quinta-feira, dezembro 28, 2006

Capítulo 25: das Escolhas

Todos fazemos escolhas na vida, mas homens e mulheres escolhem sempre diferente. Isto todo mundo já sabe, mas já repararam?

Pensemos em nós mulheres, escolhemos sempre o mais bonito e o que acontece? Sempre vivemos com ciúme.
Se escolhemos com dinheiro, com isso, com aquilo, sempre tem seu problema.
Imagine quando se escolhe pelo coração, mas são poucas que escolhem pelo coração e as coisas saem bem. Quando se escolhe há todo uma responsabilidade por trás.
As mulheres muitas vezes escolhem para não ficarem sozinhas, escolhem sofrer com caras autoritários e mulherengos, mas ficam ao lado deles para mostrar as demais que elas têm alguém - casaram (e casaram muito bem, não?).

Os homens escolhem pela beleza, pelo poder de sedução da sua musa. Às vezes escolhem apenas para mostrar a garota como enfeite : olhe, ela é linda e está comigo.
Sempre vemos homens infelizes que se casaram com a autoritária e ele igual a um bocó "sim, querida" ou sendo também chifrado, mas ela é linda, todo mundo repara.

No fundo fazemos escolhas iguais, o grande problema é quando se percebe tarde demais que a pessoa especial, que todo mundo falava: "nossa, ela/e era tão legal, te amava tanto e você escolheu essa/e que te faz sofrer tanto!"

Escolhas. Quem pode mudá-las?
Nós, mas para isso precisamos perceber que o amor não é um jogo, não é mostrar status, fazer inveja aos demais: amor é respeito, compreensão, afinidade, cumplicidade e confiança.

domingo, novembro 26, 2006

Capítulo 24: os seriados ensinam!

Frases de Joey Tribiani em "Joey"

Ela é a mulher perfeita: bonita? Sim! Alegre? Sim! Inteligente? Não!!!

Diálogo memorável em Seinfeld: (The Engagement - 7a. Temporada)

Jerry: What is this? What are we doing? What in god's name are we doing?

George: What?

Jerry: OUR LIVES!! . What kind of lives are these? We're like children. We're not men.

George: No, we're not. We're not men.

Jerry: We come up with all these stupid reasons to break up with these women.

George: I know. I know. That's what I do. That's what I do.

Jerry: Are we going to be sitting here when we're sixty like two idiots?

George: . We should be having dinner with our sons when we're sixty.

Jerry: We're pathetic… you know that?

George: Yeah, Like I don't know that I'm pathetic.

Jerry: Why can't I be normal?

George: Yes. Me, too. I wanna be normal. Normal.

Jerry: It would be nice to care about someone.

George: Yes. Yes. Care. (...)



E o que minha xará me ensina: que eu sou igual a ela, totalmente insegura e desesperada...

sábado, novembro 04, 2006

Capítulo 23: outro estágio

Um dia ela é sua melhor amiga, você compartilha todas as suas angústias, ilusões, medos, sentimentos com ela. Em outro momento, acha tudo infantil, você "cresce", não é uma adolescente mais bobinha que vê tudo com os olhos da mocinha que a Meg Ryan faz em todos os seus filmes.
O problema é quando essa amiga continua enxergando as coisas assim... fica tudo estranho, porque você aprende que não é o cara mais lindo do mundo que vai te fazer feliz, nem aquele que você acha que dá umas olhadas de vez enquando em você e que nunca chega em você - porque ele nem percebe que você existe, na verdade (era tudo coisa da sua cabeça e da sua amiga).
E, enquanto você acorda e pára de se iludir, a única coisa que ela faz é sempre te dizer:
ai, não sei se mostra a foto do meu paquera... ele não é lindo... (coisas que toda vez a pessoa tem que te dizer, como se ainda fôssemos adolescentes deslumbradas)
Ou tem de te perguntar duas coisas quando te encontra (e essas são fatais!!! ela nunca deixa de perguntar!!!):
e aí, tá namorando??? (a segunda é só quando da afirmativa)
e aí????? já "rolou"????


Eu queria entender o porquê da pessoa sempre ficar tão interessada se rolou ou não... não parece uma coisa ainda adolescente pra saber quem "chegou primeiro"? rss
Adolescentes que ainda têm suas fantasias ou curiosidades...

