quinta-feira, dezembro 02, 2010

Primeira comparação Brasil-Inglaterra

Andei comparando o comportamento das inglesas quando estão em ação - ou indo pra ação - pra balada... e o das brasileiras.

Não só nesse momento, percebi qual é o comportamento "tradicional" das pessoas aqui e fiz várias comparações com o Brasil.

O que eu vejo é o seguinte, por mais que uma mulher vá para a balada ou apenas se vista para sair à rua aqui parecendo uma prostituta ninguém, eu disse NINGUÉM, se sente no direito de ir ofendê-la ou dizer coisas vulgares, gracinhas, seja o que for, toda mulher aqui tem o direito garantido de ser do jeito que quiser e ninguém tem nada com isso.

Primeira diferença do Brasil... quando é que você não sai toda arrumada para uma festa e todos os homens te olham como se você estivesse se oferecendo para eles?
Não está, claro, mas eles têm esse ranço cultural de sermos objetos do tipo "frango na televisão de cachorro" e isso não tem a ver com conquista no sentido de conhecer aquela pessoa que lhe pareceu especial. Aqui, o caso é conquistador barato, de quem acha que tudo é sua propriedade, praticamente um Bush tomando terras no Oriente Médio e se gabando disso, como se realmente isso estivesse acontecendo.

Os homens no Brasil têm essa ideia de que todas as mulheres estão à disposição deles, que se ela está bem vestida é pra se mostrar pra ele, o pedreirão na boca do lobo na rua, sim, você se vestiu toda linda para ele, E-XA-TA-MEN-TE pra ele te achar a gostosa.

Eu não sei como surgiu essa ideia ou se é uma ideia que perdura no Brasil, essa do homem achar que ser ogro é bonito, mas infelizmente tem mulher tão desesperada que entra nessa e faz com que eles se sintam um príncipe quando na verdade são grandes sapos, não só fisicamente, mas pelo comportamente que têm.

Como eu ia dizendo, as mulheres aqui adoram minissaia, mesmo com o frio e não tem porque não usarem, ninguém as incomoda, no máximo, você verá os homens dando olhadas discretas nas pernas delas, beeeem discretos.

Claro que pode ser um pouco demais, como duas que vi andando de bicicleta de saia - se usa muito a bicicleta como meio de transporte aqui, todas as idades se locomovem com as bikes.
A primeira, estava com uma saia esvoaçante, o primeiro vento e lá pro alto a saia...
E não se viu um homem ou qualquer pessoa parada olhando e gritando "êee bundão, hein?" NINGUÉM!
Ela estava de meia-calça, sempre usam com saia, e eu lembrei na hora da cena de Bridge Jones quando ela cai de bunda na câmera, foi uma visão mais ou menos como essa rs mas ninguém se meteu na história e ela continuou seu trajeto.
A outra de bicicleta estava com um saia justa, se via todo o fundilho da... meia-calça... mas é meio... complicado, mas ninguém se acha no direito de falar algo pra alguém andando de bicicleta assim na rua.

O mais interessante de tudo isso é que a mulher pode se sentir tranquila e usar o que quiser sem receio de "o mecânico da esquina vai mexer comigo, vou atravessar a rua antes de passar lá", as inglesas não sabem o que é isso.
E se um cara resolver mexer, três coisas podem acontecer: a mulher nem olhar pra cara dele, desprezo total, ela pode o xingar (se pegar um da pá virada, pode apanhar, ainda mais se for uma grandona) e ser defendida por outros homens que acharão um cara totalmente doente o que fala coisas para mulheres na rua.

quarta-feira, outubro 27, 2010

Primeira História Londrina

Para quem ainda não sabe, estou em Londres, há dois meses, e ando prestando atenção em como as pessoas vivem por aqui.

