sexta-feira, dezembro 18, 2009

No divã com Dr. House Martin

Semana passada fiquei muito irritada em uma consulta médica.
Sentindo uma dor frequente na cabeça, na parte de trás da cabeça, mas só quando eu lavo a cabeça ou ponho a mão exatamente neste lugar que eu sinto a tal dor, resolvi ir ao médico ver o que era...
Já pensava em tomografia ou coisas do tipo...

Depois de esperar duas horas para ser atendida, vendo que todos os pacientes demoravam no consultório, comecei a achar que se tratava de um médico bom, detalhista.
Sonho meu!
Ele ficava era batendo papo com os pacientes e nem se levantava para chamar os pacientes ou mesmo pra examiná-los. Não saiu da cadeira pra nada.

Quando entro no consultório começa a minha raiva: o médico me paquera!!!
Um senhor de mais de 50, com aliançona no dedo e perguntando coisas da minha vida... perplexa...
Claro, ele começou fingindo ser um bom médico: você já fez alguma cirurgia na cabeça, já sofreu algum acidente que tenha batido essa parte da cabeça? Você bebe? Fuma?
E eu sempre respondendo: não e aí... a pergunta:
Você tem namorado? Há quanto tempo está "sem nada"?
Como uma moça bonita como você está sozinho e sem nada? Você chama a atenção...
Minha resposta foi a timidez, me senti tão mal... o que tudo isso tem a ver com a dor na cabeça?? E a coceira nos pés que não param? Algum remédio?
E ele: então você é difícil ou chata. Ainda mais professora de português.
Porque, você sabe, homem é tudo safado, não importa se é timida, ele vai se encostando...

NOOOJOOO!!!

Meu, esse homem é Freud? E se fosse, não precisaria fazer um acompanhamento longo para saber do que está falando??? Acho que Freud também não seria tão indelicado e safado!!!!
Como um médico pode ser tão anti-ético? Como ele pode achar que minha dor é só um "ponto de dor" por conta dos remédios que tomo ou tensão? Tensão por falta de homem, era isso que ele queria dizer...
Como alguém pode falar assim sem ler um histórico do paciente ou sem nunca ter me consultado?
Que preconceito é esse? Que "oferecimento" é esse?
Bem, então é assim: qualquer dor que eu tiver agora não é nada, é falta de homem!
Sem mesmo saber quais são minhas escolhas e meus planos de vida... definitivamente, não era nem Freud nem House...

quarta-feira, novembro 11, 2009

Cair na real 2: a missão

Muitas vezes acreditamos que as pessoas realmente são sinceras e, nestes casos, acabamos por acreditar nelas.
Só que aí vem o baque: era tudo mentira, era só um meio de ficar bem, fingir ter a consciência tranquila e, frente aos amigos, passar a imagem de "eu fui perdoado e vou ser sempre perdoado, seja qual for a merda que eu fizer!".

Acho que tenho muita paciência com as pessoas, apesar de ser uma ariana explosiva, mas tudo tem limite. Fico querendo sempre crer que posso ser amiga de ex, no entanto, isso não dá muito certo. Tenho uma boa amizade com um deles - claro que como grande paixão da minha vida eu fico meio tendenciosa -, mas é sempre algo afastado e não me deixo "contaminar".
O problema é quando você pensa que realmente pode ser apenas amiga e a pessoa se aproveita. Acha que pode te esnobar sempre por conta disso, acha que sempre vai ter meu perdão.
Meu perdão acabou...
Como eu sempre digo no twitter: CSL, Cansei de Ser Legal. E acho que finalmente eu cansei MESMO!
É bom continuar falando com pessoas com quem se teve algo em comum e que foram coisas boas, desde que haja respeito e sinceridade.
De gente falsa, mentirosa, arrogante que vive de máscaras para parecer o que não é eu estou cheia! E não vai ter e-mail que me faça mudar de ideia porque dessa vez foi sério demais.

Eu tenho sempre que cair na real e espero que dessa vez seja pra valer, porque, perceber o quanto fui tratada como um nada e achar que mudaram quando pedem desculpas era tudo mentira da grossa! A mais sórdida mentira...
E, convenhamos: se alguém te trata como um nada quando deveria ser muito importante não vai mudar de ideia "só" quando é seu amigo, vai sempre se aproveitar até que a fonte seque.

A água acabou!

domingo, outubro 25, 2009

Conselhos bons ou não?

Recebi esta listinha por e-mail, algumas coisas eu concordo, outras, não.
As que concordo fiquei pensando "se eu tivesse lido isso antes..." mas depois percebi que muitas vezes não adianta lermos, sermos aconselhadas antes. A gente tem que passar pelas coisas pra sentir e saber que realmente não ia dar certo.
E todo mundo tem isso um dia, não acreditar e ter que sofrer, só depois de sofrer aprender a lição.
E espero agora tirar dez e não mais errar!
Destaquei a que mais tem a ver comigo.

