segunda-feira, dezembro 01, 2008

Carrie no Divã ou Eu tenho que aprender num desses seriados de tv... 2

House, quarta temporada:
Pra não ter spoiler só vou dizer que é uma discussão do Wilson com a nova namorada dele - deixo o suspense de quem é ela pra quem ainda não viu essa temporada que deve ser uma das melhores do House!
Wilson e a namorada discutem sobre comprar um colchão novo que irão dividir, a moça gosta do mais duro, mas avisa a ele para ele comprar o que desejar... quando chegam em casa e ela se depara com o colchão que era o preferido dela, ela não gosta e Wilson diz: isso é pegadinha??? E ele diz comprou aquele porque a ama.
E ela: Comprou porque é o que você sempre faz. Com as suas ex-mulheres você fazia tudo que elas queriam, porque era mais fácil. E depois isso acabava virando ressentimento. Não se atreva a fazer isso comigo!
Wilson: O quê? cuidar de você?
ela: Você não me conhece? Eu sei cuidar de mim. Eu quero que você cuide de si mesmo!
E vai embora...

Quando ouvi esse diálogo me deu um estalo tão grande!
Foi como ouvir uma coisa que estava aqui dentro faz tempo... como se algo tivesse sido exteriorizado... não, não sou eu que sou assim...
Sinto falta do meu "penúltimo ex". Pois é, eu não sinto falta do último, Mr. Big, sinto falta do penúltimo!
Quem sabe toda a história fica chocado de me ler dizendo isso, mas é a mais pura verdade! Sinto falta dele, sim! Porque apesar de tudo de mal que aconteceu no final, as coisas boas balançam aqui: o carinho, a atenção, o afeto, as risadas, as longas conversas de horas todos os dias entre tantas outras coisas que me deixavam alegre. Ele realmente me dava atenção, coisa que não aconteceu da última vez, mas isso eu explico depois...
O diálogo acima me lembra muito ele porque ele agia assim: queria sempre agradar e nunca ser agradado. Eu fazia o mesmo que a namorada do Wilson, não aceitava ser só agradada, talvez por isso ele não conseguiu terminar comigo, ele não tinha nenhum ressentimento pra jogar na minha cara, foi mais fácil, pra ele, sumir. Ou ele iria dizer "eu não quero mais ficar com você porque você me dá apoio, tá sempre do meu lado, me dá carinho e atenção"? Lógico que não... se ele sempre "sabota" os relacionamentos quando percebe que podem ficar sérios, algo ele teria que fazer já que eu não faço a linha mandona e nem sei se realmente as coisas iam ficar sérias... eu só queria ficar mais perto, não mudar pra casa dele, pro quarto dele, pra cama dele, outra coisa que prezo muito é a privacidade, não pretendia de modo algum acabar com a dele.
Ter convivido a vida toda com um pai ditador faz com que eu odeie mandar nos outros ou dizer o que devem ou não fazer, apenas aconselho, não fico querendo um monte de coisas, obrigando ninguém a nada, fazendo chantagenzinhas, vivi e vivo tudo isso, sei como é estar do outro lado... e sei como é se sentir acoada, sem voz e sem espaço.
Daí, que ele prefere ficar sem voz para deixar ferver na panela de pressão e aí... explodir... comigo não pôde fazer isso... mas faz com as demais que ele escolhe a dedo pra poder ter motivos: ele faz tudo que elas querem, nunca mostra qual é sua vontade e fica guardando isso...pra depois ter uma boa desculpa para ser a vítima na história quando terminar - ou pelo menos ele acreditava nisso e já que escolhia
pessoas que gostam de mandar, nada mais fácil do que ser a vítima mesmo... e é aí que o outro diálogo casa tão bem com o resto:

A Sete Palmos, segunda temporada.
Claire conversa sobre seu namorado com o psicólogo da escola... Ela diz que ele (Gabe, seu namorado) precisa de alguém que o ajude a se entender na vida... e o psicólogo:

Gary: Well, it does matter. No one can ever solve someone's life.

Claire: So, basically, your job's totally pointless.

Gary: (smiles) No one but a guidance counselor, I mean.