Meu primeiro contato foi num bairro distante do centro um lugar delicioso de se morar e... ter filhos!
Porque a grande maioria das mulheres por lá são donas de casa... engraçado... a gente pensa que vai chegar numa cidade como Londres e só ver mulher executiva... e o que eu mais vi nesse bairro foram mães e filhos...

A grande maioria das mulheres anda pra cima e pra baixo com seus carrinhos de bebê, alguns eu apelidei de "beliche" pq tem dois andares, pra duas crianças.

Sempre pensei que a Europa toda estivesse querendo ter menos filhos, mas vi que os ingleses não. O interessante é que a maioria quer ter filhos e não apenas um.

Percebi também que a maioria das mulheres parece bem nesse papel de mãe, parece que não estão tão preocupadas com a carreira que deixaram... talvez estejam numa de "desperate housewifes" quem sabe?

Conheci uma brasileira com filhos pequenos aqui, ela me disse que as mães das outras crianças não são muito amigas dela porque ela, como brasileira, é expansiva, e eles preferem pessoas fechadonas, como eles. E que existe um coisa meio infantil entre elas, querem fazer amizade com a mãe mais legal.
Sabe a mãe popular? parece que isso não muda...
A brasileira me contou que percebe quando uma quer ser amiga da outra, o problema é que nem sempre as crianças querem ser amigas dos filhos das mulheres que elas querem pra amigas... uma coisa meio maluca... coisa de quem parece não saiu da adolescência...
Com isso, percebi que elas têm que inventar algo nesse dia a dia dedicado aos filhos... algo próximo à idade deles...

Vendo os casais, também percebi que nem tudo são flores, apesar de ver muitos homens passeando com os filhos e perceber que eles cuidam mesmo das crianças, na maioria das vezes.
Nem tudo são flores principalmente pra muitas brasileiras que casam com estrangeiros, não só com ingleses, mas homens de outras culturas.
Essa brasileira é casada com um iraniano, criado numa cultura totalmente machista e ela me pareceu muito, muito sozinha, apesar do marido.

Não tenho certeza, mas pela nossa conversa, ela tem a mesma idade que eu, chegou cedo aqui, estudou bastante, fez até faculdade, mas se casou, teve filhos e virou dona de casa. E realmente parece tudo que ela não queria...
Ela demonstra muito querer um trabalho, porque é uma pessoa muito comunicativa, gosta de lidar com gente, não aguenta mais ficar em casa o dia todo. E aqui é cada um na sua casa e nem param para bater um papo com a vizinha.

Ela me convidou, sem o marido saber, para trabalhar como babysitter para ela, mas ela não poderia me pagar muito e não pude aceitar, era realmente muuuuito pouco, mas era o que ela conseguia do marido.
Ela me falava que seria tão bom se eu mudasse lá, porque depois do jantar, poderíamos bater papo enquanto lavávamos a louça e assistir filmes...

... daí eu pensei: e o marido? Não deveria ser ele a fazer esse papel?

Engraçado que era só eu falar que a casa onde morava o casal tinha problemas pra ela falar "quem não tem" e outra brasileira que encontrei falou o mesmo... engraçado... e o felizes para sempre?
Não, eu sei... não dá pra ser tudo um mar de rosas sempre, mas só vejo gente junta com problema...

Essa brasileira parecia muito próxima da depressão... acho que faltava carinho do marido e que ele tentasse ver que mora num lugar onde a mulher não é escrava do homem.
Ela contou que ele diz "quem sustenta a casa sou eu, eu falo o que deve ser feito, o dinheiro é meu, eu que trabalho, quem põe dinheiro aqui sou eu". Ela dizendo que não tem vergonha nenhuma de pegar roupa usava pras crianças pra economizar dinheiro e ele não vê nada disso...

Percebi que ela estava num estágio de perder a paciência com as crianças (um de 4 e outra de quase 2), porque ela não estava aguentando a monotonia do lar, queria ser livre, queria poder fazer o que quisesse, queria criar os filhos de forma diferente.

