quarta-feira, dezembro 20, 2017

Mr. Big - Uma nova recaída

E eis que eu não falo dele há anos por aqui, tinha ficado feliz de ter até esquecido o dia do aniversário dele, só lembrei meses depois e isso foi ótimo! Porque, afinal das contas, eu tinha esquecido que ele existia! Mas então ele ressurge...

Totalmente sem querer, diga-se de passagem, não esperava "revê-lo", entre aspas porque não o revi pra valer, só virtualmente.
Fui avisada por um amigo de uma situação chata que aconteceu a Big e não tive jeito de não falar com ele, mesmo que pela internet. A conversa não foi prolongada, não trocamos grandes palavras, mas minha carência (deve ser culpa dela) falou mais alto e eu fiquei com pensamentos românticos por Big. Não houve nenhuma demonstração da parte dele de que poderíamos reatar a amizade e isso virar algo mais, isso foi só na minha cabeça. 

Cabecinha sonhadora, que não sabe o que fazer a não ser sonhar, sonhar, sonhar... 
Cada sonho tão bonito, tão perfeito!
Uma tristeza porque, afinal de contas, ele tem a vida dele assim como eu tenho a minha, só que a dele deve ser muito mais resolvida do que a minha e talvez mais animada também.

Enquanto eu fico aqui com medo dos homens e não sigo em frente, prefiro recaídas com quem já conheço pois é muito mais confortável, talvez essa seja a questão.

Infelizmente não sei o que fazer além de sonhar e saber que não serei correspondida porque se fosse pra ser correspondida já teria sido ou pelo menos a conversa não teria um ponto final e sim, uma vírgula. 

Ou seja, não seria curta e grossa da parte dele, ele esticaria a conversa, daria uma nova chance a nós.

Daí resolvi escrever tudo isso aqui, acho que desabafar faz bem, espero, pelo menos desabafando eu fique melhor e saia deste estado de romântica sonhadora... que não ganha nada com isso, só acaba sofrendo vendo que os sonhos não se tornam realidade...

sexta-feira, setembro 22, 2017

Da diferença de idade

Você fica mais madura e às vezes não percebe que a passagem do tempo pode ser cruel na sociedade na qual vivemos.

Uma mulher madura não é tão bem vista como era por Balzac, muito se tenta colocá-la para baixo, mesmo que alguns  produtos de beleza façam comerciais de TV dizendo o contrário. 

Sempre dizem que você não tem mais chance para ser feliz, que seu tempo passou. Quando isso não é verdade: enquanto se está viva, há um raio de esperança, o brilho do sol todo dia dizendo que não, que não é isso que devemos aceitar como regra.

Uma mulher madura deve se apaixonar por caras da sua idade, só que na maioria das vezes ou estão casados ou preferem ser o adolescentão pra sempre. É isso o que a mulher enfrenta hoje e se ela se apaixona por um cara bem mais novo? A sociedade não aceita, às vezes o próprio "novinho" não aceita a ideia ou só consegue lhe enxergar com a amiga querida.

A amiga querida para todas as horas, principalmente as mais complicadas, aquela que resguarda seu amor e engole a conversação sobre a namorada perfeita, ou quase perfeita. E você fica pensando "ela não é boa o suficiente pra você! Olha eu aqui!"

A verdade é aceitar que ele não está interessado e lhe enxerga de outra forma e assim seguir sem dor; mesmo que doa, não sofra. Pense que só a amizade já é uma grande coisa, apesar de se lembrar de ter tido conversas olhos no olhos e ficar embebecida, ter se perdido nesse olhar.  Se perder nos olhos do outro é mágico, parece até hipnose e você torce para não acabar esse momento.

É hora de curtir uma tristeza, mas também seguir em frente... 
Se apaixonar por outro novinho? Não sei, quem sabe? A vida não pode ser regida pela ideia de que isso é proibido, mas sim que, no amor, vale tudo e a idade, a madureza, não nos impede de nada.




Ao som de Noel Gallagher's High Flying Birds

quarta-feira, março 15, 2017

à beira do precipício chamado 30 anos

Já vivia essa fase e sei perfeitamente como é estar à beira dos 30 anos.
Espero que nem todas as mulheres nessa beirada sintam a mesma coisa que eu e algumas mulheres que conheci sentiram: o medo de ficar sozinha porque se chegou ou se está chegando aos 30.

É uma fase dura para muitas mulheres, principalmente se está sozinha. Ao invés de refletirmos o que fizemos de legal até aí, pensamos o contrário, pensamos no que não fizemos: não casamos, não temos filhos. Parece se tornar necessário nessa idade pensar exatamente isso, pensar que se está perdendo tempo, quando na verdade não é perda de tempo se você aproveitou bem até aí e pretende aproveitar mais ainda! Mas vejo a maioria das mulheres se desesperarem, pensarem que não tem volta, que é agora ou nunca e acabam se interessando pelo primeiro cara que aparecer pensando ser o príncipe perfeito e fazer planos sozinha, ilusões que não vão se concretizar porque o cara, simplesmente, não tem problema se está com 30 ou 40, a vida pra ele sempre está a favor. 

Infelizmente, para os homens qualquer idade é idade, em nossa sociedade machista o homem sempre tem a vez pra tudo, sempre é a vez dele, nunca ele perde a vez e assim por diante. E até aquele cara que você vê que não serve pra nada tem vez, mas você, linda e maravilhosa está só... já senti isso, já pensei: até aquele cara está com alguém e eu não??!! 