É, foi o que pensei!
Pensei depois de muito pensar!!!
Porque quando ele terminou comigo e escolheu mais uma mandona pra ficar no meu lugar, ele sempre me procurava, queria a "Carrie psicóloga" com ele, só que aquilo estava me matando... usei uma metáfora, na época, de que eu estava segurando no abismo alguém que não queria ser salvo e por isso tive que soltar, eu estava indo junto. Afinal, ele fez a escolha dele e realmente, hoje a única coisa que consigo pensar é que no caso dele, só um especialista mesmo o ajudaria, isso se ele quisesse. Muitas vezes fico triste por ele, sinto falta dele, mas sei que não é possível justamente por isso: ele tem que se dar jeito e com a ajuda de algum
bom profissional (porque de mau tá cheio por aí e ano passado eu cai numa), eu fazia a diferença pra ele, como ele pensava tentando se aproximar de mim pra continuar o ajudando, até não esqueço algo que mexeu demais comigo, quando ele me disse que eu era a única pessoa que o compreendia perfeitamente... lembrar disso dói, porque eu o amava e ouvir aquilo me machucava porque, apesar de ele admitir isso, não queria ficar comigo, queria continuar se magoando, se ressentindo ad eternum... e eu não poderia entrar nesse círculo vicioso e continuar também me machucando, precisava, a qualquer custo, por mais que tenha me doído, sair disso... precisava respirar.
Apesar de tudo, ainda me preocupo com ele...
Talvez porque eu seja sempre assim, sempre me preocupo com as pessoas que passam pela minha vida...às vezes não queria me preocupar tanto com elas... fico pensando "por que eu tenho que ser legal e sempre aceitar os outros como eles são?
muitas vezes a própria pessoa não quer se aceitar! ou não me aceitam... me interpretam mal..."
Isso já tem a ver com o último, com Mr. Big.
Dessa vez é definitivo, não há volta, foi a segunda e última chance porque não sou minha versão novaiorquina e não vivo num mundo de glamour e fantasia para dar várias e infinitas chances...
Também me preocupava com ele, acho que todo mundo se preocupa quando se está com alguém, não tem como não se preocupar, se você gosta realmente da pessoa, quer o bem dela, que o melhor.
Dava todo meu apoio a ele, o acompanhava em todos os momentos que me eram possíveis, estava sempre ali, do lado, o apoiando, o animando, querendo sempre muito bem.
E parece que ele confundiu tudo... todo esse meu carinho, companheirismo, compreensão, pra ele, pareciam desespero...
Exatamente, pra ele, tudo que eu fiz era desespero para não ficar pra titia. Foram esses os termos que ele usou: você se apega a mim como se sem mim fosse ficar pra titia.
Bem, quando você ama alguém e está com essa pessoa você não costuma reparar em outras pessoas, costuma? Eu sou louca? Deveria flertar por aí se estava feliz? Não deveria ficar do lado dos momentos difícies de alguém que amava? Será que eu deveria também ser uma mandona e egoísta e dizer "você que se dane com seus problemas, ou você aparece aqui ou me esquece que a fila anda!"? Era isso que ele queria ouvir?
Se era, deveria ter me poupado tempo, trabalho e desgaste emocional.
Era só dizer "não tô mais a fim de você, guarda seu lado Madre Teresa pra outro!" e não dizer que pareço uma desesperada com medo de ficar pra tia... bem, se dar atenção, carinho, apoio virou desespero então eu estou agindo errado e realmente deveria ser a egoísta mandona... deve ser o que os homens querem: alguém que os despreze para eles guardarem mágoa para o resto da vida. Deve ser isso que os fazem felizes dentro de uma lógica masculina de "masoquismo amoroso". Talvez pra eles amor
só se concebe com dor, muita dor, muita insatisfação, muita mágoa e rancor e eu tenho feito papel de boba até hoje.
Sei que alguém para me dizer isso é porque se sente o último homem da face da terra, o último não com o sentido de melhor, mas o resto, o que sobrou e ninguém deve querer, só se estivesse desesperada.(é a lógica dele...)
O meu apoio enquanto ele estava hiper atarefado e enquanto eu recebia nada de carinho não contou... contou sim, como desesperada por ter me mantido do lado dele... me mantinha do lado dele pensando sempre que a vida atribulada dele era o que ele gostava e que os frutos iam fazer com que tivéssemos momentos muito bons juntos... mas ao invés de ser vista desse modo, fui vista apenas como um louca desesperada pra casar e que a idade está com seu big ben atormentando...
Se eu realmente estivesse desesperada, já teria me casado há anos!
Homem nunca faltou, afinal, desespero quer dizer que pode ser qualquer um e isso sempre apareceu...até aqueles mais asquerosos, mas se você está desesperada ele vira príncipe.
comigo não virou, não estou desesperada, só queria ser amada e compreendida e acima de tudo, queria que tivessem um pouco de RESPEITO comigo, o mesmo respeito que dediquei a essas figuras que agora ficarão por aqui "imortalizadas" nesse post - e nem mereciam.