Para mim, a solução no caso dela seria voltar ao Brasil: ela tem certificados de inglês, poderia dar aulas fácil depois de 14 anos de Londres, a mãe poderia olhar os filhos, teria família pra conversar, teria amigos.
Quanto ao marido, não sei se ela tem em algum lugar.... e isso é muito triste... me parece tão frustrante...
E fico imaginando, poderia ser eu...

segunda-feira, agosto 30, 2010

Live together, die alone

Esse blog sempre teve o intuito de falar da vida da mulher solteira depois dos 30 ou daquelas que estão chegando lá.



Durante esse tempo que fiquei sem escrever, ouvi depoimentos de mulheres mais velhas que me falaram de uma outra questão. O que me contaram não saiu da cabeça e eu só pensava nessa frase título do post - de Lost.



As mulheres acima dos 50 ganham um novo dilema, foi o que conferi, seja solteira ou casada, a máxima do Dr. Jack Sheppard fica muito presente nessa fase da vida.



A primeira foi uma senhora solteira, por volta dos 78 anos que disse para que eu me "arranjasse", estava na hora, porque é triste ficar como ela, sozinha, e nunca poderia esperar nada dos sobrinhos.

Isso mexeu comigo, fiquei deprimida, pensei no assunto, só que aí vi o outro lado da história: a cunhada dessa senhora é viúva, os filhos moram muito longe e só se falam por telefone. Pessoalmente, só uma vez por ano e essa outra senhora, adoentada por conta da idade, vive sozinha na casa cheia de escadas que ela não consegue usar.

Ou seja: ela teve marido, teve filhos e também está sozinha, também se sente solitária e saudosa do tempo em que todos viviam do lado dela.



A terceira senhora, por volta dos 53, viúva mas vive com outro homem hoje. Disse-me que nunca dependeu de homem pra nada e não seria agora.

O amor acabou, apenas vivem no mesmo teto, mesmo ela sabendo de coisas ruins - envolvendo dinheiro - que esse "companheiro" fez. Por esses problemas financeiros ainda o atura em casa, mas diz que não tem absolutamente nada com ele, que não vê a hora de resolver esse problema pra que ela possa se sentir livre dele (mas se ele quiser, poderá ficar ainda na mesma casa que ela). Ela também está sozinha, e o pior: se enganando, pois disse-me: não preciso de homem pra cuidar de mim, sempre cuidei sozinha de mim e, afinal, pra que se cria um filho?



Cria-se filho para o mundo, não para ser nosso amparo na velhice. Se ele retribuir tudo o que se fez por ele, ótimo, mas nem sempre as coisas são assim, seja porque o filho não quer, seja porque ele simplesmente não pode.

quarta-feira, julho 14, 2010

Nova teoria...

Minha nova teoria parecia simples, ao meus olhos, pelo menos, mas fiquei pensando e percebi não é tão simples assim...

Vamos lá:

Quem beija mal faz tudo mal e quem beija bem... nem preciso dizer, né? Somente: UAU!!!

Mr. Big beija mal, ele apareceu primeiro por aqui, mas não é igual ao Mr. Big da Carrie Rica, é o contrário: meu ex-Mr.Big é mais novo que eu.
Já o Aidan da minha vida, que apareceu depois, é um tipo mais velho e charmoso, e beija... como beija!!!
Papéis invertidos na vida real pra mim...

Eu sempre tive uma esperancinha de que as coisas com Big fossem mudar, mesmo ele beijando mal, entende? Por exemplo: uma hora engrena... (ou cancrena... no final das contas...).
As coisas não tiveram tempo de engrenarem, mas acho que ele começou a beijar melhor nos últimos tempos.
Com certeza aprendeu comigo.

Ele sempre disse que eu beijava muito bem, assim como Aidan sempre disse isso.