"-Se um homem quer você, nada pode mantê-lo longe.
-Se ele não te quer, nada pode faze-lo ficar.
-Pare de dar desculpas (de arranjar justificativas) para um homem e seu comportamento.
-Permita que sua intuição (ou espírito) te proteja das mágoas.
- Para de tentar se modificar para uma relação que não tem que acontecer.
-Mais devagar é melhor. Nunca dedique sua vida a um homem antes que você encontre um que realmente te faz feliz.
-Se uma relação terminar porque o homem não te tratou como você merecia, "foda-se, mande pro inferno, esquece!", vocês não podem "ser amigos". Um amigo não destrataria outro amigo.
-Não conserte.
-Se você sente que ele está te enrolando, provavelmente é porque ele está mesmo. Não continue (a relação) porque você acha que "ela vai melhorar".
-Você vai se chatear daqui um ano por continuar a relação quando as coisas ainda não estiverem melhores.
-A única pessoa que você pode controlar em uma relação é você mesma.
-Evite homens que têm um monte de filhos, e de um monte de mulheres diferentes. Ele não casou com elas quando elas ficaram grávidas, então, porque ele te trataria diferente?
-Sempre tenha seu próprio círculo de amizade, separadamente do dele.
-Coloque limites no modo como um homem te trata. Se algo te irritar, faça um escândalo.
-Nunca deixe um homem saber de tudo. Mais tarde ele usará isso contra você.
-Você não pode mudar o comportamento de um homem. A mudança vem de dentro.
-Nunca o deixe sentir que ele é mais importante que você... mesmo se ele tiver um maior grau de escolaridade ou um emprego melhor.
-Não o torne um semi-deus.
-Ele é um homem, nada além ou aquém disso.
-Nunca deixe um homem definir quem você é.
-Nunca pegue o homem de alguém emprestado...
-Se ele traiu alguém com você, ele te trairá.
-Um homem vai te tratar do jeito que você permita que ele te trate.
-Todos os homens NÃO são cachorros.
-Você não deve ser a única a fazer tudo... compromisso é uma via de mão dupla.
-Você precisa de tempo para se cuidar entre as relações. Não há nada precioso quanto viajar. veja as suas questões antes de um novo relacionamento.
-Você nunca deve olhar para alguém sentindo que a pessoa irá te completar... uma relação consiste de dois indivíduos completos.. procure alguém que iráte complementar.. não suplementar.
-Namorar é bacana. mesmo se ele não for o esperado Sr. Correto.
-Faça-o sentir falta de você algumas vezes... quando um homem sempre sabe que você está lá, e que você está sempre disponível para ele - ele se acha...
-Nunca se mude para a casa da mãe dele. Nunca seja cúmplice (co-assine) de um homem.
-Não se comprometa completamente com um homem que não te dá tudo o que você precisa. Mantenha-o em seu radar, mas conheça outros...

Compartilhe isso com outras mulheres e homens (de modo que eles saibam). Você fará alguém sorrir, outros repensarem sobre as escolhas, e outras mulheres se prepararem. O medo de ficar sozinha faz que várias mulheres permaneçam em relações que são abusivas e lesivas: Você deve saber que você é a melhor coisa que pode acontecer para alguém e se um homem te destrata, é ele que vai perder uma coisa boa. Se ele ficou atraído por você à primeira vista, saiba que ele não foi o único. Todos eles estão te olhando, então você tem várias opções. Faça a escolha certa.Mulheres, cuidem bem de seus corações..."

sexta-feira, setembro 25, 2009

Abomináveis Homens das Cavernas

Uma das coisas que considero mais deprimente, irritante e me tira do sério porque acho simplesmente grotesco e nojento é a famosa "mexida", aquele coisa de homem mexer com você na rua, dizer uns gracejos - até aí tudo bem, gracejo, elogios até valem -, mas o problema é que muitos são realmente uns homens das cavernas e falam palavrões e intimidam a mulher.
Estava saindo da estação de trem outro dia e um cara mexeu com a moça que estava na minha frente, ele praticamente a intimidou, ela ia passando e ele parado ia falando e acompanhando, a moça fingia que não ouvia e que não era com ela.
Me pareceu um cerco, algo como só faltava o cara pegar a clava e bater na cabeça da moça e levá-la arrastada pelos cabelos.
Nojento!
Repudio esse tipo de ação!

Fiquei pensando de onde será que veio essa história de que a mulher passa e você se sente no direito de dizer besteiras a ela (tem que ser uma besta mesmo pra fazer esse tipo de coisa) ou olhar a bunda da mulher depois que ela passa... pra que isso???
É digno de minha imensa vontade de vomitar num ridículo desses.
Parece algo como um ser (não vou dizer animal, animal é mais educado) mirando a presa para atacá-la ou atacá-la mesmo com palavras baixas.
Parece que os homens que fazem esse tipo de coisa nunca sairam da Pré-História e nem sabem ainda o que é uma roda ou nem conhecem ainda o fogo...
Além de extremamente vulgar, acho que o homem só se iguala mais ao ser muito primitivo que um dia foi (ou ainda é?).
Porque eu vejo essa intimidação como algo machista também: eu sou o todo-poderoso! posso falar o que quiser, você é mulher, está abaixo, tem que se submeter, tem que ouvir e ficar queita!

Coisa que várias vezes não fiz, cansei das vezes que xinguei o cara.
Uma vez o cara teve a pachorra de mexer comigo e eu do lado do meu irmão.
Meu irmão só o chamou de pessoa com o ânus muito grande rs
Já tive que disfarçar vezes em que estava do lado da minha mãe na rua, para a coisa não ficar tão vexatória para mim - veja, não respeitam nem se você está com um homem do lado ou uma senhora mais velha...

Lembro de quando eu deveria ter uns 13 anos e o cara chegou do meu lado na rua e me disse um palavrão, fiquei tão vermelha... eu era tão ingênua... sabia o que ele dizia com aquele palavrão e só fiquei traumatizada... eu era uma menina...
Tanto que muitas vezes, quando percebia que o cara tinha a intenção de mexer comigo eu passava longe, fugia mesmo... me sentia apavorada de ouvir aquelas coisas horríveis... como se eu fosse um objeto qualquer que ele pode dizer o que quer, fazer o que quer.
Acho que até por isso, hoje, não uso roupas curtas e decotadas, tenho receio de que venham mexer comigo... não suporto isso... não é elogio, é falta de respeito e colocar a mulher como um objeto sexual descartável.

