terça-feira, novembro 29, 2005

Capítulo 13: Mr. Big

"Querido Diário, hoje aconteceu uma coisa incrível: uma coisa que queria muito que acontecesse há dois anos, aconteceu hoje!"

Nem tanto...

Desde o início: tenho alguns amigos que acabaram por se apaixonar via internet e me contaram, a única coisa que posso dizer (já que é coisa deles e não minha e não vou ficar aqui espalhando)é que eu sei como é! E finalmente outras pessoas sentem o que eu senti!É como se finalmente eu descobrisse que não tinha enlouquecido sozinha! rss
É uma coisa meio maluca isso. Admito!
Acredito que isso, pelo menos comigo, aconteceu por pura carência, carência brava e até um mal-estar que eu sentia comigo mesma, um pessimismo incrível. Eu acreditava que minha vida amorosa havia terminado: pronto! Nunca mais ninguém se interessaria por mim!
Até que por essas amizades pela net eu acabei entrando nessa, vamos dizer que foi um pouco recíproco, Mr. Big me paquerou talvez por pura brincadeira, por me achar interessante, mas sabia que a distância era absurda. Só que ele não puxou o freio de mão e eu bati feio na contramão...
Fiquei bem parecida com a minha xará de "Neviórque" (como diria a Hortência): insegura, chata, babona, pegajosa.
Eu queria muito ver mr.Big, estava numa outra fase, uma fase absurdamente desvairada, eu, vendo hoje, estava meio alucinada e desesperada rss talvez eu até esteja aqui falando besteira, mas, olhando pra trás, eu tenho vergonha do que falei, fiz e pensei até...
No final, pra encurtar, ele resolveu me acordar, eu não aceitei bem - nada bem, diga-se de passagem.
A verdade é que aquele papo abaixo de nutrição rolou com a gente: eu me nutria dessa fantasia e ele se nutria sabendo que eu estava na dele - não que isso fosse canalhice da parte dele, é uma coisa que a gente vai deixando rolar sem perceber que pode virar uma bola de neve (ele entraria no quesito "não saber dizer Não").
Até que ao me acordar eu fiquei meio sem saber o que fazer e ele também, aí eu abri o jogo total com ele e ele resolveu abriu total comigo. Foi a melhor coisa que fizemos, acabamos por ganhar uma confiança mútua um no outro pra, assim, continuarmos sendo amigos.
Claro que no começo isso não era nada simples pra mim, não, de jeito nenhum... mesmo sabendo que ele estava há quilômetros de distância.

A internet é mestre/a nisso, você se fecha para o mundo real ou não vê muita solução nele (como eu pensava sobre minha vida amorosa) e acaba brincando um jogo perigoso dentro dessa rede, com teias que te enlaçam bem.

Voltando ao hoje, depois de passados quase dois anos do tempo que eu fui acordada - eu não foi por um beijo - eu compreendi melhor as coisas, estou mais crítica, refleti muito sobre isso, sobre como tudo aconteceu e que nenhum dos dois teve culpa, só queríamos nos nutrir - mesmo que eu ache que eu passei dos limites da normalidade.

Ao encontrá-lo, percebi que as coisas poderiam ser diferentes (mas não foram), minha admiração por ele não diminuiu, mas sei que as coisas só aconteceriam se tudo fosse mais fácil,além de que se houvesse uma empatia mútua. Se a distância não estivesse no caminho não sei como seria, admito que eu tentaria, é claro, como disse, o admiro muito, tenho um carinho por ele. Só não sei se daria certo.
Como ele me disse há quase dois anos que "era preciso que ele me olhasse nos olhos" foi o que fizemos, mas o tempo passou, e nem por isso nos "abalamos". A vida não é a mesma para nenhum dos dois, não foi como fantasei tempos atrás, mas foi muito melhor: ganhamos os dois sendo maduros o suficiente para nos encontrarmos, tempos depois, e conseguirmos nos olhar nos olhos, conversar e rir juntos sem pensar e se envergonhar (pelo menos eu) das bobeiras adolescentes-temporãs (rss) - que ele sabe bem quais foram - que fiz, falei, escrevi (principalmente).

Agora bateu uma tristeza... sei lá porquê... acho que fui sincera demais...

A Carrie original, no final, ficou com o Mr.Big, mas ela era só uma persongem que no final "vive feliz para sempre", a vida da personagem terminou ali, mas eu, a Carrie Pobre, não sou personagem e mesmo sem Mr.Big, a vida continuou...

(tá na hora do Aidan passar por aqui... eu nem fumo mesmo, vai ficar mais fácil para ele rsss)

3 comentários:

Tania Capel disse...

hauhauhauhuahuahuaha
tÔ me divertindo aqui!!
SHOOOOOOOOOOOOOOOOOOW!!

Anónimo disse...

Conheço isso! Se agarrar à uma tábua de salvação é normal!

Beijo!

Anónimo disse...

ai, esta neta é uma coisa msm... olha que até as pessoas mais ortodoxamente xiitas que eu conheço (oi? rs..) acabam caindo nesta, my friend... e, realmente, a PIOR parte é ter que ver a criatura INCORPORADA na tua frente em carne e osso e suar frio pra disfarçar alguma saia justa... (falar é fácil, escrever entón: nem se fala!! rs..). Mas sei lá, a internet estreita algumas distâncias (psicológicas, comportamentais, etc) interessantes, o GRANDE problema é quando passa pra distância geográfica LITERALMENTE, aí vc acaba muito mal por faltar o contato de vida exo-nerd ao qual estamos acostumados... Olha, realmente, se eu soubesse uma solução não estaria sempre entrando em fria (ahauahauah), até me interessava em algum antídoto pra a coisa, mas o 'mínimo' que a gente pode fazer pra não deixar o bolo crescer é não dar fermento: cortar, muitíssimo a contragosto, qquer início de manifestação estranha da outra parte.. senão a internet se converte muito rapidamente no 'emoticon-do-crioulo-doido' e aí, dona Carrie, só recorrendo ao sempre baixo estoque de Kleenex..! rs...
bjos!!