A impressão que tenho com eles dois é que se você começa mal, termina mal (do beijo ao último suspiro rs). Se toda pessoa que beijar mal fizer o resto mal, isso será um grande problema e pode ser que alguém venha aqui e me diga "meu/minha namorado/a beija mal mas..."
e vou gostar de pôr minha teoria por terra.

Talvez a idade influencie: a pressão de estar com uma mulher um pouco mais velha (nem era tanto, só 4 anos), a ansiedade da pessoa, a afobação da pessoa e talvez até a experiência...

Mr. Big não me pareceu muito experiente desde o primeiro beijo e, apesar de todo amor que sentia por ele e toda as concessões que eu tenha feito, ele não parecia preparado. Não parecia realmente saber direito o que estava fazendo, parecia que estava tentando pôr em prática o que sabia muito mais em teoria...
E, eu, apaixonada, deixava as coisas passarem, mesmo quando de alguma forma ele botasse a culpa em mim.
Essa culpa em mim me encasquetou... eu beijava bem, mas não estava "contribuindo" e até o cansava????

Resolvi tirar à prova...
Parece uma coisa maluca, mas tive um novo affair com Aidan.

Aidan talvez tenha mesmo a favor a experiência: sabe exatamente o que uma mulher gosta e deseja, não precisa falar...
Tem certeza do que está fazendo (ou pelo menos é o que demonstra), em nenhum momento me disse que eu não estava "contribuindo" e que eu o cansava, em nenhum momento precisamos nos entender. Nos entendemos perfeitamente. E tudo começa com o beijo. Perfeito.

Tirando a prova com Aidan pude perceber que sim, que eu não faço nada de errado, faço certo, só talvez não fique tão a vontade com Mr. Big, por Mr. Big não ter tanta confiança em si e não ter deixado um espaço para que eu pudesse dizer do que eu realmente gosto e todas as outras mulheres (e que agora não vai mais saber, vai ter que descobrir sozinho... eu? fazer caridade? de jeito nenhum!). E talvez devesse ter tirado a prova com Mr. Big também, mas do tipo "por que você está dizendo isso? o que está dando errado? será que realmente sou eu?"

Prova tirada com Aidan: não, eu não faço nada errado, pelo contrário, sou muito boa desde o beijo rs
Mas eu precisava disso pra me sentir melhor, pra me sentir uma mulher completa.

Se a teoria é válida eu não sei... mas ficarei esperta com os próximos beijos e certa da minha competência e completude.

sexta-feira, junho 18, 2010

A Ficada

Ficar começou a ter esse nome, que eu me lembre, nos anos 90.
Quando eu era uma adolescente.
Era uma coisa nova, ainda não entendíamos muito bem como isso funcionava, fomos os primeiros cobaias dessa nova "experiência afetiva".
Claro que eu imagino que passados quase 20 anos as novas gerações estejam mais "escaldadas" quanto ao "ficar e só ficar, nada mais que ficar". Que emperrava bem o pessoal da minha geração, fã de Nirvana com cabelos cortados à la Anthony Kiedes e camisetas de flanela.
Os anos passaram e fomos entendendo direito como era esse negócio de ficar e aprendendo a lidar com esse ter e não ter alguém, ou ter alguém com você por alguns momentos...

Mas não é muito diferente do que é um relacionamento mais, digamos, sério, é?
Afinal, você também passa alguns momentos com alguém...
Dizem que a diferença é amar, estar apaixonado um pelo outro.

Vendo os adolescentes de hoje tão descolados na arte da ficada fiquei pensando, para eles parece mais simples, ficou e acabou. Talvez não seja, só dê essa impressão.
Mas observando bem, comecei a pensar em carência afetiva, algo como querer matar uma carência por alguns minutos.
Quantas vezes não temos carinho de ninguém e naquele momento temos um abraço gostoso, quente e proveitoso?
Um se sentir bem sem compromisso, como se fosse um alívio para uma pressão, um estress, uma dor no peito, um vazio...
Acho muito válida a experiência, é quase como aprender a se sentir bem, se deleitar com o outro, mas sem precisar ter cobranças futuras.
Quase um amor livre? Pode ser...