Não dá pra chamar essas figuras de homem e sim de machos no cio e, por favor, passem longe porque eu não sou a cadelinha jogada na rua para satisfazer as vontades de caras escrotos.

segunda-feira, agosto 24, 2009

Será coisa de interior?

Estive no começo do ano no interior do estado. É engraçado como as pessoas têm uma visão mais estreita (ainda) da vida de uma mulher solteira...
Ou será que eles são mais francos?

Parentes são os principais a dizer coisas como:
"Você é casada? Tem namorado?" os mais velhos falam isso ou perguntam "Não vai casar??!!!"

Um pouco mais nova, mas uma senhora por volta de 50 anos fala o seguinte quando conto que um primo terminou com a namorada:
"O QUÊ??? TERMINARAM? NOOOSSAAAA!" com o maior ar de surpresa e espanto, principalmente, porque um namoro não deu certo. Como se isso fosse o fim do mundo, como se não houvesse mais jeito pra eles, principalmente pra garota... como se a menina fosse ficar "falada" ou coisa assim, bem das antigonas...

Essa mesma pessoa também falou sobre uma outra parente que fazia no dia que cheguei lá:
"Coitada da mãe dela!!! A fulana não vai casar!! Já tem 27!!"

Bem, em nenhum momento parece que a pessoa se tocou que sou mais velha que essa moça... e será que ela também tem dó da minha mãe por ter que "me aturar"? De que modo deveria enxergar esse "coitada da mãe dela!!" ??

Mas o que realmente interessa é: será que isso é coisa de interior mesmo? As pessoas ainda tem uma visão mais estreita de que se tem que casar ter filho e pronto? Ou será que as pessoas são mais francas, mais claras, dizem o que o povo "na cidade" não fala, mas pensa?

Como aconteceu há coisa de uns dois meses (mais ou menos) comigo, uma garota de 20 anos que namora um ex meu e tem ciúmes de mim veio me dizer (indiretamente) que eu se eu ainda estou solteirona, mal amada e metida a intelectual.
Ela é uma garota de "cidade grande" e tem esse visãozinha...
Bem, como ela só tem 20 anos não sabe ainda de nada da vida nem como será vida dela até chegar na minha idade...
E o principal, ela, por ser bissexual, deveria saber mais sobre preconceito do que eu e não "apedrejar" ninguém. Principalmente alguém que não se importa nenhum pouco com ela e o relacionamento dela. Pra mim, eu não estou nesta história, a minha parte nisso tudo acabou há 3 anos.

Interior clareza e cidade grande hipocrisia?

domingo, julho 19, 2009

Carta a Jennifer Aniston

Quando estabeleci aqui essa síndrome, fiz muito mais por graça, achei engraçado no momento pensar em como tanto eu, vocês e a Jennifer às vezes nos prendemos e remoemos relacionamentos anteriores... Coloquei-a como a musa central desse "drama".

Só que vim a perceber algo muito mais profundo.

Lendo uma reportagem pela net de que miss Aniston havia terminado com um cantor por ele dar mais atenção ao Twitter do que a ela - ele escrevia no twitter e dizia estar ocupado pra ela. Percebi o quanto é comum sermos Jennifers Anistons...

Somos todas Jennifer Aniston: bonitas, inteligentes, talentosas, simpáticas, meigas, amigas, companheiras e somos trocadas desde por uma vadia que se acha a bolacha mais recheada do pacote e todos os amigos dele vão morrer de inveja quando ele a apresentar até trocadas por uma twittada. Isso é fato!
Nunca tinha levado a sério a Jennifer, na verdade, achava uma chata. Até ver a segunda temporada de Dexter.

Calma! Eu explico!
Dexter tem uma namorada boazinha, simpatiquinha, toda companheirinha que eu desprezava - como a Aniston - até ele se envolver na série com uma ninfomaníaca maluca e sacana. Aí minha ficha caiu: eu sou a Rita Bennett! (interpretada pela atriz Julie Benz) eu sou meiguinha, boazinha e estou sempre do lado...
Percebi que então, se for assim, eu também sou muito sem graça... comecei a entender... não sou sem graça, sou uma pessoa boa, como a Rita e a Jennifer. Finalmente abri meus olhos!
Se achava o romance do Dexter com a Rita um saco, então eu sou um saco!
Não! Não sou! Eu só estava seguindo um caminho comum que as produções de tv, cinema, livros etc tentam nos incutir: você tem que ser a gostosona pra sobreviver! é uma guerra, querida! a boazinha se dá mal...
É como uma piada de Stand Up que ouvi quinta-feira (só que era sobre os homens, mas vale pras mulheres): a boazinha sempre perde! a rica e a boa de cama vencem!
A verdade é que a boazinha sempre vence!
Sim!
Cedo ou tarde a rica só tem o dinheiro, não tem mais nada a oferecer; e a boa de cama vai querer "novas empreitadas". A boazinha vai estar ali, parada, mas não quer dizer que esperando o cara perceber isso, por esse motivo vencemos, mas só se dermos a cartas dessa vez, quer dizer, não vamos estar esperando darem valor pra gente!

Deixe que sintam o que perderam e eles que remoam!!!!

Temos que parar de remoer (e espero que a Aniston esteja fazendo isso também) e pensar que somos melhores!