Muita gente quando termina um relacionamento pensa "nunca pensei que ele agisse assim... o conhecia há tanto tempo...", é a gente sempre tem esperança... a gente sempre acha que as coisas vão mudar, mas nunca nós conhecemos mesmo uma pessoa, NUNCA. Mesmo que se passem 50 anos ao lado dela, você pode estar o tempo todo se enganando ou sendo mal interpretada... porque no final, você sabe, você conhecia sim aquela pessoa, só não queria acreditar. Ou, na verdade, faz como eu: aceita a pessoa com todos os defeitos dela, a compreende.
Só que ela não se aceita e também não faz nenhum esforço para lhe compreender...

Claire, só com um terapeuta mesmo...

domingo, novembro 09, 2008

Capítulo 34: o fã

Uma das coisas que eu considero como mais insuportáveis é homem-grude.
Mas não é qualquer tipo de homem-grude, não é aquele que gosta de um romantismo. Estou falando daquele que mesmo você dizendo que não tem nada a ver, está sempre "na fila", sempre ali cheio de frescura mesmo sabendo que não vai ter vez, ou pelo menos deveria saber...
Tenho um desses na minha vida, já o bloqueei por quase um ano no meu msger, já falei que não gosto dele como namorado, que não quero nada com ele, não faz meu tipo. E nada! O cara está sempre falando que sou linda, que sou a mulher da vida dele (isso porque ele mal me conhece, apenas porque gostamos do Radiohead entre outras bandas), que quer casar comigo... um chato!
Um chato porque não entende que não adianta! E quanto mais ele força a barra, mais eu sinto raiva dele, mais acho ele um pé no saco...
Eu odeio ser pressionada, dessa forma então, nem se fala.
Há dois anos, quando terminei um namoro, esse fã só faltou soltar fogos de artifício. Eu, deprimida, mal, sofria porque amava esse meu ex e o cara só ria, só ficava feliz com a minha desgraça... nesse momento peguei mais ódio dele.
Agora deve ter percebido sem eu dizer que eu e Mr.Big terminamos mais uma vez - dessa vez é definitivo, eu não dou mais chances pra ele como a minha xará rica, acabou pra mim! - ele parece que percebeu porque anda novamente me cortejando sem pudores como sempre fez e parece ter uma alegria novamente nos lábios.
Esse é o tipo de fã mais insuportável que existe, muito parecido com o Mark Chapman: só está feliz quando seu ídolo está morto.
Toda as frescurinhas deles, toda a pressão que sofro me deixam com muita raiva dele, porque ele nunca se toca, se falo a verdade pra ele (e eu sempre deixo bem claro que não tem vez mesmo) ele fica com raiva, birrinha de criança! Como me irrita!
Quando me encontra conversa comigo bem junto, quase querendo me beijar se estamos sentados do lado no metrô... é um saliente imbecil que só ganha cada vez mais minha revolta por não perceber que se quer estar perto de mim é só como amigo, não rola!
E nunca vai rolar porque se fosse pra acontecer algo, ele já estragou.

sábado, novembro 01, 2008

Trivialidade




Your Famous Movie Kiss is from Spiderman



"I have always been standing in your doorway. Isn't it about time somebody saved your life?"

sexta-feira, outubro 03, 2008

Confissões de Samantha

Todo mundo tem uma amiga Samantha, alguém que, na maioria dos casos, é mais velha e sabe mais coisas sobre o que acontece entre quatro paredes do que você.

Um dia Samantha me contava sobre alguns relacionamentos que teve com estrangeiros. Disse que saiu com um alemão e se arrependeu amargamente, chamou a transa deles de "meia ph*d@", tá certo, cara de meia idade, talvez isso influencie... (na época não tinha viagra, mas eu sei que não é só viagra que conta rs)

Só que ela me contou uma coisa que eu - e talvez muitas outras mulheres - tinha curiosidade de saber: por que eles adoram brasileiras? Olham pras brasileiras, principlamente mulatas, como se estivessem diante da mulher dos sonhos, como na frente de Afrodite?
Uma dessas brasileiras contou o segredo pra ela e eu repasso aqui hoje...
Ela estava conversando com essa moça porque percebeu que ela era bem mais jovem que o cara, bonita e todos os outros gringos invejavam o tiozão com ela do lado...
A moça casou-se com um italiano figurão - o alemão foi Samantha que passou maus bocados... mas Samantha também me disse que os italianos são só fama, nada demais...
Até ela me disse "por isso as italianas são frias e chatas daquele jeito..." é... pelo jeito não dão conta rss

Voltando a confissão que foi feita à Samantha:
Samantha com sua boa cara de pau foi lá bater um papo com a moça e a questionou se o cara era tão bom assim ou o que eles viam de tão especial nas brasileiras...
A moça respondeu:

"Eu finjo, eu grito muito! E eles gostam! Pensam que estão abafando, menina!!"

Uau!
Bela confissão! A moça disse que pra sair da lama e conseguir um gringo e ir morar na Europa ela e a maioria das amigas e parentes dela faziam o mesmo...
Agora já se sabe o "segredo do sucesso" dessas moças...