Já tive uma época em que achava que não dava pra ficar só por ficar, tinha que estar realmente interessada na pessoa, mesmo que não fosse isso que o outro pensava... e sofria.

Um dia, desencantada com um final de namoro que me deprimiu, um rapaz no trem, sentado no banco que fica de lado e eu na janelinha, percebi, pelo reflexo do vidro, não tirava os olhos de mim.
No começo achei engraçado, um garoto... será que estava mesmo olhando pra mim ou era só minha imaginação?
E realmente ele continou a me olhar até que puxou conversa. Por ele, teria me beijado ali na frente de todo mundo, na hora, eu não aceitei, claro, seria modernidade demais pra mim...
Queria saber minha idade, eu perguntei se importava, eu já com 31 ou 32, ele disse que não e que ele tinha 21 ou 22, não lembro.
Ele desceu na minha estação passou a catraca e ficou comigo, ali na plataforma de espera dos ônibus, perdeu o outro trem que ele teria que pegar.
Adorou meu beijo, adorou meu jeito. E eu como estava meio com a estima baixa me senti feliz, foi como acordar para a vida novamente.
Ele pediu meu telefone, marquei na mão dele, mas sabia que ele não me ligaria.
E não me importei, valeu por aquele momento de troca de carinho e por me sentir uma mulher desejada de novo.

quinta-feira, maio 27, 2010

Capítulo 40: beleza é fundamental?

Lembrei de uma coisa engraçada...
Dia desses peguei um ônibus com uma amiga, passávamos pela Consolação (não, não foi na Quinta Avenida...) e dentro deste ônibus havia um rapaz que eu conhecia da época da faculdade.

Nunca fomos apresentados, na verdade, ele sempre pegava ônibus no mesmo ponto que eu (como o Nerd, lembram dele?). E eu percebia que ele estava beeeeem a fim de mim, mas eu não dava bola pra ele, achava-o super novo - era calouro - cheio de espinhas e eu sonhava com um cara que era apaixonada ainda... (e que era um deus grego!), mas que só me enxergava como amiga e eu já havia perdido o contato... mas sonhava, iludida, que o reencontraria o mais breve possível...

O rapaz estava sempre me olhando, dava umas olhadas de "seca pimenteira" e eu desfazendo do coitado... um tempo depois, ele começou a namorar uma menina da mesma faculdade que eu. Ele adorava passar por mim pra mostrar que tinha namorada e parecia dizer "entra na fila!", mas eu não estava nem aí, achava bom por ele e continuava na minha ilusão.
Mesmo assim ele continuava de olho em mim...

Ao encontrá-lo no ônibus, sem espinhas, achei muito engraçado tudo aquilo... não sei se ele me reconheceu, pode ser. Mas eu assustei de vê-lo, tanto tempo depois, num ônibus.
Disse pra essa minha amiga que contaria a história e estava devendo há muito!

Só que minha ilusão pelo "Fenômeno" (ele tem o mesmo nome) era muito grande.
Eu tinha aquela ideia de que pra amar teria que ser um cara lindo, maravilhoso, de babar, ninguém chegava aos pés dele...
Perdi várias oportunidades na faculdade, havia outro bonitinho que parecia interessado e eu nem aí também, colocava defeitos do tipo "ele tem perna fina"... é, o outro tinha pernas de jogador MESMO...
E eu fui continuando iludida por anos (sério!!), eu não sei o que deu na minha cabeça naquela época... sei que achava que não havia ninguém que pudesse ser melhor.
Hoje fico pensando o quanto essa paixão platônica me consumiu, quanto eu perdi tempo com aquilo e quanto me iludi sem motivo algum - nenhunzinho!

