e muito!

sábado, setembro 17, 2011

Será que era melhor no tempo da Jane Austen?

Assisti hoje ao filme Jane Eyre, baseado no livro de Charlotte Bronte.
Fiquei muito emocionada pela história toda e chorei muito, sou boba assim mesmo.

O filme acabou me dando inspiração para vir aqui e escrever sobre um tema que está bastante tempo na minha cabeça. Sobre a duração do amor e implicações do por que os homens parecem fugir sempre de algo duradouro.

Eu sei, vai ter homem lendo essa postagem e falando: como assim fugimos do amor?

Bem, a experiência que tenho e que vejo o que acontece com amigas, na maioria dos casos, é essa, mas eu sei que existem alguns poucos homens românticos e que não é um rabo (de saia ou não) novo que faz mudar tudo.

Eu estou sempre pensando seriamente por que tantas mulheres lindas, simpáticas, educadas, fofas, inteligente, charmosas, bom papo, engraçadas estão sozinhas...
Sim, tenho várias amigas com todos esses quesitos e que mereceriam (assim como eu) alguém legal do lado, alguém para compartilhar o amor (se é que ele existe, já duvido).

Andei até comentando isso com a Sra Tuppence Beresford sobre parecer que há uma diferença de nível entre homens e mulheres e concordei com ela quando ela disse que "não estamos acima e nem eles abaixo, estamos do lado direito, esquerdo, sei lá, mas estamos em lugares, estágios diferentes".

Sim, a verdade é que parece que homens e mulheres não tem conseguido se entender nesse mundo moderno em que mulheres fazem tudo que homens fazem e que homens machistas, enrustidos ou não, ainda acham que ser livre pra fazer o que se quer é  não ser liberta, mas libertina...

Ainda existe algo de estranho e que deixou aí um vão entre nós (eles e nós, mulheres).
É estranho analisar casais, mas na maior parte das vezes você vê cara interessantes com meninas burras e/ou infantis, ou mulheres inteligentes e cabeça aberta com trogloditas...
E, tentando analisar muito esses casos (ah, gente, desculpa, mas tem horas que eu presto muuuito a atenção mesmo!) os caras parecem de saco cheio, mas é melhor ficar com alguém descartável do que alguém que vai durar (não entendo esse medo, juro! alguém me explica?) e mulheres pensam: olha amiga, tô com um imbecil, mas não estou sozinha!

Daí quando eu vejo um filme como Jane Eyre não sai da minha cabeça se realmente um dia as pessoas se amavam tanto assim, se faziam tudo para ficar com as outras, se nada abalava esse amor - ou abalava, mas tinha reviravolta...
Se as pessoas viam a pessoa amada como realmente o ser amado pelo qual se apaixonaram e queriam mesmo estar juntas, seja como fosse.

Porque o que mais eu vejo hoje são relacionamentos de enganação (pra mostrar pros outros que não se está sozinho). E a primeira dificuldade é motivo para terminar com tudo.
Com toda a tecnologia e modernidade que temos, qualquer bobeira, pode ser motivo para o final do relacionamento (bem, mas se já era de fachada...)
E no tempo de uma Jane Austen mocinhas sonhadoras e esperançosas viam seu amor voltar para seus braços, depois até de guerras...

Mas viam mesmo? Ou será que sempre fomos enganadas a pensar que isso existe?
Será que passamos nossa existência procurando alguém que valha a pena e essa pessoa realmente não existe?
Que no momento crucial ele/a irá sumir? (sim, porque mulheres também fazem isso)
Naquele momento de maior precisão você vê que não conta com ninguém?
Igual aquele meu post inspirado em Lost: Live Together Die Alone?

Voltando ao começo... ainda não entendo se é todo um problema sociológico, psicológico ou histórico esses lugares diferentes em que estamos e que é tão difícil homens nos entenderem e nós a entendê-los...
O que me parece é que há coisas mais importantes que amor envolvidas num relaciomento...

Acabo achando que amor não existe... só no tempo das escritoras victorianas...
E se exitiu no tempo delas, hoje está em extinção.

quinta-feira, setembro 01, 2011

Capítulo 41: Do cansaço

Não, hoje não falarei de Londres, não diretamente, acredito...