Não faria o mesmo, mas é claro que as pessoas usam as armas que tem pra se dar bem na vida, se isso é se dar bem... pra algumas é...

sábado, setembro 06, 2008

Capítulo 33: Amigas versus Namorado

Passei o mês de agosto inteiro sem dar notícias, estive com muito trabalho, ando com muito trabalho e com muitos projetos - tentando mudar minha vida profissinal.
O engraçado é quando as pessoas não querem entender isso, por mais que você explique elas não acreditam, acham que você está as evitando...
Não é a primeira vez que passo por essa situação e o mais engraçado é que em ambos os casos estava com alguém.
Acredito que, no fundo, não é porque estou ocupada dando jeito na minha vida profissional que "amigas" ficam de cara feia e começam a entrar em paranóia ao ponto de achar que as evito. Acredito sim que isso tem a ver com o fato de estar com alguém.
Não entendo esse tipo de coisa, muitas vezes as amigas torcem sempre para que encontremos alguém bacana para estarmos juntos, ficam ajudando e, depois, entram nessa de achar que "sumimos pra elas", como se fosse somente com ela o problema...
Não, não acho que é um egoísmo de amiga, não... é inveja mesmo!
Posso estar pegando pesado - e quando é que eu não pego? -, mas chegarem ao ponto de me criticarem porque "sumi" e até virarem a cara pra mim, não me parece outra coisa. Principalmente se expliquei o motivo de meu sumiço (muito trabalho, muito estudo, muitas tentativas de novos projetos e nenhum dinheiro para sair).
Eu não deveria dar atenção para isso, é o que minhas verdadeiras amigas dizem, mas se falo sobre o assunto é porque isso acontece não só comigo, como com outras pessoas. Essa coisa de amiga ou amigo ficar estranho porque você está namorando acontece muito... seja você mulher, homem...
Porque quando minhas amigas estão namorando fico muito feliz por elas, principalmente quando me contam o quanto estão felizes. Isso me alegra muito e não vejo motivo para ficar com ciúmes com inveja: quero que sejam felizes e sei que, é claro, o namorado vai ocupar mais espaço na vida delas, normal. É como a vida segue!
A pessoa de quem relato o caso, nunca me apresentou aos seus namorados, se a encontrava com um deles ela falava comigo como se ele ali não estivesse, não queria mesmo me apresentar. Não sei se achava que eu ia querer o namorado dela ou ela mesma percebia que o cara era um grande bocó que ela tinha até vergonha de apresentar a mim. Um grande bocó porque lá veio a choradeira quando terminou com cara... e falou dele realmente dizendo que ele era um crianção, bocó entre outros elogios.
Fico muito chateada quando, simplesmente, resolvem virar a cara e fingir que não me conhecem - depois de anos - isso me magôou muito, mas se a pessoa pôde (com todo meu apoio) fazer o melhor pra sua carreira, a entendi em todos os momentos - até nos que achei mais "bizarros" - por que não podem ter essa atenção comigo agora? Por que não pode me compreender? Só posso achar que é inveja mesmo...
E se não for, como vou pensar outra coisa se não fala mais comigo e não conseguiu me dar apoio?
Amigas verdadeiras eu tenho (tenho minhas Samantha, Miranda e Charlotte de verdade) e torcem muito por mim e Mr.Big, então... quem é que está perdendo mesmo uma amiga?

sexta-feira, julho 04, 2008

O encontro de Carrie pobre e Carrie rica

Fim de semana que passou fui assistir ao filme de minha amiga rica.
Tivemos uma conversa bem direta, pois o filme está passando em poucas salas de cinema agora e quando cheguei com meu amigo - fã da série também - para ver, só tinham lugares nas primeiras fileiras: conversei quase pessoalmente com Sarah Jessica Parker, afinal, eu estava na terceira fileira.

O filme começa bem para que não conhecia ou nunca assistiu a série: dá uma introdução na vida das amigas Carrie, Miranda, Samantha e Charlotte e como terminaram no final da série, só pra situar o povo... odiei que trocaram a música de abertura, na metade, por um musiquinha imbecil dessas menininhas que pensam que mandam em alguma coisa enquanto estão nos 20 e alguns (acho que era a fergie q latia um rap, ué? não é cachorra? não é assim que elas gostam de ser?), porque a fila no showbizz anda... e bem rápido!

Vou encher isso aqui de spoiler, então, não viu o filme, sorry!!!!