E é tão chato você ter tido uma amizade forte com uma pessoa e perceber que ela está no mesmo nível de 12 anos atrás e aí eu acabo me sentindo culpada por não querer muma reaproximação da amizade. Porque eu sei que a pergunta "e aí? rolou?" irá aparecer e eu não quero falar nada da minha vida.
Se rolou/ rola/ rolará isso é meu! Só meu! (e dele também rs)

domingo, outubro 08, 2006

Declaração de amor às mulheres

(Único espécime 99% perfeito e vejam porque não é 100%)

Se uma memória restou das festinhas e reuniões familiares da minha infância, foi a divisão sexual entre os convivas: mulheres de um lado, homens do outro. Não sei se hoje isso ainda ocorre. Sou anti-social a ponto de não freqüentar qualquer evento com mais de 4 pessoas, o que não me credencia a emitir juízo. Mas era assim que a coisa rolava naqueles tempos.

Tive uma infância feliz: sempre fui considerado esquisito, estranho e solitário, o que me permitia ficar quieto observando a paisagem.

Bem, rapidinho verifiquei que o apartheid sexual ia muito além das diferenças anatômicas. A fronteira era determinada pelos pontos de vista, atitude e prioridades.

Explico: no "corner" masculino imperava o embate das comparações e disputas. Meu carro é mais potente, minha TV é mais moderna, meu salário é maior, a vista do meu apartamento é melhor, o meu time é mais forte, eu dou 3 por noite e outras cascatas típicas da macheza latina.

Já no "corner" oposto, respirava-se outro ar. As opiniões eram quase sempre ligadas ao sentir. Falava-se de sentimentos, frustrações, recalques, com uma falta de cerimônia que me deliciava. Os maridos preferiam classificar aquele ti-ti-ti como fofoca. Discordo.

Dessas reminiscências infantis veio a minha total e irrestrita paixão pelas mulheres. Constatem, é fácil.

Enquanto o homem vem ao mundo completamente cru, freqüentando e levando bomba no bê-a-bá da vida, as mulheres já chegam na metade do segundo grau.

Qualquer menina de 2 ou 3 anos já tem preocupações de ordem prática. Ela brinca de casinha e aprende a dar um pouco de ordem nas coisas. Ela pede uma bonequinha que chama de filha e da qual cuida, instintivamente, como qualquer mãe veterana. Ela fala em namoro mesmo sem ter uma idéia muito clara do que vem a ser isso. Em outras palavras, ela já chega sabendo. E o que não sabe, intui.

Já com os homens a historia é outra. Você já viu um menino dessa idade brincando de executivo? Já ouviu falar de algum moleque fingindo ir ao banco pagar as contas? Já presenciou um bando de meninos fingindo estarem preocupados com a entrega da declaração do Imposto de Renda? Não, nunca viram e nem verão. Porque o homem nasce, vive e morre uma existência juvenil. O que varia ao longo da vida é o preço dos brinquedos.

E aí reside a maior diferença: o que para as meninas é treino para a vida, para os meninos é fantasia, é competição. É fuga. Falo sem o menor pudor. Sou assim. Todo homem é assim.

Em relação ao relacionamento homem/mulher, sempre me considerei um privilegiado. Sempre consegui enxergar a beleza física feminina mesmo onde, segundo os critérios estéticos vigentes, ela inexistia. Porque toda mulher é linda. Se não no todo, pelo menos em algum detalhe. É só saber olhar.

Todas têm sua graça. E embora contaminado pela irreversível herança genética que me faz idolatrar os ícones de cafajestismo, sempre me apaixonei perdidamente por todas as incautas que se aproximaram de mim. Incautas não por serem ingênuas, mas por acreditarem. Porque toda mulher acredita firmemente na possibilidade do homem ideal. E esse é o seu único defeito.

Carlos Eduardo Froney

1961


(um desses "defeitos" me mostrou esse texto...)

domingo, setembro 24, 2006

Capítulo 22: é pro seu bem?

Desde quando estar com alguém é o único motivo de felicidade e que os outros podem te considerar feliz?
Explico: por que as pessoas insistem em dizer "Fulano está namorando! Que bom!!"
Se não estivesse seria tão ruim assim?
Por que a gente sofre quando ouve esse tipo de coisa quando se está sozinho? Será que eu e todo mundo tenta se enganar de que "Love all you need" é só um verso de uma música do Beatles??
Tentamos nos enganar que somos fortes?
Tentamos nos enganar que é bom estar sozinho?