Não só porque somos pessoas do bem, não é nada disso, não é auto-ajuda isso aqui... pelo menos não era pra ser...

Refleti sobre o seguinte, os homens não sabem lidar com mulheres tão independentes como nós... eles ficaram perdidos com essa nossa auto-suficiência.
Só que isso não é uma desculpa para preferirem um twitter a nós, não, de jeito nenhum! Eles ainda precisam aprender a ser homens e não moleques!
Homens eram os de antigamente que sabiam honrar as calças que vestiam, se eram machistas era outra história, outros tempos... mas assumiam um relacionamento como homens e não como moleques... (ah, na verdade os moleques não assumem, né?)

As mulheres vão evoluindo e os homens regredindo?
Será essa a problemática atual?

Quanto mais conquistamos espaços, mais eles fogem de medo das novas conquistadoras do mundo? Isso também não é machismo: "Ela é mais inteligente e mais bem sucedida que eu, tô fora!"?

Jennifer, você continuará sendo a nossa musa (nosso espelho), mas a musa cheia de qualidades que merece sempre o melhor!

Agora voltarei a ver seus filmes e terminarei de ver Friends rs

sexta-feira, junho 05, 2009

Capítulo 37: do controle

Tenho percebido isso com muita frequência nesses tempos internéticos, se já existiam em muitos casais a vontade de um dominar e o outro aceitar essa dominação, esse controle, com a internet parece que muitas pessoas deixaram de ser elas próprias e sim ser um casal. Como se isso significasse uma união inseparável, talvez nem com a morte, a pessoa morre o orkut fica ali pra outra cuidar rs

Andei reparando em alguns casais amigos esse tipo de atitude, se pra alguns ter um único perfil no orkut, facebook e que tais é apenas uma forma do casal mostrar que está ali presente pros amigos e que não dá muita bola pra internet é até louvável. O grande problema é que a maioria desses casais perderam a identidade individual, só tentam se reconhecer como casal e nada mais. Parece que os amigos de uma das partes não é tão bem vinda.
Como um amigo que eu realmente o "deletei" dos meus contatos - não só eu como outras duas amigas em comum: ele não nos respondia, mudou de msn porque a namorada não queria que ele conversasse com quem ela não conhecesse, quando deixávamos algum recado pra ele, logo estava lá o perfil dela nos xeretas do orkut e ele não respondia. Bem, se ele se deixou de tal forma ser controlado o que posso fazer por ele?
Nada. Deletei e deixei pra lá, assim como minhas outras amigas que comentaram comigo "nossa! nunca mais falei com ele! ele tem medo da namorada!Só pode ser!"

Outro caso muito triste é de um amigo que estava praticamente casado com uma menina pela qual ele era totalmente apaixonado. Como "prova de amor" ela tinha a senha do MSN dele. Ele saiu do orkut porque ela não gostava de vê-lo por lá...
Um belo dia, ele (chamamos de A) viajando, ela entrou no msger e se passou por A para um amigo que temos em comum (chamamos de L). O amigo (L) achou estranho o "outro" (A) desenterrar histórias antigas, sobre namoradas do passado, histórias que ficaram pra trás há muito.
(L) Só soube da verdade quando a quase esposa desse amigo (A) começou a jogar desaforos pra ele(A), sobre as antigas namoradas, paqueradas etc. Então, ela acabou contando que se passou por ele (A) no msger pra desenterrar coisas...
O que aconteceu? O casamento que se principiava acabou...
Meu amigo (A) ficou deprimido, era apaixonadíssimo pela garota e não entendia porque ela fazia aquilo. Ele disse-me que só deu a senha do msger pra que ela soubesse que ele não conversava nada demais...
E não conversava mesmo, quem "puxou a boca" desse nosso amigo (L) de longa data, foi a esposa... para que saber do passado?
Ele (o passado) interferiu tanto no presente que acabou com o futuro dos dois. Não teve volta.
Quando esse amigo (A) contou-me a história, fiquei pensando "poxa, mas se ela gosta dele, pra que saber o que ele fala com os outros amigos? pra que se passar por ele? pra que perguntar de coisas do passado pro (L)?
Isso pra mim se chama insegurança e total desrespeito pelo outro. Não saber respeitar a individualidade de cada um.

Com o advento da internet e os namorados que tive nesses novos tempos, nunca quis senhas de nada, só ficava enciumada com algumas que chegavam nos perfis e diziam "oi, amore!" "oi, lindo" etc... eu também não tenho sangue de barata, mas não chego ao cúmulo de pedir senhas pra tirar a prova se ele é fiel ou não.

Querida amiga, se ele não for fiel, na maior parte das vezes, é do modo que você menos imagina... sempre tem um jeito melhor pra se trair quando se quer... Orkut, msn dão bandeira! Ele pode ter um perfil fake e aí? Como você vai saber?
Ele pode estar saindo com a sua "melhor amiga", com sua irmã e até com sua mãe, quem sabe?
Se ele quiser mesmo trair, esqueça, ele vai trair... e não há nada que você possa fazer para impedir isso...
E entenda: ele não te ama! Se você precisa controlá-lo é porque ele não está 100% nessa história ou se está, você é que precisa de uma terapia urgente porque senão, isso vai estragar tudo... virá doença!
Torna-se uma relação doentia!

Uma amiga também contou-me a história do irmão que tinha a senha da namorada e a namorada as dele. O irmão teve um acidente, estava hospitalizado e a menina se fazendo passar por ele no msger. Um amigo, quando o viu on line ficou emocionado, pensando se tratar do rapaz... e a menina nem pra desmentir... queria saber, queria escarafunchar a vida do rapaz mesmo ele estando em coma no hospital.
Essa foi pessadíssima, mas verdadeira...
Isso eu chamo de quê?
Doença, insegurança ou infantilidade?