A história das amigas, agora quarentonas, que se reunem novamente para contar suas peripécias sexuais, suas angústias, seus medos, suas alegrias na Big Apple. A história é cheia de cenas engraçadas, acho que teve mais comédia do que nos episódios costumeiros da série.
O filme é divertido e mostra que a série daria mais pra mais caldo se continuasse, claro que poderia ficar chato e o melhor é terminar no auge.
Fiquei com medo de ver o filme, muitas críticas foram negativas ao filme. Diziam que só servia pra fazer propaganda de grifes. É, tem isso sim, mas isso já era a vida delas na série: falar de roupas, sapatos, bolsas caros, comprá-los, ganhá-los, desejá-los...
Como seria diferente se Carrie trabalhava no final da série na Vogue?
Toda a futilidade continuou lá, mas já era assim, a série teve muito destaque por falar da vida dessas mulheres solteiras depois dos 30 e quais eram os dramas dessa fase, mas nunca deixou de mostrar que futilidade faz bem a vida (quando se tem muito dinheiro pra gastar rs), dá alegria e levanta a estima.

No filme, voltamos a Carrie e seu Mr.Big, ao ouvir comentários de mulheres que não "casaram no papel" e foram largadas na rua da amargura. Carrie então conversa com Big para "formalizarem" a união.
Daí temos algumas coisas meio imbecis, como casar de noiva e ainda fazer um senhor desfile pra Vogue ($$$$$$) e na matéria ainda usarem a frase "a última menina a casar", o que a editora no filme diz ser "porque é a última chance de se vestir de noiva (aos 40) depois fica ridículo". Acho que passou dos 28 fica ridículo, mas tudo bem... essa é a Carrie rica...

Spoiler****
Não consegui engolir Carrie ficar no final do filme com Mr.Big depois que ele a abandona na igreja porque "não sei se é isso que eu quero" ah, faça me um favor!!!!
Se mata como o Ian Curtis! plis?! (post do dia 24 de junho de 2008)
Depois a Carrie ainda achou que a culpa foi da Miranda?? ah, por favor!!! Mr. Big sempre foi um fracassado de primeira... um bocó tiozão...
Não engoli esse final, se a mancada foi pequena, até tudo bem... mais uma mancadinha dele entre milhões que ele deu... mas largar no altar?? Essa é traumatizante... eu acho...
Então, os roteiristas que tivessem feito algo num grau menos frustrante...

Depois no final diz "porque não precisamos dar nome ao que sentimos" (ou seja, formalizar a união) e o que fazem? Casam no papel rss quando o jovem e imaturo Mr. Big perde medo da loba Carrie, que chorou rios de lágrimas por esse traste...
Irônico, não? Eu diria totalmente contraditório...

Charlotte, tem uma filhinha chinesa - pelo menos uma criança a menos largada a Deus dará naquele país maluco... ficou com aquele cara super horroroso e ainda engravida - tudo que ela queria.

Miranda sempre sendo a "machona" com o Steve, mas tudo bem, ficam juntos. Sempre gostei do lado desconfiado da Miranda, mas o Steve sempre foi tão apaixonado por ela que tinha raiva do jeito como ela o tratava.
Ah!Meninas! E tem umas diquinhas nesse caso de onde a mulherada erra com os homens, ah, porque a Miranda erra feio com o Steve...

Samantha que larga o marido galã de Hollywood e nem "come" o vizinho italiano... (pelo menos o nome do cara era Dante) que disperdício... a cena que eu mais esperava e nada... Samantha não cata o homem, gente! rs

Tirando a coisa da Carrie ficar com o Big depois dessa senhora mancada - mereceria ficar sem a perna pra mancar mesmo de vez... deveria ser instituido isso... - o filme é divertido e tem todos aqueles elementos que já conhecíamos bem da série.

Bem que a Carrie poderia me escolher pra ser a assistente dela... nem pela Louis Vutton, mas pelo dinheiro bom que devem pagar pra uma assistente...

Adendo**
Acredito que a melhor coisa do filme foi mostrar que não há época pra ser feliz como mulher, como no final, no aniversário de 50(!!!!) anos da Samantha.

terça-feira, junho 24, 2008

Capítulo 32: mãe versus amante

Há algumas semanas, conversava com uma amiga a respeito do rapaz do post "carrie aconselha", sobre o "mocinho" do qual falava nessa historinha. Daí, resolvi pesquisá-lo com essa amiga naquele "site de relacionamento", como diriam "orkut" na Globo.

Vasculhando o encontrei casado, pai dedicado de gêmeas, ultra-religioso - coisa que eu nem sabia que ele era... - está em sites católicos aos montes e em profissionais. Claro que fui conhecer a esposa: que fez um perfil de mulher muito feliz por ser católica e mãe dedicada.

Isso foi o mais engraçado de ambos os perfis: eles se anularam, só falam das filhas -que devem ter por volta de um ano de idade. As fotos nos perfis são das gêmeas, o que seria o nome da esposa é "fulana e sicrana, mamãe ama vocês" e tudo gira em torno das meninas, assim como as fotos são de estúdio. Existe até comunidade para as meninas e a mãe está em várias comunidades de agenciamento para propagandas etc.