Ou não nos enganamos, apenas tentamos não sofrer com a cabeça pequena dos outros que não percebem (ou percebem, o que é muito pior)que nos deixam chateados com essa coisa de "que bom que fulano tem alguém!!". Principalmente porque o que o outro quer dizer é "até que enfim fulano/a desencalhou!! Ao contrário de você que é uma loser de marca maior"...

Isso seria um alerta das pessoas para que eu tente ser feliz ou só maledicência mesmo? (é, é maledicência SIM!)

Até quando isso vai me magoar?
Até eu morrer e falarem no meu enterro: "coitada, morreu sozinha!"
Nem lá terei descanso...

segunda-feira, agosto 21, 2006

Capítulo 21: experiência = fidelidade ?

Há algum tempo, numa conversa sobre relacionamentos, ouvi o seguinte da boca de um cara - amigo de uma amiga:

Eu quero me casar com uma mulher experiente, imagina casar com uma virgem! (não sei onde ele pensa encontrar uma...) A experiente já sabe o que quer, escolheu o que era melhor pra ela - se é que vocês me entendem... Vai estar com você porque você é o melhor! A virgem ia dar trabalho: ela vai ficar curiosa para saber como são os outros além de você...

Será que isso é realmente verdade? Será que eu sou mais Charlotte que Carrie?
No meu pensamento Charlottiano diria que isso não está ligado à fidelidade. Ninguém é fiel porque "não conhece os outros", você é fiel porque ama aquela pessoa e não precisa de outras, tem a ver com certeza. Certeza de que a escolha que fez - a única (como se fosse um "tiro no escuro" ou um "tiro certeiro", no caso da virgem) valeu a pena; ou que de todas as escolhas que se fez essa era a mais acertada... (para a experiente).
Certeza de se amar alguém e não acreditar que aparecerá outra pessoa...
Porque, mesmo a experiente pode encontrar outro e querer saber como é, e ainda pode pensar "esse eu não sei como é, acho que preciso conferir"... qualquer uma das duas pode dizer isso.
Agora, dizer que virgem vai querer procurar outro é a maior papagaiada da paróquia rsss Se era virgem é porque tinha uma convicção, uma certeza, como eu já disse.
Se essa certeza se desfizer, era porque o cara começou a olhar demais a vizinha ou admirava o dia todo o carro novo enquanto a mulher o esperava sem sucesso...

Quem pode dizer que ter experiência ou não é uma garantia de felicidade?

Quem garante que se possa satisfazer depois de várias tentativas?

Quem garante que uma única tentativa vai ser uma coisa ruim?

Quem garante que o amor possa ser sempre cerceado de alguma forma? Que há uma fórmula certa (casar com uma virgem - em 1950? rss - ou com uma cheia de experiência)?

O que garante a fidelidade? Preconceitos? Fórmulas?
Ou só o amor?



esse post é do meu "eu Charlotte" rss

domingo, julho 30, 2006

Eu continuo batendo na mesma tecla...

Por que cargas d'água as pessoas que você nem conhece direito, ao conversar com você e outras pessoas adora dizer:

"Ah, não gosto dele não, é feio que dói! Mas sabe usar o negocinho dele!!! é de ficar besta como estava perdendo tempo!!"


O que tenho com isso??? Ainda não entendi...

Se fosse minha xará rica, acharia algo para se comentar... quem sabe Carrie Rica diria que as pessoas precisam aparecer de qualquer forma, ou inventaria um conto sobre o assunto com Samantha contando isso... a diferença é que a Samantha é sua amiga e contaria mesmo... será que Samantha Jones é a personagem favorita de muitas mulheres que gostariam de fingir ser ela para todos que as encontram por aí?
Samantha é bem mais "na dela" rss

quinta-feira, julho 20, 2006

na verdade...

EU TENHO MEDO DE MIM!!

quinta-feira, julho 13, 2006

Capítulo 20: do Medo

Sabe quando você tem medo? Mas muito medo de gostar de alguém e sofrer de novo?
Sabe quando você tem medo de acreditar na pessoa? E pensa "até que ponto isso pode ser verdade?" ou "até onde eu devo ir?", "até onde eu consigo me manter 'imune'?"

Eu penso demais... deveria apenas viver e deixar pra lá... deixar que o tempo se encarregue, mas eu sou uma medrosa, ansiosa, carente... é carente... isso é o que dificulta tudo... quando se é carente (ou se está carente? não sei onde me encaixo...) tudo se complica, ainda bem que eu tenho convicção de que sou assim, pior se achasse que não, que o problema são os outros...