Um amigo sempre falava do irmão, dizia "meu irmão faz tudo que a mulher quer, a mulher não quer ele que beba, ele vem em casa tomar um vinhozinho com a minha mãe, coitado!"
Até esse meu amigo começar a namorar um garota que não quer nem que ele converse com a sombra dele, se ela for mulher, claro...
Briga com ele até por conta das mulheres que trabalham na empresa dele, não quer que ele fale com as amigas, nem com os amigos... quer que ele fique à distância dos que conhecia até então, mas ele mesmo me contou que ela tem amizade com os ex-namorados e não dá a mínima pra o que ela faz na internet (mas ele não pode ter orkut ou msn sem que ela saiba)...
Ele é outro que vive com medo, medo de perder a namorada porque se sente "abaixo" dela, ela é mais nova e tem todos aos seus pés (é o que ele acha) e ele não, ele se sente o nada que deu sorte... daí se deixa levar por todas os caprichos que ela deseja... ela sabe o poder que tem nas mãos... e, nesse caso, ela o trai descaradamente (cansei de ver recados do orkut de caras que ela conhecia por lá e deixava celular e e-mails pra eles...). Nunca contei que li isso por lá, qualquer um poderia ter visto, ele próprio... nesse caso, a falta de auto-estima do meu amigo se fez muito mais presente e o capricho da garota também (e posso contar aqui porque não sabem do blog).
Quem não quer um namorado que dê tudo? De roupa de marca a celular?
Que pague as baladas pra ela e os amigos DELA todo final de semana?
E os amigos dele? E a filhinha dele? (É, ele tem uma filha linda de outro relacionamento) que já cansou de me falar o quanto fica triste do pai não visitá-la mais?
Até quando se deixar levar pelo controle do parceiro?
Vale a pena?
Isso é realmente gostar de alguém e querer seu bem? Ou, o SEU próprio bem?
Quanto vale perder a individualidade?


Só contei histórias masculinas, parece que as mulheres andam os dominando... mas o engraçado é que quando você tem uma amiga dominadora ou que é dominada ela não te conta nada... muitas vezes você percebe que ela faz tudo que o namorado quer, lê até os livros que ele quer, já vi isso algumas vezes... ou você pensa "coitado do fulano! com ela o trata mal!"
Mas, não sei, parece que os homens contam mais essas histórias pras amigas do que as amigas contam pras do mesmo sexo... será medo?
Claro, dificilmente um amigo conta isso pro outro amigo, sabe que o outro vai tirar o maior sarro... e amiga não conta por medo de se mostrar menos ou por se mostrar obcecada?

O mais irônico é que é exatamente o que o outro não quer: que se fale com os amigos de outro sexo, "os rivais" acabam sempre sabendo da história e tentando dar algum conselho...
Talvez se divida esse tipo de situação com os "diferentes" para tentar entender a cabeça do outro (meus amigos falam comigo - mulher - tentando achar explicação para o que a namorada deles faz...) deve ser por isso que tenho mais histórias masculinas pra contar...
E os rapazes devem ter aí histórias das amigas pra contar nos comentários?

quarta-feira, maio 27, 2009

Veio a calhar esse e-mail...















O pior de tudo isso, é quando você ouve qualquer um desses preconceitos de uma mulher!

quinta-feira, maio 07, 2009

Todo mundo tem uma amiga Samantha Jones, ou que pensa ser Miss Jones...

Estava eu tranquila com meus afazeres quando sou chamada no msn para uma conversa com uma amiga de muitos anos. Muitos anos que nos conhecemos, mas que eu sinto que com o passar do tempo, fomos escolhendo caminhos diferentes...
Ela continua me achando uma das melhores amigas dela, quem lê esse blog há muito tempo sabe que um dos conselhos que ela me deu foi que eu engravidasse de um ex num momento de fraqueza dos dois... segundo ela, isso o seguraria...
Sim! E como!
Hoje eu estaria com um filho de quase dois anos que veria o pai muito esporadicamente e que mal lhe daria atenção e afeto. E eu me sentiria culpada por não poder dar uma vida melhor a esse rebento que não arrebentou! Graças!