Disse a minha amiga que, realmente, não era mesmo pra rolar nada entre mim e o rapaz, não tínhamos nada em comum. Não conseguiria me imaginar fazendo o papel da esposa dele: milhões de comunidades sobre mamães e bebês (principalmente "mãe: minha profissão" e outras do naipe em que se é mãe em tempo integral).

Não sei, achei tudo tão fake... tão "família dileta e feliz" uma coisa tão "minha vida são minhas filhas e a religião" e adeus casal...
Dá a impressão de se suplantar as insatisfações através de tornar as filhas famosas e tentar não pensar no que está dando errado, através da religião... ou quem sabe manter um padrão por conta da religião e aí não se sabe se isso satisfaz ou não.
Tô falando de sexo nesse último caso? Lógico!!

Eu não sou mãe e nem consigo me imaginar como uma, mas sei me imaginar como amante.
Não acredito que alguém que se dedique em tempo integral, planejando carreira de filhos e só coloque fotos de encontro de igreja seja feliz na cama...(uaaaau!!!)
Tudo, até onde sei, é pecado: "procriai-vos e multiplicai-vos" isso eles já fizeram, agora chega!

Pensei muito sobre não conseguir me imaginar ser mãe procurando receita de papinhas no orkut (é, ela está em uma) ou fazer álbuns e álbuns no orkut de meus filhos - todas fotos de estúdio...
Nunca consegui me imaginar mãe de bebês, só de filhos adolescentes, adultos - será que é porque estou tão longe dos "pequeninos" que só os imagino grandes ou porque aí eu imaginaria menos trabalho pra mim?

Sei que não sei como seria, sei que amigas minhas que têm filhos se tornaram mães babonas. Talvez, eu seria também, mas não a ponto de expô-los na internet e ficar querendo fazer uma carreira para eles.
Não iria querer meus filhos em comerciais de tv (já tô mostrando a superproteção...) e, mais ainda, não iria querer que existisse apenas a "Carrie mãe" e adeus profissão. E, o mais importante: não sei se conseguiria deixar de ser "Carrie amante".

sábado, maio 17, 2008

Capítulo 31: Da Carência ou o momento certo para James Sawyer

Conversando com um amigo que terminara de ler "Risíveis Amores", de Milan Kundera, ele diz, brincando:
"agora eu quero ser assim, sair com mulheres de dinheiro e pegar todo dinheiro delas, como o Sawyer de Lost!"
No livro do Kundera, há um personagem que vive de dar golpes em mulheres também. Se estou certa, li esse livro há muito tempo... era uma adolescente metida a intelectual - não devo ter entendido metade dos livros do Kundera, mas aprendi sobre a invasão russa à Praga em "A Insustentável Leveza do Ser"...

Era uma assunto que eu já estava pensando, não só nos caras que dão uma de Sawyer, mas nos que se aproveitam - de alguma forma - da carência feminina.
Nós mulheres somos seres carentes, eu sou e muito!
Então, eu sei por experiência própria como funcionamos: adoramos ser lembradas, receber carinho, ter algo que "motive", se isso não acontece, desanimamos, nos perdemos. Algumas são fortes o suficiente para se manterem com a cabeça fria, mas são raras, eu mesma cheguei a pensar que fosse dessas, até descobrir que quanto mais me afastava dos homens, mais ficava carente e com vontade de estar com eles...
Que meu lado Miranda era uma farsa, como a própria Miranda: que não dava o braço a torcer que amava o Steve...