Chega um momento que você tem que aprender algo. E acho que finalmente eu acho que aprendi: a não mais dar toda a atenção possível a um homem.
Finalmente eu cansei de sonhar, ser super compreensiva, respeitar até o irrespeitável.
Eu cansei...
Cansei de ter esperança e fé nas pessoas, ainda mais nos homens...

Sabe aquele cansaço que você fica tão de saco cheio que não quer nem pensar, nem falar no assunto?
É mais ou menos isso... é exaustão.

Estou exausta de dar chances, de acreditar, de esperar, de ficar ansiosa e sonhar...
Chega!

Tá repetitivo, né?
É porque eu já fui muito!(e espero não ser mais)
Deixo sempre que as situações se repitam, porque dou chances demais, acredito demais e, o pior, sonho demais.

A última é que pensei em dar chances pro meu , lembram dele?
Pareceu mais maduro ultimamente e acho que na minha solidão e carência, comecei a vê-lo com melhores olhos.

Conversa vai, conversa vem e... desandou, pelo menos pra mim.
Ele não está longe daqui, de certa forma estamos até perto, fisicamente falando, mas quando você ouve a pessoa dizer:

então, quando você puder vir aqui, me avisa

e essa é a última palavra, é porque chegou, né?
Pra mim chegou, afinal, a pessoa esfriou, não deu mais sinal de vida como antes, nada de comentários no facebook, nada de querer falar toda hora, de mensagens, nada...
Tudo isso rolava até eu mostrar o interesse...
Bem, se ele era tão fã, cadê?
Mostrei interesse acabou?
Ganhou e pronto?
Achou que era só usar e jogar fora?

Bem, perdeu, amigo... eu não tenho mais paciência, saúde e vontade de brincar.
Não brinco mais e espero ser minha última palavra.

segunda-feira, agosto 01, 2011

Dating School

Hoje saiu essa matéria no Jornal do Metrô daqui, leia o link e perceba que realmente, a minha impressão dos ingleses não é errada, tanto que agora existe até escola pra aprender a flertar, paquerar...


Dating School

Percebam que as dicas que são dadas já são usadas por qualquer menino do jardim da infância no Brasil rs

quinta-feira, julho 14, 2011

O difícil mundo do relacionamento com ingleses e entre ingleses

Chega uma hora que você pensa se muitas coisas realmente valem à pena.

Estou há 11 meses em Londres e nada aconteceu... no quesito romance.
Primeiro, eu sou totalmente tímida e, segundo, os ingleses são mais do que eu...

Entendi porque as inglesas bebem tanto, até pensei em imitá-las: elas tentam desesperadamente chamar a atenção deles que se fecham num mundo que eu não sei onde fica e como chegar... e o que é pior, nem elas...

Os ingleses parecem totalmente blasès, um amigo que vive na Irlanda há pelos menos 6 anos diz que não: que é a timidez à enésima potência mesmo. E que ele resolveu os imitar, porque é cômodo: a mulher é que chega até você, você só fica lá bebendo pra tomar coragem e nunca toma, nem coragem e muito menos iniciativa, só toma suas ales...

Fiquei pensando muito nisso, principalmente porque não sai da minha cabeça aquela história do Seinfeld: "men hunt and women nest"
Só que os ingleses não fazem nenhuma das duas coisas! Deixaram tudo pra mulheres fazerem!!!!
Isso pra mim é comodismo demais! Não é nem mais uma questão de ser tímido ou não, é uma questão de não ser sociável e "o que vier, tá bom"...
Não é mesmo ser blasè é ser loser!

Eu desisti de tentar chegar até eles ou entendê-los... se eles não conseguem dar uma olhada simples numa mulher e preferem nos olhar num site de relacionamento - que é comuníssimo aqui! - o que se faz?
Chora?
Não, desiste que gente que não consegue falar e olhar pra gente, que prefere ficar com a cara enfiada num livro, num smartphone etc é porque não é gente... é um ser totalmente à parte.

Pouquíssimas vezes percebi um cara olhando pra uma garota e ainda assim muito disfarçadamente. Parece um pavor que eles têm...
Até nas baladas, eles ficam lá... nada... precisam estar extremamente bêbados para chegar em você.
E se eles percebessem é uma coisa tão boba: chega, faz uma brincadeira, puxa papo... ninguém vai morder (só se quiser rs)...