Bem, voltando à conversa de ontem...
Ela começou a me dizer o quanto estava feliz com o caso novo, o anterior que ela fez de tudo para segurá-lo (principalmente na cama) ela diz ter enjoado e que esse novo era infinitamente melhor.
Começou contando de primeira que o cara era bem dotado, isso era ponto de honra pra ela. Dizer que o cara, como ela mesma se refere (eu não gosto deste tipo de termos, mas uma vez não vai doer, né?) como p@uzudo.
Ela fala sempre esse tipo de coisa de boca cheia (eu sei bem como ela diria se estivesse contando na minha frente).
O que mais sinto quando ela começa a dar detalhes do kamasutra é que é tudo auto-afirmação, um pouco de balela e, principalmente, querer causar, achar que eu ficarei morta de inveja.
Só que eu não sou assim... eu não consigo sentir inveja de alguém que transa por transar.
Alguém que vem me dizer "estou envelhecendo, vou fazer 33 anos! a vida é curta! tenho que aproveitar!!!" ou "deixa de ser boba, Carrie! transar é bom! faz bem pra pele etc! você tem que sair comigo! temos que marcar!!!! você tem que conhecer minha amiga de 18 anos..."
E aí vem a história da amiga de 18 anos que faz faculdade com ela...
Percebo que ela, Miss Jones, não quer ficar pra trás da amiga ninfeta e começou a imitá-la. A ninfeta, pelo que Jones me conta, sempre levou sexo como algo bem simples: tá afim? vai lá e pronto! quanto mais, melhor!
Acho isso porque conheço Samantha há 15 anos... ela também fazia o tipo muito próximo ao meu... só que sempre foi muito mais emocional que eu no quesito amor (tentou até o suicídio). Acho que com o passar do tempo e tendo uma colega de sala tão jovem, bonita e que - ao que ela diz - encanta aos homens fez com que ela, de alguma forma, quisesse competir com a menina.
Ela mesma disse ontem pra mim "ai, você não tem idéia do que apronta a ninfeta! não dá pra competir!"
E eu: "e competir por quê, Samantha? Vocês são pessoas diferentes com idéias diferentes sobre a vida..." ela concordou comigo, mas isso não quer dizer absolutamente nada... pode ter concordado só naquele momento pra não parecer "eu sou mais velha, mas estou me deixando influenciar por uma menininha fútil! agora eu quero ser fútil! é legal!"
Fiquei imaginando que como a garota conta a ela sobre suas peripécias e ela morre de inveja, achou que contando pra mim surtiria o mesmo efeito... só que comigo não é assim.
Eu tenho minha própria convicção sobre esse assunto: tenho que estar apaixonada, senão não rola. Preciso conhecer, ter estado com a pessoa, sentir carinho, afeto, amor, amizade, alegria de estar ali com aquela pessoa, preciso ter um VÍNCULO: amor, paixão.

Daí ela começou a me contar como conheceu esse cara novo (que outra coisa que ela deixa claro de cara é a idade do cara), mais novo que ela, no antigo e famigerado chat daquele site de três letrinhas... eu nem sabia que ainda existiam salas de bate papo! rs
Contou que isso pra ela é comum, que sai com esse, saiu com outros, que foi na virada cultural sem nenhum deles pra conhecer outros e se divertir e que sempre que conversa com os caras e troca fotos e telefones, assim que marcam pra se conhecerem pessoalmente, já marcam pra ir pro motel.
E que teve um que ela conheceu que ela adorou, ficou até apaixonadinha, mas que ele não queria nada sério e não conseguiu mais falar com este...
E eu: "mas você se apaixonou?"
Ela: "ah, é o contato, né? não tem como..."
E ai começa a falar dos dotes do cara na cama... ela adora contar... adora dizer coisas do tipo (resolvi abrir uma exceção neste post e falar o que ela me diz, já que comecei...): "ele m&ti@ muito gostoso!"

Bem, se não tem como transar sem se apaixonar, melhor se apaixonar antes (e ambos) e depois transar... ou não? ou eu sou caretíssima? Carrie, a careta!

Não consigo ver sexo como algo de momento, banal, acho que dessa forma que ela faz as coisas se tornam banais... ela mesma disse que com o anterior que estava ela enjoou (ou ele?) porque só fazia as vontades dele e nada de ele fazer as vontades dela... e que era só sexo, e isso cansa (!!?? não foi ela mesma que disse que era bom?).
Não vou contar aqui as vontades dele, como eu disse lá no comecinho ela fez todas para segurá-lo e no final ela emenda na conversa "uma hora eu encontro meu príncipe! chega a minha hora!" e o pior: disse ainda estar apaixonada por esse que ela enjoou (me explica isso, please! estar enjoada e apaixonada ao mesmo tempo...).

Vamos ver se entendi: transando sempre sem compromisso, uma hora pode ficar sério? Virar o seu maridinho querido? Pai dos seus filhinhos que você pretende fazer para segurá-lo?
Isso é bem moderno, não?
É um conceito totalmente novo pra mim...
Ou eu estou ficando caduca e conservadora?

segunda-feira, abril 27, 2009

Sobre o Nerd

Sábado fui a uma sessão surpresa do site Omelete, no shopping Eldorado.
O filme surpresa?
Star Trek, o novíssimo, exibido pela primeira vez na América Latina - só Carrie rica já deve ter visto...
E lembrei do Nerd... ele se apaixonaria ainda mais por mim se soubesse que vi o filme ou será que ele estava lá também? rss

segunda-feira, abril 06, 2009

Capítulo 36: As Maçãs

Existe um texto que circula pela internet que compara as mulheres a maçãs.
Além de ser um texto ridículo que diz que as melhores ficam no topo, só os homens que se esforçam chegam até lá e conseguem as melhores, também diz que as mulheres que ficam nas pontas "todo mundo chega", como que dizendo que são fáceis...
Puro machismo disfarçado que muita moçoila em desespero, chegando aos 30, coloca como frase do orkut para se valorizar: eu sou a maçã lá detrás, viu? Por isso estou aqui, esperando o rapaz esforçado! (Está na frase do perfil de uma prima minha que fez 27 anos agora em janeiro)