Lembro de um texto de uma revista que vem com um jornal de domingo sobre mulheres aqui dessa megalópole que vão para lugares "paradisíacos" no Nordeste, principalmente, e se apaixonavam pelos ditos "nativos" da região e reclamavam como os homens da cidade era sem carinho e sem romance, havia até mulheres de outros países que eram bem resolvidas no trabalho em seus países e largaram tudo só pra viver "o amor numa cabana", parecia algo muito louco e irracional para mim.
Meu lado "não dar o braço a torcer e ser racional" queria falar sempre mais alto, um fingimento, talvez.
E eu ia ficando ali, com medo dos homens e que eles me magoassem, tinha colecionado algumas mágoas e tinha desistido de pensar nisso, queria não sofrer, ficar distante era o melhor caminho, tornar-me transparente: era o meu desejo! Que nenhum homem percebesse nada em mim... nem perceber que eu existia.
Só que nem sempre você consegue isso...
Muitas vezes a carência te pega e você fala que não vai mais aguentar... não sabe como está se aguentando sozinha...
Nessa hora pode aparecer alguém legal, como pode aparecer o inevitável "Sawyer" (ainda se fossem tão bonitos e sedutores rss). Nem sempre ele quer roubar seu dinheiro, (nem sempre você tem dinheiro rss), muitas vezes você é apenas um "prêmio". Qual homem não gosta do conquistar? Isso é até uma questão antropológica, dizem... como diria Seinfeld: "women nest and men hunt".
Homens gostam de se mostrar conquistadores aos outros,como em alguns casos (ou será em todos?) isso apenas seja um modo de se afirmar como "macho", é mais fácil usar do seu bom conhecimento sobre as mulheres (porque há homens que sabem muito bem do que uma mulher precisa e quer, isso é fato!) e ganhar todas para se mostrar o maioral do que só precisar mostrar isso a quem amam.
Essa tal afirmação pode fazer com que ele magoe várias e várias por esse caminho, mas isso também não quer dizer que magoe a nós por que amamos demais, muitas vezes até temos uma desconfiança lá no fundo de que não somos a mulher da vida deles, mas a carência não nos deixa ver isso - e muitas vezes nem queremos mesmo, está tão bom assim, porque "inventar história"? - e vamos seguindo, iludidas, mas satisfeitas com o carinho que recebemos, mesmo que isso seja apenas um técnica, era daquele carinho, daquela palavra, daquele afago que precisávamos naquele momento...
A carência, quando fala alto, nos torna presas numa teia que não queremos nos desvencilhar, queremos sim, ser presas desses "homens aranha", porque todo esse "time" que eles têm e demonstram, muitas vezes, é algo que nunca tínhamos vivido antes e, nem sabemos se vamos viver outra vez.
Nem todos os homens têm esse "time", esse "feeling", o problema é eles nunca perceberem que mulheres sentem falta dessas coisas e tentarem conversar com a mulher que amam para saber o que é preciso para que nenhum Sawyer atravesse o caminho dos dois... ter esse conhecimento não é algo fechado para poucos. É uma questão de vivência e de procurar entender melhor a mulher que está ao seu lado.

quarta-feira, abril 02, 2008

Carrie aconselha

Estava no metrô dia desses e uma garota estava aflita conversando com o amigo sobre um cara que ela estava interessada.
Cheguei a pensar em me meter na conversa e dar o conselho pra ela, mas seria meio "bisbilhoteria metida" da muita parte, né?

A história, até onde ouvi (que coisa feia tsc tsc tsc rss) era sobre uma cara indeciso, um cara que parecia interessado nela, mas que não chegava "às vias de fato". Como conheço bem esse tipo de história, queria falar sobre o que acabei concluindo dos caras que conheci que eram assim.
Lembro de ouví-la dizer para o amigo "... então é gay! não é possível!!!" também me diziam isso sobre o "u homi du radjio" (lembram desse apelidinho fofo? rss). Ele me enrolou por 2 meses (nem um beijinho rolou, o que me deixava mais frustrada), eu ficava do mesmo jeito da menina: pedindo conselhos para Deus e o mundo e alguns me diziam "esse cara é gay!".
Não sei se era e queria "camuflar" sei que um amigo mais velho foi o mais sábio e me explicou melhor a situação: "ele tem medo de se envolver e acabar tendo um relaciomento mais sério com você e não é isso que ele quer, tem medo disso... não quer perder a 'liberdade', ele é jovem demais para entender que isso não é verdade, que uma coisa não tem a ver com a outra..."
Iria dizer o mesmo para a tal menina e completar: quando o cara gosta mesmo, mas mesmo, mesmo, mesmo, ele esquece esse medo e se não esquece desse medo, é porque ele não vale a pena e não faria você feliz. Porque o medo não é um bom companheiro para ninguém...

quarta-feira, março 19, 2008

Andei pensando esses dias numa coisa que estava contando para uma amiga.
Eu contei para ela que disse ao meu último ex que ele havia sido a pior coisa que aconteceu na minha vida.
Fiquei pensando no teor de tal frase. Não que me arrependa dela, de jeito nenhum! Ele mereceu por tudo que me fez sofrer, mas fiquei refletindo como seria ouvir algo assim de alguém, deveria abalar ou fazer como ele, fingir que nada aconteceu e ter a cara de pau de tentar ainda ser meu amiguinho - falar dos problemas dele e das brigas com a namorada - por quem ele me trocou.
Mesmo tendo dito isso a ele, foi duro para que ele entendesse que não dava mais para ficar de amiguinho e eu a psicóloga.
Voltando, ouvir isso de alguém deve ser barra pesada, mesmo quando se mereça. É uma frase altamente significativa - com um signifado beeem negativo, poderia até abalar a estima da pessoa...
Como ele não tinha estima, nem sentiu a diferença, deve ser por isso que demorou tanto a cair a ficha e me deixar em paz...