Vivo em altos e baixos: confiar ou não confiar, deixar rolar ou encanar..., achar que é sério ou brincadeira (por que brincaria??) sei lá... eu penso demais... deve ser por isso que tenho blog rsss

sábado, junho 17, 2006

Quando você pensa que tem escolha...

Nos últimos tempos pensei que teria que escolher: ou um ou outro.
Ficava vendo qual dos dois se parecia mais comigo ou me atraia mais.
Um com gostos muito parecidos que os meus, mas muito mais baladeiro, boêmio e mais novo; o outro, mais velho, parecia mais seguro, mais carinhoso.
É aquela velha história, você não quer enganar ninguém e prefere ficar na sua até descobrir pra que lado ir.
Eles decidiram por mim: o mais novo não havia me dito que tinha uma namorada e que estava dando um tempo (dando tempo, pra mim, não quer dizer que acabaram) e, pelo jeito, estava carente e achando que eu seria a substituta nesse período e me "sondando" para saber se eu era a substituta perfeita, até que ele se acertasse de novo com a outra.
O outro parecia bem interessado e falando coisas bonitas, pensei até que tivesse bebido um pouco pra se soltar e falar o que sentia - já que parecia ser mais fechado quanto aos sentimentos. Só que depois ele pede desculpa, disse que abusou e falou o que não devia, ou seja, o que não era verdade, mas queria um pouco de carinho.

Eles decidiram por mim: nenhum dos dois.
E a vida segue...

quarta-feira, maio 24, 2006

Capítulo 19: How Soon Is Now?

Balada sempre me faz lembrar dessa música...

Porque muita gente - e eu mesma, quando era mais nova - acha que a balada é que vai nos "salvar". A balada é o engodo dos que estão carentes...
O carente que consegue tirar de letra que foi só usado e usou e depois disso fica bem, é um mestre. O que não consegue separar isso, se apega à pessoa, sofre - e muito.
É como se fosse um teste de Darwin: só os "fortes" (frios, cafajestes, cachorras, dissmilados/as - ou o nome que você quiser dar, como desencanado/a, muderrno/a etc) sobrevivem...

A balada é boa se você não está só - quero dizer, com um acompanhante que esteja afim de você - e se não está carente. Se você está bem e melhor ainda, bem acompanhada/o a música dos Smiths não fará sentido.
Outros tentam não ouvir a música dentro deles, bebem até cair para "afogar as mágoas", cada um usa a fuga que achar melhor...

(prestem atenção se eu não estou certa - parte em negrito)

How Soon is Now
Lyrics by Stephen Morrissey
Music by Johnny Marr
I am the son
And the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Of nothing in particular

You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am Human and I need to be loved
Just like everybody else does

I am the son
And the heir
Of a shyness that is criminally vulgar
I am the son and heir
Oh, of nothing in particular

You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am Human and I need to be loved
Just like everybody else does

There's a club, if you'd like to go
You could meet somebody who really loves you
So you go, and you stand on your own
And you leave on your own
And you go home, and you cry
And you want to die


When you say it's gonna happen "now"
Well, when exactly do you mean ?
See I've already waited too long
And all my hope is gone

You shut your mouth
How can you say
I go about things the wrong way ?
I am Human and I need to be loved
Just like everybody else does

sábado, abril 29, 2006

Seria esse um momento Miranda?

Ultimamente venho percebendo que aprendi muito com Mr. Big e Cia., aprendi a não levar a sério nenhum tipo de "gracinha", elogio ou coisa que o valha, que poderiam me deixar feliz e sonhadora, no melhor estilo Charlotte.

Não estou mal assim, é bom não se preocupar, ficar ansiosa; só ir levando, deixar que as coisas fluam sem esperar absolutamente nada. Nem um beijo no rosto. Eu disse NADA!

Como me disse uma amiga: os homens falam qualquer coisa para ser o centro da atenção, se lhe elogiam, sabem que você o irá elogiar, eles querem ficar sempre por cima. Não falam com o coração, só dizem por dizer, não é para se levar a sério, eles não levam. E quem se magoa é você, porque "sonhou" que algo estava acontecendo.
Melhor conselho impossível!