É comum as mulheres terem desculpas, é comum as pessoas inventarem desculpas, mas, afinal de contas: por que se precisa desculpar? O que se fez de errado?
Pode ser que algumas pessoas fizeram, mas será que realmente é tão criminoso estar solteira?
Já disse que conheço muitas garotas legais que estão sozinhas, não acho que seja "estou lá no fundo da macieira"... acho que é uma questão de valores modificados... os valores estão muito mudados, a sociedade está muito mudada, mas o pensamento tacanho, conservador e machista permanece...
Poucas se casam antes dos 25. Muitas mulheres não serão "escolhidas" pela discrepância da população: é fato que há mais mulheres do que homens no Brasil. O jeito seria mudar para a Austrália, onde a população masculina é maior. Hoje, nós mulheres vivemos um conflito em ser a "princesinha feliz para sempre" e a mulher decidida que tem uma vida profissional e é independente... muitas vezes esses dois mundos se chocam, outros não... depende de 'n' fatores (ou n fatoriais? rs), isso não se resolve apenas simplificando tudo em uma espécie de fábula... (que nem tem uns animais simpáticos como no Esopo...)
Ninguém é uma maçã esperando ser "colhida" e outra: será mesmo que o mais esforçado e o melhor (algo meio darwiniano isso, não?) chegará até elas? Será que essa maçã realmente é tão boa assim? Será?
Eu que não sou maçã lá do alto...
Esse texto foi inspirado nessa charge, que eu particularmente adorei!

http://pryscila-freeakomics.blogspot.com/2006_01_01_archive.html
Texto "Terrorismo" e a charge muuuuito boa! Essa:

segunda-feira, março 02, 2009

O Nerd e Eu

A coisa de mais ou menos dois meses (como o tempo passa!) estava assistindo com Garota no Hall a Big Bang Theory.
Quando eu pensava que parecia impossível haver um nerd tão excêntrico, egoista e assexuado como o personagem Sheldon.
Daí me lembrei de uma das coisas mais bizarras das quais já me vi envolvida: um nerd no mesmo estilo que o Sheldon me paquerando! Sério!
Foi no tempo da faculdade, na fila do ponto do ônibus que pegava...
Ele se postou atrás de mim na fila e feio, magrelo, óculos fundo de garrafa puxou conversa comigo.
Ele era chato, ele era viciado em Star Trek, tudo que eu dizia que gostava, ele odiava ou colocava algum defeito.
Se eu tenho certeza que ele me paquerava? Sim, ele fazia questão de sorrir e chegou a me convidar pro cinema, tentava tirar minha atenção dos "outros" gatinhos da fila, queria minha atenção mesmo. Queria meu telefone...
Lembro que falei que tinha gostado de um filme com o Kevin Bacon Assassinato em primeiro grau e ele dizia "é, o cara mereceu, você queria o quê?" eu só olhando e pensando "meu Deus, todo mundo me vendo falando com esse nerd, que vergonha! que cara mais chato e sem noção, putz, será que tudo que eu gosto ele vai tripudiar???"
Ele simplesmente não gostava de nada que eu gostava e se sentia superior por seus gostos... um saco... só é pra não ter amigos e nem namorada... quando as pessoas se sentem o centro do universo e mais inteligentes que todo mundo, elas acabam se tornando insuportáveis e antissociais sem perceber - porque o nerd desse tipo não percebe que as pessoas se afastam deles... um pouco de humildade faz bem!
Daí ele começou a falar de Star Trek que eu via quando era criança na casa da minha avó com meus tios... e me lembrei de um sábado à tarde sem o que fazer e que vi na tv um filme dessa "nerdiada" rs
Ele olhou pra mim, arregalou os olhos e pareceu apaixonado e disse:

"Esse é o único filme que eu não vi!!!!!!!"

Pra mim, aquela declaração caiu como uma bomba, sabe naquelas cenas de explosão de Hiroshima em, por exemplo, Anos Incríveis, quando detonam com a vida do Kevin? Foi por aí...
Eu só me lembro que era um filme que tinha uma baleia...
E o cara continuou falando sem parar e eu de saco cheio dele e sem saber como me livrar. Só me livrei quando desci na faculdade enquanto ele seguia para a dele.
Eu, infelizmente, o encontrei outra vez em outro ponto de ônibus pra facul. Ele ficou falando e nesse ponto, como não era fila, eu ficava mais interessada vendo se meu bus chegava ou não e ele se tocou... Achou uma amiga ou outra vítima e ficou conversando com ela, se fez isso pra eu ficar com ciúme, noooossa!! tô com raiva até hoje! auaahahahahhahhah
Sei apenas que ele me deixou ali, aliviada, e foi bater papo com a outra.

Querem alguma pista ou já sabem qual a faculdade do Senhor Beleza Radiante? rss

FÍSICA! CLARO!

Quem poderia duvidar ??!!! rsss
E depois vão dizer que nerd é tudo estereotipado, tá bom rss

domingo, fevereiro 08, 2009

Capítulo 35: da fuga

Da Fuga

Como não sou tão independente como Carrie rica, estava eu saindo de um almoço de família com meus pais e encontrei uma colega de escola/vizinha e sua mãe.
A moça desceu antes com a sobrinha e a mãe ficou na lotação e ia descer no mesmo ponto que eu e meus pais.
Daí a senhora sai com a seguinte:

- E aí, Carrie? casou? (todos na lotação me olhando)
- Não.
- Ai, você e a "Lilly" não tem jeito... Vai ficar solteira?
- Vai ficar pra tia (meu pai se mete na conversa e fala isso de mim).
A mulher olha pra ele, afinal a filha dela já é tia.
- Acho que sim! (eu com cara de que não estou nem um pouco preocupada e tentando mostrar isso pros "bocas abertas" que ficam me olhando, faço cara de superior).
- Ai, a Lilly só fica enrolando! Comprou um apartamento e diz que vai morar sozinha!
Chega o ponto para descermos.
- Antes só, do que mal acompanhada (digo eu antes de descer, com um sorriso superior nos lábios).

O antes só não é só para um cara que a "Lilly" (como a batizei) possa encontrar e fazê-la de boba, mas pra própria mãe dela: uma mulher
extremamente dura com as filhas.