Sei que a maioria das meninas, adolescentes, sempre sonham com o cara da capa da revista, da série, da banda preferida e acho que eu passei muito tempo assim.

Depois de muito tempo, quando se amadurece, é que se percebe que beleza não é tudo - claro, você sente atração pela pessoa, pelo físico -, mas não a enche de defeitos e aceita que você também não é uma deusa grega...

Essa fase de ilusão é comum, acho que faz parte da vida feminina: do príncipe encantado para o homem comum. Fase que eu demorei a sair...

O importante é não achar que todos são sapos... mesmo que passem alguns ogros por nossa vida.
Acho que a Bela e a Fera queria dizer isso, só agora entendi rs

sexta-feira, abril 23, 2010

Capítulo 39: Amor e/ou Sexo

Você sabe separar essas coisas?
Você consegue transar sem amar?
Você consegue amar sem transar?

A última é a mais simples, amor platônico é o que mais temos... mas será que ele só se "consome" assim? Será que é primordial esse encontro dos corpos no amor?
Ou antes: sexo é primordial?

E o mais importante: você consegue desvincular uma coisa da outra?
Se você disse sim a essa última pergunta: Parabéns!!!
Mas... assim... você não se apega nem um tantinho à pessoa? Não tem vontade de ficar mais um pouco com ela, não sonha com "algo mais"? Se desapega mesmo? Facinho?
Poxa! Parabéns, de novo! Você é um/a bravo/a...

Talvez, pelo menos é o que dizem, isso é mais fácil para os homens e a maior parte dos que leem esse texto devem ter dito sim... Se essa teoria for verdadeira...

Só que eu queria saber como é estar com alguém só por sexo...
É fácil não falar sempre com essa pessoa, é fácil não esperar nem uma ligaçãozinha, um sms ou qualquer coisa? É fácil não sonhar em querer mais e sempre essa pessoa?
Mas querer e sonhar com um tom mais romântico mesmo...?

Pra mim é uma relação extremamente de "apego". Não desvinculo uma coisa da outra e talvez por isso, muitas vezes, sofra tanto. Por menos que eu goste, eu acabo me iludindo, sou uma iludida convicta e inveterada, uma iludida e inveterada no amor...

Fico pensando se não há uma diferença muito grande em "fazer amor" e "transar", fico pensando que fazer amor é melhor, é mais sublime e, claro, dói mais quando não se pode ficar com a pessoa... mas não consigo me desapegar, então, pra mim, sempre será amor.

Não é o que o outro pode pensar e nisso, em andei comparando, sim! Eu comparei, tentei medir o que um que não me amava fez com o que me amava e a diferença foi gritante.
Não que um é melhor de cama que outro, não é isso, é diferente!
Os sentimentos envolvidos são diferentes, mesmo que eu esteja apaixonada em ambos os casos, mas com a pessoa vai acontecer diferente, vai encarar diferente.
Sem amor você tenta ser o bom, mostrar seu potencial, coloca-se uma máscara, o do bom amante, o próprio Dom Juan.

Com amor é uma questão de aprendizado, de se descobrir o outro e com o outro... não há máscaras, há entrosamento aos poucos, se escancarar e mostrar que quer, de alguma forma, aprender.

Aprender a amar ainda mais o outro, fazer feliz, ser feliz. Não só ali, naquele momento, mas devagar e sempre. Olhar nos olhos do outro e se reconhecer e se hipnotizar...

quarta-feira, março 10, 2010

Felizes para Sempre?

Tenho pensado muito nesta questão do amor, sempre penso muito nele, mas na questão do "felizes para sempre", isso realmente existe?

Há coisa de quase dois meses, faleceu uma tia da minha mãe, uma senhora de mais de 80 anos. Um docinho de pessoa, muito fofa!
O marido dela é vivo e também é uma pessoa adorável que estava totalmente inconformado no velório e enterro...
Depois de mais de 60 anos de casados deve ser muito duro perder a companheira de uma vida toda, pois passaram mais tempos juntos do que solteiros... assim como meu avós que chegaram aos 51 anos de casados e me lembro também da tristeza que abalou meu avô.