Estou seguindo à risca e por isso estou bem.

segunda-feira, março 27, 2006

Capítulo 18: Pra não dizer que não falei das mulheres

Eu ando falando muito mais dos homens, não? Está tendo um desequilíbrio por aqui...
Então, vou lembrar das coisas que acho mais chatas e vulgares que as mulheres fazem e que já ouvi com os meus ouvidinhos que a terra irá um dia comer e passar mal...

Se preparem, lá vem as "pérolas mais escrotas das mulheres":
(para alegrar ao público masculino que aqui frequenta e a todas as mulheres que concordam que mulher quando quer ser vulgar é pior que o homem)

"Ah, querida! Eu passei a noite no Motel!!! Estou vindo agora pra aula sem ter passado em casa. Passei a noite no troooonco!!! rsss"
falatório de uma que acabara de chegar à aula e comentava isso quando perguntavámos se ela estava preparada para o seminário que teríamos que apresentar...

Frases de uma única fulana querendo se achar a poderosa durante uma festa na casa de uma amiga que temos em comum:

"Ele estava ali no corredor e a gente resolveu se divertir por ali mesmo, estava tarde, ninguém ia passar, aí ele ficou me chupando por ali mesmo."

"Ah, homem com p***o grande é meio ruim, sabe? Parece que chega no estômago."

Detalhe: ninguém perguntou nada pra ela, ela chegou contando... vulgaridade pouca é bobagem...

Essa eu vi no vídeo de casamento de uma amiga, a cena é a seguinte, o cinegrafista dá uma geral na Igreja enquanto o padre fala com os noivos e que cena vemos num canto da igreja, pertinho de uma pilastra? Uma das melhores amigas - dessa amiga que casava - se agarrando com o namorado ali, dentro da Igreja. O cinegrafista nem fez questão de registrar o amasso... angelical...

domingo, fevereiro 26, 2006

Capítulo 17: Quando os Homens Conseguem se Superar em Escrotice...

Já havia ouvido algumas vezes, principalmente no ônibus que pegava pra facul, os caras comentarem sobre mulheres e das formas mais nojentas que poderia imaginar, coisas como "ah, fulana mora sozinha, (ela)é fácil!" e baboseira de um bando de moleques que estavam com os hormônios transbordando - além do machismo.

Só que ouvir isso sem ser uma rodinha de homens e você (mulher) ouvir apenas "sem querer" se torna ainda mais degradante (deveria ser pra ele).

Não sei porque um homem acha legal falar sobre seus relacionamentos anteriores com tanto desprezo - minha teoria é de que ele é quem está magoado e se faz de forte.
Mas ouvir coisas pelas quais ninguém tem interesse - ou não deveriam interessar a ninguém além dele - é desconfortável, pelo menos pra mim...

Um cara novo que veio trabalhar no mesmo lugar que eu, em 15 dias já se mostrou a que veio, numa conversa com outra mulher que trabalha por lá já disse que mora sozinho, mas sempre tem "uma doida" para morar com ele e fica lá falando "agora eu não quero mais, quero ficar sozinho, isso que é bom!" e diz que morou com várias, que tem dois filhos, até aí, normal se tivesse algum propósito ficar fazendo propaganda da sua própria vida...
Em outro dia, uma sobrinha de um casal que trabalha lá - e ela já trabalhou por lá também - começa a falar do chifre que levou do noivo (porque ela também resolveu contar de sua vida pessoal, eu não sei, peguei a conversa na metade).
Daí o nosso amigo resolve dar seus conselhos, de que homem não pensa com o coração como a mulher, pensa com a cabeça e a moça completa "com a debaixo, né?". Ele concorda e começa a discorrer que relacionamento é perda de tempo. Que ele estava louco para ficar com uma garota "gatinha, linda", mas estava namorando e depois terminou e aí? Poderia ter ficado com a outra também. Outro cara - comprometido - resolveu dar seu pitaco "mas tem tantas coisas que deixamos de fazer, não é só isso, não é só isso que vale". E o cara "mas a menina era gata de tudo! teria ficado com ela, agora não tenho nenhuma".
Até aí, parecem coisas bobas, mas o que eu achei mais chato foi isso quando falava que o homem pensa com a outra cabeça:
"ah, é só sexo, o momento, no outro dia você nem quer olhar para a fulana, tem ódio dela estar ali ainda, de não ter ido embora, não é remorso, é que era só na hora, depois, nada feito. Remorso é coisa de Igreja, que você coloca na cabeça, eu não...".
Ou: "conheci uma maluca aí na balada, convidei ela pra ir lá em casa, quando chegamos lá ela ficou se fazendo de difícil e eu disse 'você queria o quê?' depois ela acabou aceitando... hunf, não entendo essas doidas"...