Lembro quando estávamos na oitava série (eu e Lilly), tínhamos um trabalho em dupla pra fazer e fizemos na casa dela, num sábado. Não lembro ao certo que tipo de trabalho era, acho que era de Língua Portuguesa. Sei que fizemos e pedi pra ela mostrar pra mãe dela (a mãe é professora de Geografia e História). Estávamos na cozinha fazendo e lembro claramente, mesmo com a porta fechada, de ouvir a mãe dela, da sala, falar "a Carrie não é a inteligente? ela que tem que saber! eu não vou ajudar vocês em nada!"
Lilly veio pra cozinha triste, eu fingi que não ouvi tudo aquilo. E percebi o quanto Lilly sofria com aquela mãe, entendia porque ela não dava a mínima nas aulas e muitas vezes ficava lá, parada... olhando pra classe sem fazer absolutamente nada...
Lembro de quando ela me contava (nessa época) que pegava o vidro de dipirona e tomava várias gotas pra dormir. A dipirona abaixa a pressão e você acaba dormindo. Ela tomava pra dormir e não ver o que acontecia ao redor dela, pra não sofrer.
Ela me contava que toda vez que o padrasto brigava com a mãe, a mãe ia correndo acender velas, fazer promessas pro marido voltar - daí se entende o desespero da mulher pela filha ser solteira.

Por isso acho que seria muito bom para Lilly ir morar sozinha, a mãe nunca foi uma boa companhia e agora com essa cobrança, pior ainda.
Antes disso, no almoço em família, uma senhora amiga, solteira, que estava no almoço falou que quando encontra algum homem interessante nunca diz que mora sozinha e tem um apartamento, cansou de ver as amigas falarem e o cara se "encostar". Por isso prefere estar sozinha do que sustentar preguiçoso como as demais da idade dela.
Depois dizem que as mulheres é que são interesseiras! Os homens também entraram nessa!
E para Lilly arrumar um cara para morar com ela, para agradar a mãe e ter mais um "encosto" na vida, não seria nada bom. Ainda mais só pra mostrar pros outros "estou acompanhada", mas isso é realmente companhia?
Não sei se hoje ela também toma dipirona pra dormir ou algo mais forte, quem sabe? Mas estar só, seria um ótimo acompanhamento pra ela.

quinta-feira, janeiro 15, 2009

terça-feira, janeiro 06, 2009

Resoluções ou "Sacodes" de Ano Novo

Sei que uso muito esse espaço pra reclamar da minha vida, mas se isso é um blog, se isso tem a ver de alguma forma com um diário, o que poderia ser? É claro que vou descarregar um monte aqui, não tem muito jeito mesmo...
Como eu disse, acho que o ano só muda mesmo na folhinha do calendário.

De resto, tudo muda há passos beeeeem lentos - pelo menos pra mim que não ganhei ainda na mega-sena.

Recebi uma mensagem que desencadeou vários pensamentos na minha cabeça, primeiro de raiva, depois de tristeza por as coisas não serem mais como eram e pelo tanto que poderia ser diferente naquele momento que recebi a tal mensagem... me senti frustrada, mas o que adiantava se não depende de mim? É duro ficar amarrada às escolhas dos outros, é triste quando não é sua escolha...
Daí levei um "sacode" de um amigo...
Um bom sacode, tapa na cara, um banho de água gelada de algum lago na Sibéria... Serviu pra eu acordar um pouco, só não sei por quanto tempo estarei acordada porque ainda sonho demais. E fico triste por sonhos serem apenas sonhos e quando alguém que estava debaixo de uma pedra no sonho resolve sair dali e me dizer algo que me faz lembrar coisas boas, tudo piora... porque é só sonho... é só sonho que vem na minha cabeça... sonhos que não foram e nem serão realizados...
O sacode foi exatamente para isso: para eu parar de me iludir tanto.

Espero conseguir ser mais sóbria e perceber que não adianta mesmo, a tal pessoa da mensagem não vai fazer mais que isso. Não vai tentar acertar as coisas...

Eu comentava por que cargas d'água tenho exs que resolvem ressuscitar... por que eles querem sempre continuar sendo meus amigos?
Acho que isso tem a ver justamente com o sonho, a esperança e eles percebem isso... percebem que podem ter um pouquinho daquilo que não conseguem ficar sem: minha mais pura e doce amizade (alguém aí pensou alguma outra coisa? rs).
Sim. Sempre os apoiei muito, sempre dei carinho, atenção, compreendi o máximo que pude, mas se eles não se contentam com isso ou não é isso que precisam somente naquele momento, não posso fazer nada, mas o sonho em mim permanece, a esperança boba de as coisas boas voltarem.
Só que elas não voltam, não é um conto de fadas e nem estou numa comédia romântica em que sempre o mocinho vem atrás da mocinha (por isso não assisto mais esses filmes, eu ficava deprê).

Daí percebi que eu tenho uma nova síndrome que eu acabei de descobrir rss "Síndrome de Jennifer Aniston" auauahahaha
Acabei de inventar essa rss
É simples: em qualquer canto que você veja uma reportagem dela do que ela fala? Do Brad com a Jolie! Ela não muda o disco! Eu tô parecendo ela! É sempre a velha reclamação! É sempre a mesma choradeira... que sempre me irritou e que vejo que sou igual: reclamo e choro das mesmas coisas que não vão voltar mais e não serão como eu desejo. Ponto.
Infelizmente eu não vivo dentro de um conto de fadas com um feliz para sempre. E eu preciso acordar sem beijo, seja de sapo ou de príncipe.
Afinal, eles não duram.