Um exemplo que estou vendo acontecer ao meu lado. A garota está com 29, o namorado com mais de 35 não trabalha a mais de 2 anos. Vive às custas do pai que o trata como o bebezão querido. O cara só se mexe para ir aos jogos do time de futebol pelo qual ele é fanático. Ela trabalha, acorda cedo, pega metrô lotado pra ir e pra voltar, faz inglês à noite, já fez faculdade e espera incansavelmente pelo dia que o namorado vá se mexer, vá trabalhar. 
Ele fez um curso técnico, não deu certo na área e não quer saber de qualquer outra coisa, só queria naquela área e acabou. Vive de brisa, o pai aceita e ela, pela "idade chegando" também não faz nada. Melhor um traste na mão do que estar voando sozinha por aí. É a mentalidade de muitas garotas ainda, infelizmente, a de que sozinha não pode ficar. Imagina, dar o fora num preguiçoso doente por futebol! Imagina o que as amigas vão pensar! Imagina como não vão falar que ela não vai conseguir mais ninguém porque está chegando nos 30! Imagina!

É melhor continuar assim e mostrar pra todo mundo que tenho um homem ao meu lado (mesmo que seja um preguiçoso) do que terminar e ir curtir minha vida.

Ela comprou um terreno com ele numa cidade ao redor de Sampa, dinheiro do pai dele e do suor dela. Fico só imaginando o casamento como será depois que o pai dele morrer: ela sustentando casa e filhos e ele vendo programa que fale de futebol na hora do almoço.

Passei por essa fase e sei que não vale à pena se agarrar a alguém que não está na mesma sintonia de vida que a sua, não adianta querer porque querer que dê certo e não fique sozinha, não adianta fingir que está tudo bem para os outros se até sua mãe fala que o cara não quer nada com nada.  Simplesmente não adianta forçar porque se chegou aos 30. 
Viva sua vida intensamente e esqueça a idade, se o cara certo aparecer e você tiver 50, lembre-se que viveu os 50 anos mais legais de sua vida! E não seja preconceituosa e pense: com 50 estou acaba, porque não estará, se quiser não estar acabada, senão, com 30 estará acabada e com 50 morta.

É fácil falar?
Super fácil! 
Mas estou solteira aos quase 42, sinto falta de ter alguém pra valer? Sinto, mas não vou mais fazer a mesma sandice de praticamente pedir para que o cara fique comigo porque estou com 33, foi um dos anos mais infelizes da minha vida, amorosamente falando.
Pense que é só um número e se você quer engravidar e pensa que depois não dá mais, se acalme, você só terá da vida o que for melhor pra você, desde que tenha calma e muita confiança e respeito em si mesma!

quinta-feira, janeiro 12, 2017

"Advice for the Young at Heart"

Duas adolescentes vieram me falar sobre os sentimentos que têm por dois garotos. Achei muito engraçado que tanto uma como a outra disse a mesma coisa para mim: sou muito nova para namorar, preciso estudar.

Já tive a idade delas e também já falei a mesma coisa e vendo pelo prisma de quem tem quase 30 anos a mais que elas, eu digo: estude, mas vá namorar! Se permita!

Eu falo por experiência, experiência de quem preferiu estudar e acabou estudando muito, sendo a melhor da sala, mas a que nunca tinha sido beijada. Não vale a pena perder a adolescência, uma fase que considero de se experimentar o mundo, só estudando. Sei que é importante estudar, mas tudo tem que ter equilíbrio. Eu não tive e isso hoje me faz falta.

Acredito que se tivesse me permitido mais na adolescência teria sofrido menos com os caras que conheci na fase adulta. Teria tirado eles de letra! Não tinha ficado traumatizada com uns e sonhando com outros. Teria dado um basta e seguido em frente!

Acho que a adolescência serve exatamente pra isso: pra começar a ficar esperta e não sofrer para sempre com o amor. Sei que é duro ficar apaixonada e ficamos cegas, mas isso não é só na adolescência, é em qualquer idade... 
Fortalecer-se na adolescência deve ser muito mais proveitoso do que chegar à fase adulta e estar totalmente sem experiência, sem manha, sem "descolamento".

Sofreremos por amor na fase adulta, sim, mas com o alicerce construído na fase adolescente, deve fazer um bem maior, o bem de ter experimentado sentimentos numa fase em que os hormônios é quem pensa e passar assim a desfrutar melhor da vida adulta. 
Pelo menos eu acho...

Falo como aquela que não experimentou o ficar adolescente (e foi na minha época que isso começou, o "ficar" ou pelo menos com esse nome, começou nos anos de 1990), mas só depois e ficava esperando uma ligação, não aprendi, por exemplo, que eu não deveria esperar com ansiedade, eu não vivi antes e não entendia por que não me retornavam... não entendia que era apenas ficar, que não era pra sempre e pra sempre, sempre acaba, não é mesmo?
E fico imaginando que se tivesse me jogado mais na vida adolescente, menos eu sofreria quando adulta...

A verdade é que fiquei quieta, não disse o que penso às duas meninas, porque sei que elas são de uma outra geração, muito mais desencanada que a minha e torço para que elas tenham uma vida em equilíbrio entre amor e estudo, amor e trabalho e assim por diante.