Parece tudo super normal pra muita gente, mas eu só fico pensando numa coisa: eu e ninguém ali temos nada a ver com a vida dele, não tinha o mínimo interesse em saber de nada. Não achei que ele se mostrou o "macho man" com isso, para mim, só mostrou que é muito escroto e o bom é que é um escroto/tosco assumido.

Pelo menos eu já sei que devo atravessar a rua quando o encontrar no mesmo lado da calçada (uahahahahahha peguei pesado ahahhhaahha)

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Capítulo 16: Menos Pudor ou Mais Madura?

Andei pensando sobre como vejo os homens hoje e como os via quando era adolescente.

É engraçado que eu sempre tive não sei se pudor, vergonha, desconhecimento (? rss) quanto a eles, só sei que era uma coisa mais *romântica*, uma visão mais platônica, mais *mundo das idéias* (rsss para ficar em Platão mesmo rss), era uma coisa mais de sentir no coração, vamos dizer assim.
Hoje, consigo os ver, depois de tantos milênios, como *homens*, homens mesmo, de carne e osso. Não me importo em falar que acho lindo um bumbum (mas ainda escrevo com certo pudor heheehhehe), coisa que eu acharia, há uns 15 anos, por exemplo, impensável: era só o rosto ou o conjunto da obra. Claro que garotas da minha idade na época conseguiam ver tudo isso que eu não via.
Sempre fui uma garota reprimida, mas acho que, com o passar do tempo, você vê que toda aquela vergonha de falar de certas coisas, ou pensar tais coisas - estamos falando de sexo? claro! até que enfim não é só no nome desse blog! rsss - não valem a pena. Não adiantou nada ficar reprimindo ou escondendo que se é de carne e osso, um dia os hormônios (ou a repressão? o guardar instintos, sentimentos?) explodem, cansam de serem ignorados.
Uma hora você descobre que é mulher e não tem volta.
Você vai sonhar com aqueles lábios lhe beijando - sonhar acordada.
Um dia você vai ver uma foto de um cara do cinema (Johnny Depp? rsss quem mais? rss) e pensar besteira (será que seria besteira mesmo? besteira é só pensar??)
Vai ver outros casais se beijando ardentemente e vai querer muito estar no lugar deles.

Um dia você tem que acordar e ver que você deseja e quer ser desejada.
E que não adiantou tudo o que fizeram para lhe *enclausurar*, para fazer de você mais uma mulher sem vontades, só feita para aceitar e se submeter...

Capítulo cabuloso esse...

Usei os ** porque não está funcionando as aspas aqui...

terça-feira, janeiro 03, 2006

Capítulo 15: Sou legal! Não estou te dando mole!

Existe no Orkut (sempre ele) uma comunidade com esse nome.
E tem até uma contra ela (legal o kct, tá dando mole sim!).

O interessante é que todo mundo passa por isso... pela primeira situação.
Fiquei pensando que a segunda comunidade foi criada por gente que, com toda a certeza, confundiu as coisas.
Claro, claro, sempre tem aqueles que fingem que estão dando mole, se exibindo pra pessoa e depois dizem "não, imagina! você pensou isso de mim? não!" só pra fazer um joginho sujo com os outros...

Eu me considero muito sem malícia nessas coisas, já passei por essa da pessoa achar que eu estou dando mole quando só queria ajudar, ser gentil... e é claro que tem gente que força a barra pra achar que você está dando mole mesmo... coisa que não fiz e nem percebi que a pessoa poderia me interpretar mal...