Lembro do meu avô falando o quanto minha avó era linda quando jovem, o quanto a amava e a admirava por tudo que passaram juntos com 8 filhos - 1 falecido com dois meses na véspera de Natal - trabalhando na roça de cana no interior de São Paulo.

Vendo casos assim fico sempre pensando se isso existe mesmo... se o amor pode mesmo durar e ultrapassar anos e até a morte. Se existe tanto amor assim...
Acredito que exista vendo a dor desses senhorinhos tão fofos e que, com certeza, não foram homens tão modernos com suas esposas, mas que as amaram do jeito que sabiam e do jeito que a época obrigava a ser.
Espero um dia ter essa mesma sorte (talvez eu já tenha, mas não é para esse momento).
Espero um dia cantar When I'm sixty-four com este pessoa... daqui há quase 29 anos... e outros 29 se puder...

Às vezes penso que esses casamentos só deram tão certo porque a época exigia que dessem certo, acho que as pessoas tinham uma dose maior de paciência com o outro (principalmente as mulheres e aceitavam até como sina, com resignação) e até compreensão... quem sabe?
Acredito que às duras penas serviam pra enxergar melhor a pessoa que você tinha ao lado e a vida ensinava às pessoas a serem mais obstinadas (ou conformadas?) em que desse certo.
Se fosse só ser conformada ou ver como sina a relação esses homens não sentiriam essa dor tão forte, não lembrariam de suas esposas com tanto amor nos olhos embargados de lágrimas e o coração tão triste.
Duas cenas também se repetiram com esses senhores: os dois me mostraram a foto do dia do casamento deles com uma alegria juvenil, como se estivessem me mostrando a coisa mais importante da vida deles, o tesouro que ganharam e com eles contruíram um vida. Talvez dura, difícil, cheia de necessidades, mas com amor genuíno e verdadeiro, simples e feliz à sua moda.
Não vou esquecer esses porta-retratos que eles levavam junto ao coração para me mostrar a grande alegria que viveram.

sexta-feira, fevereiro 05, 2010

Capítulo 38: da traição

Relações amorosas são difíceis.
Tenho uma grande propensão - como já perceberam - a ser pessimista com elas, ainda mais quando converso com dois amigos no mesmo dia e um, depois o outro falam em traição...

O primeiro fala que viajou com os amigos e ficou com outras garotas na viagem, voltou e disse para a namorada que não rolou nada além de muita bebida, nada de garotas...
Começa a me dizer que não está tão afim assim da menina, a namorada, que vai ficando, passando o tempo...
Tudo bem, passe o tempo, mas seja honesto: é só sexo, ok?
Não seria mais justo?
A menina parece muito apaixonada por ele...

Depois outro vem me falar que todos os amigos dele - eu não perguntei nada! - traem as namoradas, não conhece um que não faça isso - só não falou dele próprio rs
Afinal, por que isso? Qual o sentido de estar com alguém que não te "satisfaz" plenamente?

Eu sei, muitas vezes as coisas podem acontecer sem se esperar, por carência ou qualquer outra coisa, mas quando se começa a trair compulsivamente, quem realmente está sendo traído?

É difícil para mim falar sobre esse assunto do ponto de vista dos "traidores": nunca trai, já fui traída, sim e não vou ficar dizendo que a culpa é dos homens que só eles fazem isso... não vou ser sexista, mas dois amigOs vieram falar isso pra mim num mesmo dia! Falar sobre homens que traem... será que as mulheres escondem isso até das amigas, por isso fica difícil falar em traição feminina?
Quem sabe?
Eu que não vou ficar do lado de ninguém. Só sei que ser traído é uma coisa difícil... você fica se perguntando por quê e não descobre... talvez nunca descubra, talvez a própria pessoa não saiba porque fez isso com você...
É difícil perdoar, nunca me pediram pra perdoar então não sei se perdoaria...