Eles também tem um graaaaande problema: não tem malícia.
Eles não sabem MESMO chegar e puxar uma conversa, dar um jeito de falar com a garota que estão interessados... só, como eu disse, se a bebida for 100% de líquido no corpo deles...
E aí nada dá mais certo, pelo menos para mim: cara bêbado não fala nada que presta, não sabe mais o que está fazendo e muitas vezes chegou naquele ponto por desespero... desespero de ver se algo acontece...

Elas bebem desesperadamente para conseguir falar com eles, eles bebem desesperadamente para chegar num ponto de poder ser menos inibido...

Imagine a cena: três mulheres num bar sábado à noite. Passamos por volta de duas horas no bar, conversamos e olhamos ao redor. Caras interessantes, mas todos olhando os telões de tv em que passavam um jogo de rugby (inglês gosta mais de rugby do que futebol e do que mulher...), todos encarados para a tv. TODOS.

E eu perguntei para as garotas que estavam comigo: "quando no Brasil, mesmo sendo jogo da seleção, você não receberia nem uma piscadinha?"
Pois, nem isso, absolutamente nada... nem piscadinha, nem risadinha, nem um olhar (a não ser pro telão). Fomos embora...

Os poucos que chegam são, na maior parte das vezes, estrangeiros e ainda assim precisa muito para que o cara peça seu telefone e ainda muito mais para te ligar...
Como aconteceu com outra garota que conheci, e essa estava interessada num alemão...
Na verdade, eu acho, que o alemão estava interessado em mim, só que eu, numa fase desencanada, deixei que ela ficasse fazendo aquele papel de ficar tentando chamar a atenção dele durante à noite toda. Até ser obrigada a oferecer um chiclete para ele vir até a nossa mesa.

Se ele estava interessado em mim, como achei, ele deveria ter mentido - brasileiro faria isso - pegaria meu número também e falaria que era pro outro amigo, ou se precisar de uma tradutora (eu tive que ser a tradutora dela e do alemão, a menina não sabe p*rr@ nenhuma de inglês e eu tinha que ainda fazer esse papel, ou seja, eu falei mais com ele que ela rs), mais um imbecil que nem é inglês e age do mesmo jeito: beber, beber, beber e deixar chegar...

Esperem: não que o brasileiro mentisse por sacanagem, entendam: mentisse para dar uma reviravolta na história e, nesse caso, eu acredito, não seria passar por cima de ninguém, claro que brasileiro não é santo, mas sabe se safar rs

Porque o cara passou por mim e me olhou fixo, ele ia para o banheiro, quando ele volto, ela deu uma senhora piscada de olho pra ele e ele ficou meio surpreso e eu, que não contei para ela, fiquei na minha.

Sim, eu desisti de tentar.
Na verdade, eu cheguei a seguinte conclusão: só faço o papel do "nest".
Cansei de chamar a atenção, cansei de ser legal (e isso faz tempo rs), cansei de muitas e
muitas coisas... porque depois que tudo que você faz o que você ganha é ser tachada de várias coisas ruins... então...
Então o jeito é esperar que o cara que realmente valha à pena um dia apareça...
O cara que tem respeito por mim, que realmente se importe comigo e não só com ele próprio e que realmente aja, aquele que só fala, não me interessa.
E não me importa qual será o dia que isso acontecerá, eu espero, se é pra ser verdadeiro, vale a pena esperar até o último dia da minha vida.
Qual o problema?
Já que falei tanto em "valer a pena" o Fernando Pessoa sabe bem disso...

Fiquei pensando: como os ingleses podem ser tão bocós e depois, na hora de pedir em casamento fazem aquela coisa linda do "proposed"?
Talvez mais por tradição... mas eu acho que tradição ou não é lindo, é romântico...
Adoraria viver um momento desses mesmo que tivesse 100 anos.

E infelizmente a maioria dos ingleses fará isso não com a mulher que realmente ele ame, mas com aquela que mais se desesperou atrás dele e quando ele estava mais desesperado...
E isso não vale só para inglês, não é verdade?

segunda-feira, maio 23, 2011

Bulliyng

Amigos que lêem esse blog, fui obrigada a "pôr cadeado" no meu outro blog e twitter porque estou sofrendo bullying na rede.