Situação 1:
estava trabalhando num lugar, faz bastante tempo, era estagiária e trabalha com pessoas importantes que precisavam ser bem atendidas - não que não se atenda bem em outros lugares, mas sabe aquela coisa de ter que perguntar se a pessoa quer um café, uma água? era assim - bem, já estava acostumada a atender a todos assim. Um dia, eu dei um deslize e chamei um senhor de 'você', ele foi estúpido comigo por causa disso... então, não podia cometer gafes como essa.
Sendo assim, um cara ligado a um dos bambambans foi até lá para resolver algumas coisas e claro que não poderia atendê-lo "menos" que os outros, poderia ir contar pro bambambam que ele estava ligado e ajudei no que ele precisou, ofereci café, tudo numa boa, apenas fui atenciosa e no final o cara estava se achando - e olha que o cara era feio pra caramba rsss - e perguntou o que eu faria no sábado (era uma sexta). Na hora eu fiquei meio sem jeito e surpresa com o descaramento do cara e falei que tinha um almoço pra ir (realmente eu tinha). E ele "ah, claro, todo mundo já tem planos pro fim de semana, deve ser a família do seu namorado, né?" e eu "É, exatamente". Aí o cara ficou na dele, mas com aquela cara de "fica dando bola e depois sai fora?"
Fiquei irritada com isso porque isso não é só a pessoa forçar a barra achando que você está dando mole, mas também ser um cara machista que acha que mulher que serve bem está ali de capacho pra ele e desesperada pra pegar um...
Homens, sempre se acham grande coisa...

Situação 2:
Um amigo, isso faz uns 3 anos, veio de longe passar uns dias aqui, conhecer a cidade e tal, ele ficaria tipo uma semana e daria pra conhecer bastante a cidade.
Concordei em ser sua guia já que trabalhava poucos dias da semana - ou era época de férias? não lembro - e fui mostrar locais como a Bienal, Masp, Museu do Ipiranga, gosto desses lugares e achei legal ir, mostrar minha cidade e bater papo com uma pessoa que eu conversava sempre.
Nunca ele me jogou uma indireta de que tinha algum interesse em mim, ainda mais porque ele era apaixonado por uma menina da cidade dele.
Lembro até de ter dito pra ele que "nasceu de 1980 pra lá, eu tô fora" (ele nasceu em 82 ou 83), era uma alusão a um carinha que tinha dado em cima de mim numa balada e que estava com o rg falsificado pra ter 18 anos rsss
Como gosto de passear, não via problema em ir nesses lugares com ele e tal, como eu disse, ele não jogava nenhuma indireta e eu só o via/vejo como amigo, praticamente um irmão rsss não sentia absolutamente nada "a mais" por ele.
Até que no último dia que nos encontramos, quando eu estava me despedindo no metrô, ele quis ficar comigo... me espantei, não esperava por aquilo, disso um "não" seco e fui embora... imagina... o cara não joga uma indireta, achei até nada cavalheiro e quer ficar comigo na catraca do metrô na hora do rush? era demais pra minha cabeça...
Era como se eu tivesse sido traida, como se a amizade que ele tinha por mim fosse só pra conseguir alguma vantagem... me senti mal com isso principalmente pelo fato dele nunca se mostrar interessado em outra coisa que não fosse conversar e conhecer a cidade.
Eu o achei tão anti-cavalheiro que não poderia imaginar que ele tivesse algum interesse em mim: ele entrava primeiro que eu no ônibus ou em qualquer outro lugar, pedia as coisas só pra ele num restaurante ou lanchonete. Tanto que eu não esqueço uma vez que o atenderam, trouxeram o que ele pediu e não me atendiam... fiquei uns 20 minutos tentando pedir, já estava até desistindo (acho que não me serviram pensando que ele tinha pedido pra mim também rss) e ele comeu todo o lanche dele na maior voracidade enquanto eu esperava pra ser atendida... achei aquilo de um total egoísmo que nunca poderia pensar que ele pudesse querer algo mais comigo...
O engraçado é que quis, depois mandei um e-mail pra ele pra ele não ficar zangado e que fiquei surpresa, ele pediu pra eu esquecer e continuamos amigos, até serviu de cupido no caso "mr. Big" e foi se afastando de mim, praticamente nem nos falamos mais.
Depois de muito pensar, não acho que foi porque ele achou que eu dei mole, acredito que ele queria um "prêmio" por cada lugar que passasse, ele iria depois a outras cidades e queria se dar bem. Uma estratégia perigosa para se usar com uma amiga.

Situação 3:
A situação 3 é o resumo de tudo que sempre acontece, você é amissíma do cara e ele começa a achar que você está confundindo as coisas. Os homens são sempre muito pretenciosos, sempre acham que quando você é uma amiga para toda hora, que dá presentes de aniversário está afim dele.
Espero um dia ter toda essa super-egoconfiança que eles têm rsss
Só espero não me dar mal por isso rs
Na verdade, nem quero... isso é coisa de egocêntrico mesmo...