quarta-feira, fevereiro 27, 2008

Capítulo 30: o menino do bandejão

Há uns dias, encontrei um cara que gostei na faculdade. Era uma coisa bem platônica, nunca cheguei nele, sempre o olhava durante o almoço do bandejão. Nunca soube se ele tinha algum interesse em mim, se sabia das minhas intenções ou achava que eu estava interessada num dos amigos dele... nunca soube e nunca saiu disso.
O revi no metrô há quase 2 meses, estava esperando uma amiga e ele passou...
Já não usava mais o cabelo nos ombros, já não parecia mais o Kurt Cobain (rs), seus cabelos loiros estavam cortados, mas seus olhos continuavam azuis, não tão brilhantes e infinitamente azuis como antes...
Olhei espantada quando o vi e pensei "nooossa, que mundo pequeno!". Já o havia encontrado em uma outra ocasião numa feira de intercâmbio e até fiquei pensando se ele tinha o mesmo gosto musical que o meu e eu nunca soube... nunca compartilhei...
Logo que ele cruzou a catraca, olhei espantada quando o reconheci (o menininho do bandejão)e pensei "acho que ele não me reconheceu: estou mais magra, menos espinhas, mais atraente do que eu era".
No meio disso, escuto alguém o chamar "ONDE VOCÊ VAI????!!! NÃO É POR AÍ!!" uma voz de mulher, irritada. Olhei para a mão dele e lá estava a aliança e a cara de bobo conformado que ele fez. Só pensei "ihh..."
Percebi que a esposa estava acompanhada por mais uma senhora e duas adolescentes, imaginei que talvez fosse a mãe e irmãs da "Courtney" (rs).
A mulher mais velha mostrava um sorriso no canto do rosto de satisfação como se pensasse "isso mesmo, minha filha! rédea curta nele!".
E ele - que ia pela escada normal ao invés da rolante, tentava se explicar, enquanto a esposa fazia cara de impaciente, saco cheio mesmo...
Naquele momento muitas coisas vieram à minha cabeça - isso foi no comecinho de janeiro e ainda muita coisa estava pra acontecer comigo...
A primeira coisa que pensei foi e se eu tivesse chegado nele? Será que eu seria hoje a sra Decepcionada Cobain?
Não sei, eu fiquei meio chateada com isso, porque me pareceu aqueles casais já de muito tempo que já não se aguentam mais... a mulher mandando e o cara cabisbaixo obedecendo a tropa de mulheres... lembrei até de um episódio de "Anos Incríveis" que Kevin deixa de namorar uma menina quando percebe que ele teria a mesma vida do pai da garota: a mãe, as filhas e a cadelinha mandam nele...
Poderia ser o contrário - também pensei nisso - ele de saco cheio saiu correndo na frente, porque realmente ele foi o primeior a cruzar a catraca e já ia subir as escadas se a mulher não dá o grito...
Fiquei pensando muito nisso... fiquei pensando que não teria a mesma liberdade que tenho hoje - talvez isso os tenha decepcionado.
Pensei se eu trataria meu marido em público da mesma forma, afinal, hoje eu acho isso tão ruim (roupa suja se lava em casa). Não consigo me imaginar de saco cheio de uma pessoa que pensei que amasse e mostrando isso pra todos e bancando a durona na frente da minha mãe (porque também minha mãe não ficaria passeando conosco, ela é muito discreta e sempre acha que casal é casal e não tem que carregar ninguém por aí).
Pode ser que eu tenha observado tudo errado também, mas pensei no porquê de tantos casais ficarem assim: entediados uns com os outros... medo!
Depois me senti bem por não ser ela e estar ali esperando uma amiga para passear. Lembrei também do show do Franz Ferdinand em 2006, na saida vi uma menina que parecia uma garota que havia estudado comigo no ginásio, mas não era, só parecia. E lembro que pensei "a fulana uma hora dessas deve estar dormindo e sonhando com os filhos", também me senti feliz por "viver" mais que qualquer outra das minhas amigas na minha idade e não ficar sábado à noite vendo tv, entediada com o marido...
Mas será que todos os casais têm que ser assim?
Acredito que não, é preciso algo para que as coisas não se tornem deprimentes... algo como uma abertura muito grande para se falar tudo e se decidir realmente tudo às claras, será que isso é utopia?

quarta-feira, janeiro 30, 2008

A volta de Mr. Big

O que estará acontecendo com Carrie?
Será que suas idéias maquiavélicas e rancorosas sobre os homens terão que ser engolidas a seco?
Com mister Big de volta, tudo poderá acontecer...

Não perca o próximo e emocionante capítulo da saga...

(Carrie cheia de gracinhas hoje...)