Estou sendo "bullyinada" rsrss

Por esse motivo, esse blog também só poderá ser visto por pessoas convidadas.
Todos vocês que acompanham esse blog e o outro, mandem seus emails para mim, para o email que aparece aqui (o da carrie rss).

Vou deixar esse texto aqui no ar por algum tempo até poder fechar e ter certeza que ninguém ficou sem ser convidado.

Obrigada pela paciência em esperar postagens novas e agora demoro mais por saber que lêem e me entendem mal, porque não me conhecem o suficiente para ter a real ideia sobre a minha pessoa - como vocês, que acompanham esse blog, têm.
Mesmo muitos não sendo meus amigos pessoais, mas que se afinizam com o que lêem aqui e me dão respaldo pra continuar.

Beijo para todos!

terça-feira, março 15, 2011

Menos machismo ou apenas fazendo o trabalho?

Desculpem a ausência nesses meses todos!
Infelizmente o blog ficou parado por muito tempo, preocupações demais nessa cabeça... que semana que vem galga mais um aninho firme nos 30 rs

Bem, a postagem de hoje é sobre o caso que aconteceu com uma amiga que fiz aqui em Londres.
E lá vem mais uma comparação com o Brasil...

Ela esteve numa fase de volta e termina com o namorado, namoro que já durava mais de um ano... altos e baixos, com o dia dos namorados aqui, decidiram voltar, tentar mais uma vez.

Ele queria ver The King's Speech e ela já tinha assistido, mas resolveu rever com ele no cinema. Ele se atrasa, ela cansa. Ele chega comendo lanche do McDonald's diz que estava morrendo de fome e ela fica louca da vida: eu espero tempos por você e você estava no Mc??

Ela, já cansada da situação e vendo que realmente não ia ter jeito. Resolve ir embora e não ver mais o filme com ele.
Ele fica louco de raiva e a puxa pelo braço em plena Leicester Square lotada de gente.
Ela não aceita, tenta se desvencilhar e continua indo a caminho do metrô. Ele volta a segurar o braço dela e a puxa, puxa com força que a leva pela praça no meio da multidão que olha aturdida enquanto ela grita para que ele a solte.

Como todo lugar onde há multidão, há policiais aqui, eles o pararam.
O seguraram, fizeram tirar as mãos dela e o algemaram.
Ela acabou ficando impressionada também.
Os guardas perguntaram para ela se ela o conhecia, com a afirmação, perguntaram se isso era comum, se ele sempre fazia isso, se moravam juntos e se ele batia nela.
Ela, espantada, disse que não, nunca tinha acontecido aquilo e que ela mora com a família, graças a Deus não com ele.
Os guardas mantêm-no preso nas algemas e ele bravo... Os guardas dizem que se algo acontecer, para ela chamá-los sem a menor sombra de dúvida e que o manterão entre algemas até ela pegar o metrô.

Ela fica impressionada e cede: pede para os guardas o soltarem porque sabe que ele não faria mais nada depois disso. Os guardas aceitam a palavra dela, mas não deixam de recomendar: se sofrer alguma violência, não deixe de denunciar.

Ela pegou o metrô, mas ele a seguiu, e ela disse que o denunciaria se continuasse. Ele decidiu ir embora.



Nessa história toda, me impressiona o trabalho correto dos policiais, a primeira coisa que pensei é que no Brasil eles só olhariam o cara arrastando a moça e pensando "briga de marido e mulher ninguém mete a colher" e ainda, como a maioria dos brasileiros machistas diriam: ah, ela deve ter aprontado com ele, é uma vagabunda qualquer... assim como todo mundo pela rua pensaria isso e não se meteriam.
Porque é assim no Brasil, por isso no Brasil existe uma delegacia para a mulher, porque na delegacia comum o homem sempre tem razão, até quando não tem.
E só o susto que deram no cara, ele parece ter aprendido a lição: ele realmente a deixou em paz, porque ele sabe que a justiça aqui é pra todos, que essa de "a mulher é minha, eu sei o que faço" é coisa de brasileiro ou de qualquer outro ser extremamente machista.

Nunca imaginei que policiais poderiam ser tão corretos no seu trabalho sem julgar ninguém. Tiro o chapéu!