Sei que muitas vezes me sinto traída, mas não porque houve uma traição propriamente dita, ser trocada por outra/o. Mas é sentir assim quando a pessoa não fala o que realmente sente, o que realmente quer, não se abre, não compartilha e depois deixa as coisas chegarem aos seus ouvidos por outras pessoas. Isso também é traição.

Ou quando a pessoa diz uma coisa e faz completamente outra... me sinto enganada, me sinto triste e frustrada quando penso que fiz uma escolha consciente e o outro não fez... apenas está "passando o tempo" ou fazendo eu perder o meu precioso tempo...

Seria mais fácil dizer: estou passando o tempo, é só isso, tá bom?
E eu diria se quero continuar passando o tempo ou gastar meu tempo de outra forma...

Não precisa haver exatamente uma "traição física" para nos sentirmos traídos. E talvez essa seja uma traição ainda mais triste e difícil de se "aguentar": ignorar o outro.

quinta-feira, janeiro 07, 2010

O Top do Relacionamento

Esta semana estava conversando com um ex, sempre conversamos, acabamos por ficarmos, digamos, amigos.
Claro, não vou mentir, se as coisas fossem diferentes eu ficaria com ele no final rs tipo filme, mas não é assim, ele não é Mr. Big e graças a Deus não existe um traste daqueles na minha vida - ou será que esse é o meu traste tipo Mr. Big???? Gente!!! Verdade!!! rs
Talvez seja mesmo... se eu sofri o que sofri por ele e digo "se as coisas fossem diferentes eu ficaria com ele..." é porque é grave!
Não, não é grave! É quase grave rs
Eu não desfiz meus planos por ele. Os meus planos com ele teriam que ME englobar nos planos dele, ou seja, teria que ser também os "planos de Big com Carrie" não só de "Carrie com Big"... tem que ter sempre reciprocidade!!!

Voltando.
Nessa conversa ele fala dos relacionamentos que não dão certo e pensa no que ele faz de errado. Quando me cito, ele diz que nós poderíamos ter dado certo (bem, alguém atravessou nosso caminho), segundo ele, tínhamos afinidade e diálogo...

Aí fiquei pensando nisso:
Caramba! são duas coisas primordiais num relacionamento! Se tínhamos isso o que foi que deu errado? Será que tudo isso não é tão importante assim?

Resolvi fazer uma enquete no twitter, infelizmente só mulheres me responderam, o único homem que respondeu foi outro ex e prefiro não contar a resposta dele, também foi meu ex, não é verdade? Seria pessoal demais!
Daí perguntei: na escala de 1 a 10 (1 sendo o melhor) em qual posição ficariam essas duas coisas (diálogo e afinidade).
Três garotas me responderam assim:

Zandali:
Diálogo 1 - Afinidade 2;
e em terceiro ela diz que é senso de humor: "adoro homens que me façam rir!"

Azanharangel :
Diálogo 1 - Afinidade 3

Garota no Hall:
Diálogo 2 - Afinidade 3

Percebi que SIM! essas duas coisas são realmente muito importantes e eu não sei onde ele vai achar outra em que ele possa ter isso tão claro... (perdeu, playboy! rs)

Bem, se alguém quiser mandar seu "top 10" ou "top 5" fique a vontade nos comentários.
As meninas que quiserem completar o ranking também.

E aqui vai o meu top 5, apesar de achar difícil enumerar porque há coisas que são tão importantes quanto outras...

5 - Companheirismo;
4 - Compreensão;
3- Afinidade;
2 - Diálogo;
e o número 1 é o que mais faltou nos meus relacionamentos e é a coisa que mais preso e não tive reciprocidade:

RESPEITO!